Se ela quer Voar a porque tem Asas

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O ódio tem melhor memória do que o amor.

Quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons.

A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem.

Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.

A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem.

Pablo Neruda
Para nascer nasci

As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.

O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo.

Quem se apaixona por si mesmo não tem rivais.

Três amores... Quem me deu
Tão estranha sorte assim?
Três amores, tenho-os eu
E nenhum me tem a mim!

No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos. E lá é ainda pior que aqui, pois se trata dos chatos de todas as épocas do mundo.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

É preciso ter dúvidas. Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos.

Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.

Millôr Fernandes
O homem do princípio ao fim

A vida não é triste. Tem horas tristes.

A felicidade não depende do que você é ou do que tem, mas exclusivamente do que você pensa.

Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras.

O amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte.

Aquele que vive de combater um inimigo tem interesse em o deixar com vida.

Perversidade é um mito inventado por gente boa para explicar o que os outros têm de curiosamente atractivo.

O resultado do pensamento não tem de ser o sentimento, mas a atividade.

Avec Elegance

Hoje a maioria das pessoas que têm acesso à informação sabe que é peruíce usar uma blusa de paetês às duas da tarde e que é deselegante comparecer a um casamento sem gravata. Costanza Pascolato, Gloria Kalil e Claudia Matarazzo são alguns dos jornalistas especializados em ajudar os outros a não cometerem gafes na hora de se vestir ou de se portar à mesa. Mas existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir à empregadas domésticas, garçons ou frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem dá um presente sem data de aniversário por perto, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão um dia desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

Martha Medeiros

Nota: Texto original da autora, publicado no jornal Zero Hora, em 2001. O texto adulterado também surge com os títulos "Elegância de Comportamento", "Toque(s) de Elegância" e "Jeito de ser", por vezes atribuído erroneamente a Henri de Toulouse-Lautrec.

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