Frases de Schopenhauer
Reduzir ao máximo as expectativas em relação aos nossos meios, sejam eles quais forem, é, pois, o caminho mais seguro para escaparmos de uma grande infelicidade.
A melhor consciência não é uma presença do espírito em luta, é simplesmente uma espécie de alerta lúcida. Quem repousa em si mesmo, que nada quer, nada teme e nada espera.
Quando o amor se dedica a um único ente, atinge então uma tal intensidade, um tal grau de paixão que, se não puder ser satisfeito, todos os bens do mundo e a própria vida perdem o seu valor.
Nossa razão se obscurece ao considerarmos que as inúmeras estrelas fixas, que brilham no céu, não têm outro fim senão o de iluminar mundos onde reinam o pranto, a dôr, e onde, no melhor dos casos, só vinga o aborrecimento; pelo menos a julgar pela amostra que conhecemos.
Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita, através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm?
Aqueles que se entregam descontroladamente aos impulsos da “natureza interior” não vivem sem correr um certo perigo. As ondas da espontaneidade podem desmanchar-se ao se esbaterem contra penhascos da dura realidade.
Os mesmos acontecimentos, ou situações exteriores, afetam de modo diverso cada pessoa e, em igual ambiente, cada um vive num mundo diferente.
Eu me submerjo em mim mesmo e encontro um mundo. Aquele Eu que me conduz para mim mesmo, também é quem me mata...
Os seres humanos tem de aprender a sobrepor-se à vida, têm de entender que todos os sucessos e acontecimentos, todas as alegrias não podem afetar seu Eu melhor e mais íntimo e que, portanto, todos os movimentos exteriores não passam dos lances de um jogo.
Eles buscavam o porquê, ao invés de considerarem o quê; eles aspiravam ao distante, ao invés de captarem o que lhes ficava mais próximo; eles saíam em todas as direções, ao invés de voltarem-se para si mesmos, o único lugar em que todos os enigmas encontram algum tipo de solução.
Toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode "ser ele mesmo", inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho.
O tempo estritamente reservado à leitura, seja ele concedido exclusivamente para a obra dos grandes espíritos. Somente estes formam e instruem de verdade.
Quanto menos, por condições objetivas ou subjetivas, alguém tiver necessidade de entrar em contato com as pessoas, tanto melhor passará.
Um exercício principal da juventude deveria ser aprender a suportar a solidão; porque ela é uma fonte de felicidade, de paz de espírito.
Pois é como se uma maldição pesasse sobre o dinheiro: todo autor se torna um escritor ruim assim que escreve qualquer coisa em função do lucro.
Quem escreve de maneira displicente confessa com isso, antes de tudo, que ele mesmo não atribui grande valor a seus pensamentos.
Como suportaríamos a infinita dissimulação, falsidade e malícia dos homens se não houvesse os cães, em cuja face honesta podemos mirar sem desconfiança?