Saudades Flor
Use flores, ame pessoas.
Construa caminhos, quebre barreiras.
Faça conexões, desligue o wi-fi.
Dê vida a um sorriso, mate a saudade.
Use flores mas floresça você.
Saudade,
vontade,
necessidade,
de me deliciar com uma boa bebida,
ir em um lugar, uma boa música,
nós ali
corpo a corpo,
sentindo teu cheiro,
suas palpitações,
o calor que sai do seu corpo e mistura com o meu,
mesmo com muita gente,
sozinhos,
cada vez mais aproximo seu corpo do meu,
e deixa passar a vida,
deixa passar o tempo,
só eu e você, assim, sem ninguém ou nada para nos atrapalhar,
quantas vezes fizemos isto,
e faremos,
chegará este momento de novo amor,
por isto se cuide amor
e eu também, preciso me cuidar,
para viver meus sonhos,
viver nossos sonhos,
saciar minha sede,
absorvendo este néctar,
você
meu amor, minha flor...
Para um beija-flor
Beijo a flor
Da cor de marfim
E o gosto doce do mel
Acabou de vez
Com o gosto amargo do fel
Que a vida derramou em mim.
Foi o beijo doce do beija-flor
Na flor da cor de marfim
Que deu gosto gostoso
À vida toda dentro de mim.
Vinha
.
Ah! O tempo...
Que te faz mais bela
Entre todas as belas.
Se fosse apenas uma flor
Já teria todo o meu amor.
.
Suave cheiro de jasmim,
É o perfume desse amor
Empregando em mim...
E se não for eterno e só por hoje,
Terá um tempo pra existir
Onde o tempo não é incapaz de ofuscar...
Foi-se a saudade,
Ficou o meu amor...
.
Essa vinha deseja!!!
O tempo passa.
E mais e mais
Ela é amada...
Foi derramada nesse coração de carvalho
Que envelhece com o tempo
fermentando toda a essência desse amor...
.
Edney Valentim Araújo
1994...
A vida é feita de pequenos pedaços que um dia se chamarão - saudade - e colada num mosaico que construímos no coração. Amanhã teremos saudade desse hoje e amanhã teremos saudade do ontem, assim numa sucessão do que foi vivido ou ainda nem foi. É um sentimento indefinível, até podemos ter gosto nesse sentir, mas às vezes, dói !
ÁRVORE DESARVORADA
Eu sem você
sou árvore desarvorada
Um braço de rio que carrega as flores caídas
trazidas pelo outono
O vento quer soprar por aí
a minha solidão...
E fico eu sem você assim
Nesse vazio
Cheia de mim
A cada dia
Um dia a menos
Mas nunca vou te esquecer
Seja a olhar o céu estrelado
As flores, o verde
A lua cheia
Um cheiro...
Tudo a minha volta
Traz você!
AGORA
não ao abraço
não olhar a flor
não o cara a cara
depois eu faço
depois eu digo
AGORA NÃO!
agora
apenas abraço
o último abraço
o sorriso
não vi seus olhos sorrir
segurar a mão
fez falta, mas não tinha mão
Agora
olhe o agora
olhe e segure
o que realmente importa.
Depois, já foi embora.
O calor intenso toma conta do ar,
A baixa umidade resseca a pele e a flora,
E a seca castiga a natureza sem parar,
Enquanto o fogo se alastra pela aurora.
Em meio a esse cenário tão desolador,
A saudade de um amor toma conta do peito,
Como um vazio que não tem curador,
E deixa a alma em um estado imperfeito.
Mas mesmo diante de tanta aridez,
Há ainda um brilho de esperança no olhar,
Uma chama que pode acender a vez,
E fazer a saudade do amor se dissipar.
A natureza pode se recuperar da seca,
Com a ajuda da chuva e do tempo a passar,
E o amor pode renascer como uma ave preta,
Voando livremente no céu a pairar.
O fogo pode ser contido e controlado,
E a saudade do amor pode ser amenizada,
Com o tempo e o coração bem cuidado,
E a certeza de que a vida sempre será renovada.
No meio do cerrado, um sonho floresceu
Uma cidade única, moderna, Brasília nasceu
Sob o sol escaldante, um novo horizonte surgiu
E a cada dia, novas possibilidades se abriram.
Mas não é só de sol que vive a capital
O céu também traz beleza e inspiração
As nuvens, em suas formas diversas, dançam no ar
E nos lembram que a natureza ainda pode nos surpreender.
A saudade também vem, como uma nuvem cinzenta
Lembrando-nos do que já se foi, do que se foi embora
Mas mesmo assim, continuamos a olhar para o céu
E buscamos novas possibilidades, novos caminhos para trilhar.
