Saudades do seu Corpo
Meu corpo pede o seu
seu beijo cede ao meu
Todo tempo tento entender
O que seu coração absorveu
O que meus olhos ainda querem ver
Desde que você apareceu
Tudo é música, tudo é alegria
Como toda rima de amor
Numa linda poesia.
Me identificando com esta criatura tão semelhante a mim, sou uma pavoa, com juba de leoa, corpo de gata e amor de cachorra, pois, no reino animal os cachorros são os seres que mais sabem amar sem esperar nada em troca.
O que é o tempo? Se não uma regra que transcorre diferente em cada corpo. O que é a razão ? Se não a forma abrupta de fazer o certo contrariando o que na verdade deveria ser por meio de nossas escolhas. O que é a saudade ? Se não uma maneira carinhosa de dizer que um pedacinho da gente que ficou para trás. O que é egoísmo ? Se não a maneira covarde de expressar a incapacidade de amar. O que é o amor? Se não a incapacidade de pensar só em si. O que é a dor ? Se não a forma mais direta de sentir a lâmina da realidade em nossa carne, quando insistimos em permanecer com os olhos fechados. O que é o arrependimento ? Se não a maneira de expressar a fraqueza que emana da alma, enquanto ela se contorce, pedindo uma segunda chance. O que é ser indiferente ? Se não a forma mais primitiva de morrer antecipadamente, enquanto ainda acredita que está vivo.
Somos Eternos no Corpo quanto na Alma, para isso precisamos descobrir que temos tanto tempo que o próprio tempo nos deve tempo.
Minha alma na chuva rasteja
Com todos meus sentidos falhos
No verão meu corpo chora
Lembrando você ao meu lado
Num rio de lagrimas mergulho
Afogando-me nas sombras dos teus passos
Das janelas fechadas do meu quarto
Só me resta apenas um retrato
Escravo sou de tuas lembranças
Que me cercam e me devora todo
Na brisa leve das manhãs de março
Eu me encontro no covil dos tolos
Lembro-me dos teus olhos negros
E também de seus cabelos curtos
Da tua pele clara como a lua
E dos teus lábios carnudos
A imagem na memória é nítida como real
Tão intensa é a vontade que te tenho
Guardo-te nas lembranças tal como um tesouro
E se caso não revê-la um novo amor invento
Meu corpo queima enquanto minha alma congela por você, e esse frio que vem de dentro da alma, esperando uma palavra, acaba sempre sendo uma frustração.
Mente demente
O corpo não mente
O que mente é a mente
Vergar-se na mente que mente
Tem-se a mente demente
E na noa que vai além da hora por ora
A mente que mete
Estagna na imensidão do céu noturno
Na recordação do momento divino
No sorriso amigo
Na sensibilidade do choro ou sorriso
No amor e na fé
Mente que mente indeterminadamente
No decifrar os enigmas das emoções
Os pensamentos abstratos
A consciência.
Absurdo de mente demente.
Este corpo de pecado e de corrupção torna amargo e envenena nosso regozijo. Oh! Se eu estivesse onde nunca mais pecarei!
Olho no espelho
vejo???
Vejo nada
Nada???
Nenhum resquício de alma, somente um corpo físico que vaga
Vaga???
Pois não tem alma
Alma?
É a vida espiritual, que não mais existe em você, só lhes consta o material e o banal, que não adianta de nada.
E se pudesse lavar o corpo por dentro,
depois lavar por fora,
deixar tudo limpinho.
Sem empurrar nada pra o canto,
fazer tudo caber na minha respiração.
Nem sempre é preguiça, às vezes é cansaço mesmo.
O corpo precisa descansar, mas a gente exagera demais, vai além do que ele é capaz de suportar.