Se conhecendo agora
Passar o resto da vida conhecendo a mesma pessoa. Esse, é o objetivo dela. É o tipo e amor que espera cultivar em todas as fases, colhendo os frutos e replantando as sementes, para que seu jardim, nunca deixe de florescer.
Uma pessoa pode morrer de fome conhecendo tudo o que há para conhecer a respeito do pão, e uma pessoa pode continuar espiritualmente morta, ainda que saiba todos os fatos históricos do Cristianismo.
Teologia Arminiana
Conhecendo um pouco sobre o processo de fabricação whisky. Entendendo a história e apreciando o seu sabor incrível, aromas diversos e a sensação de leveza após algumas doses.
Entendendo quanto ao seu processo demorado, que vem em várias etapas e do quanto o tempo é crucial para a sua qualidade. E isso faz refletir até sobre o quanto é necessário a espera para coisas que realmente vão ser mais valiosas, o tempo traz mais qualidade e a maneira como tratamos o processo com determinação e qualidade traz um resultado final muito melhor que a prazo curto.
Então vem uma reflexão sobre quanto à preocupar-se com as tempestades da vida, lembre-se que depois dela vem a bonança e que como já dizia um ditado escocês" A chuva de hoje é o whisky de amanhã”.
Quanto mais o ser humano desenvolve autoanálise, se conhecendo melhor e se esforçando para o seu crescimento e valorização, está mais apto a entender a diferença entre riqueza e dinheiro. Aquele que é rico em dinheiro é pobre, mas aquele que é rico espiritualmente é verdadeiramente próspero. Isto não significa uma independência de Deus, ao contrário, em nossa miserabilidade espiritual encontramos nele todo o nosso valor. A riqueza assim começa sendo construída dentro da alma humana, formando suas bases através do conhecimento de si mesmo, estando este integrado e propiciando uma entrega de valor a sociedade e a sua comunidade. Quando somos movidos pela riqueza espiritual temos a oportunidade de desfrutar da verdadeira felicidade!
"Os maus, não conhecendo retamente a si mesmos, não podem verdadeiramente amar-se, pois amam o que pensam ser [e não o que são]".
SANTO TOMÁS DE AQUINO
("Suma Teológica", II-II, q. 25, art. 7)
Algumas premissas e corolários estão implicados no que diz Santo Tomás nesta passagem: (1) há nos maus uma desordem no conhecer e no querer; (2) os maus – a saber, os que ordinariamente não têm reta intenção no agir – estão sempre enredados nalgum tipo de auto-engano, julgando ser o que não são; (3) aos maus está vedada a felicidade, pois ninguém pode ser feliz em desacordo com os dados da realidade; (4) os maus se fazem cegos ao mundo superior dos valores, pois orbitam em torno de conveniências e interesses medíocres, tópicos, autocentrados.
Decerto todos nós carregamos zonas de sombra n'alma, no sentido de que nos conhecemos imperfeitamente. Porém o que está aqui em jogo é uma maldade mais decisiva, mais profunda que a do vulgo, um tipo de cegueira mental inviabilizador da pessoa humana. Como diz Garrigou-Lagrange, em seus solilóquios o egoísta elabora pensamentos errôneos a respeito de si mesmo e das demais pessoas, que o levam a uma trágica morte psíquica. Trata-se de um diálogo interior eivado de enganos e conducente à derrota existencial; daí podermos dizer que a tendência da maldade é retroalimentar-se, piorar com o tempo.**
O trecho aludido da "Suma" vai além, quando o Aquinate frisa que, por sua vez, os bons, conhecendo-se veramente a si mesmos ("boni autem vere cognoscentes seipsos") alcançam a região de interioridade distintiva da nossa humana condição. São profundos, têm reais dilemas, procuram melhorar os critérios de suas ações e escolhas, etc.
No decorrer da vida, o melhor que pode suceder a uma pessoa é ir alcançando aos poucos o estado habitual de veracidade, no qual pode contemplar a realidade com olhos de ver. Neste caso, o sujeito ama não o que pensa ser, mas o que é.
Sem isto não há bondade possível.
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** A maldade não é a caricatura dantesca que se costuma fazer dela. No homem, todo e qualquer distanciamento do amor implica distintos graus de maldade.
P. S. Numa circunstância como a que me encontro, triturado de maneiras diversas, vejo quão abençoado é ver com clareza os meus próprios desvios ao longo da vida, percebendo quantas vezes não fui tão bom quanto devia ser. E mais: é razoável supor que, se voltasse atrás, provavelmente cometeria os mesmos erros, por fraqueza.
O melhor, contudo, é saber que posso pedir a Deus a graça de vencer-me a mim mesmo".
A verdadeira amizade, é poder ser si, pois só conhecendo o eu, se pode libertar do só, e finalmente se aceitando e sendo aceito, é possível vislumbrar pelas janelas da alma, uma faísca, que sozinha ainda pode causar um incêndio, chamada amizade.
Estou conhecendo meu solo, versões de mim, mas indo devagar.
Enquanto isso vou cultivando o meu jardim e mente.
Guiando-me de volta a minha verdadeira natureza.
Destes instantes que juntos estamos se conhecendo virtualmente
Não há tempo a economizar do amor da vida e da brisa do mar
Do aroma das lavandas flordejantes onde há
Amar é o sumo da vida que transcende a qualquer medida, possivelmente
Do tempo em que o amor se brotou como uma flor até a desventura do âmago da eternidade.
Você e sua boca grande, usa para abençoar, para isso foste levantado, e DEUS conhecendo tudo realizará!