Brasília é assim, uma cidade de contrastes
O cerrado nos ensina a resistir, a persistir
E o céu nos mostra que sempre há algo novo a se descobrir
Uma cidade que nunca para de nos surpreender.
Supernova
Me lembro quando você era flor e sabia dançar com o vento...
A nossa música mudou e você nem percebeu...
Agora somos duas estrelas distantes no céu.
Iluminado graças ao seu brilho, aceso de saudade quando escurece.
Saudade sem explicação.
Saudade lembrando nenhuma ação.
Saudade loca, de uma louca, em uma loucura desejada, a cura.
Saudade refletindo insanidade do amor, sentindo prazer, na dor.
Saudade da mistura de flores, chocolate e langerie com saliva!
Que saudade.ALI.H.H
SONHO DE AMOR
"Dormia, como dormem os tristes
Entre os lençóis da saudade
Pedindo o amor em prece
E um pouco de felicidade...
Então você chegou num sonho
E estendeu as mãos para mim:
Numa havia um poema,
Noutra flores de jardim.
Vendo você sorrindo
Envolto em névoa encantada
Nem sei se estava dormindo
Ou mesmo se estava acordada.
Não vivemos o amor na noite
- logo veio a madrugada
Acordei apenas a tempo
De um beijo ardente e mais nada...
Sozinha outra vez no quarto,
Com o sol em raios nascentes
Sorri, chorei e abracei-me,
Querendo reter na alma
O perfume de teus presentes.
E entre o sono e a vigília
Fiquei lembrando no leito
do sonho da noite vivido
em doce e estranho torpor,
Segurando junto ao peito
O poema que não foi lido,
E as flores de teu amor."
(Sonho de Amor - Presença Astral)
Fiz poesias em todo o papel, mas faltou espaço para eu me expressar.
Te mandei flores, mas murcharam antes de receber.
Hj cantei pra te fazer feliz, mas chorei ao te ver partir.
Amanhã travarei batalhas por vc, para viver tudo aquilo q vc queria e não pode fazer.
Descanse e fique em paz, pois te amarei eternamente.
O que seria do por do sol se não houvesse a visão?
O que seria da flor se não houvesse o olfato?
O que seria dos passaros se não houvesse audição?
O que seria do amor se não houvesse o tato?
O que seria do homem se não houvesse os sentidos?
Como seria a cor?
Como seria o cheiro?
Como seria?
Vida haveria,haveria alegria?
Talvez não houvesse dor,como seria o amor?
Que contato precisa,precisa de calor
Não haveria tristeza,nem saudade,nem ódio,
Nem rancor,mas também não haveria alegria,
Nem paixão,nem saudade,nem ilusão.
Não havendo sentimento não há sofrimento
Em compensação a vida não teria alento
Pra que acordar?pra que sonhar?
Não sonharia pois sonho exige emoção
Não havendo sentimento não existiríamos então
E a vida teria sido em vão
Dois de novembro
No silêncio íntimo que invade o Dia de Finados, a saudade se debruça. Ela não tem pressa, é senhora do seu próprio compasso. É o dia em que a ausência brinca de ser presença, quando os que partiram voltam, não em carne, mas em sopro, como se sempre estivessem apenas a um afago de distância.
Os túmulos não mentem. São declarações sem palavras de que o que foi vivido realmente existiu, confessando com a solidez do mármore que a vida é frágil e que o tempo é um rascunho rabiscado à pressa. Cada nome entalhado ascende, não como uma mera inscrição, mas como um feitiço sussurrado entre as frestas do esquecimento.
Nem toda ausência é tratada pelo tempo. O tempo não se compromete com permanências. Passa por nós sem desculpas, sem aviso, sem oferecer alívio. Quando alguém que amamos morre, morre também uma versão nossa. Deixamos de existir daquele jeito. É como ter sua casa assaltada por uma ausência. Por isso, não se deve apressar a dor de ninguém. No luto, não se questiona o amor por quem partiu. No luto, deixamos de nos amar, e voltar ao amor próprio demora. Deixe a pessoa doer.
O luto não passa; somos nós que passamos por ele. É um caminho de fragilidades. Não há como sair de uma dor caminhando. Precisamos engatinhar até voltar a firmar os pés novamente. E demora até que essa dor vire saudade. Demora até que essa saudade vire gratidão. A dor é solitária, e você tem todo o direito ao seu luto, mesmo depois da licença do outro acabar. Cada um tem seu tempo de digestão.
No murmúrio de uma prece, na chama vacilante de uma vela, reside a certeza de que, do outro lado do mistério, alguém sorri — os eternos hóspedes da eternidade. Hoje, flores são depositadas por mãos trêmulas de emoção. Mas não é o frescor das pétalas que importa, e sim o gesto. É flor de ir embora. É uma homenagem ao laço que nem a morte é capaz de desfazer.