Saudades de Quem Mora longe
É que eu não sei mais de você, então te (re)invento aqui. Que é pra saudade fazer morada, mas de um jeito bom.
(10 de julho de 2013)
EU REPITO
Onde você mora eu quero saber
Estou com saudade Saudade de você
Eu fiz uma casinha pra gente morar
Se você quiser pode me ligar
Estou te aguardando
Fazendo tantos planos
Pra nois dois
Vou te amar agora
E quero te amar depois
No vídeo gravado no meu celular
Eu repito que vou te amar
Eu repito repito no vídeo
Que vou te amar
Enquanto eu existir enquanto eu viver
Só quero você.
Poeta Antonio Luis
Milhares de quilômetros
podem até nos separar.
Mas nossa amizade não é medida
pela distância, mas sim pelo amor
e carinho que temos um pelo outro.
A distância mexe com a imaginação
É difícil medir a distância. O longe, o perto, o espaço de tempo, tudo é relativo. Já me senti tão perto de gente, de coisas, de lugares que estão a quilômetros ou anos de mim, e já me senti tão distante de algo em minhas mãos. Tudo depende de como alimentamos a nossa imaginação. Não é fácil lidar com a distância, pois, a nossa imaginação é muito fugaz, e, efêmera como uma flor.
Quem nunca viajou por algum lugar especial, ao ler um livro, por exemplo? Quantas vezes é tão fácil se sentir caminhando nos limites do Castelo de Córdoba, sentir o cheiro de um pergaminho escrito a centenas de anos. Como é fácil sentir a euforia que provoca um grande amor como o de Marco Antônio e Cleópatra, sentir na boca o gosto do veneno bebido por Julieta e a dor mortal no coração de Romeu ao imaginar ter perdido para sempre seu amor. É fácil sentir o gelo do mármore num abraço demorado de Pigmaleão a sua amada Galatéia. É fácil se nos entregamos a imaginação e nos permitimos viajar pelos sentimentos e pelo tempo, ignorando a distância.
Mas, quando se trata do que está perto de nós, tendemos a controlar esses sentimentos e nossa imaginação nos trai. Por que não nos entregamos à realidade do dia a dia, como nos entregamos ao que está distante da gente? Será que a distância existe? Ou será que nós nos distanciamos do que nos atormenta ou simplesmente não ligamos por que está ali a disposição?
Não tenho respostas, só perguntas. Mas, quero o mais bonito dos passeios, quero sentir a brisa no rosto enquanto eu andar pela rua, quero sentir o cheiro da tinta no papel quando escrevo, quero a euforia e a calma, quero toda contradição do amor. Não quero que minha imaginação me traia e afaste de mim lugares, coisas e pessoas ou me engane distanciando de mim os sentimentos que nos é essencial. É gratificante sentir, rir, chorar, sentir dor, sofrer por amor. É felicidade viajar lendo um lindo romance, e, é lindo sentir o cheiro de vida.
Ana Paula Silva
Autora do Livro: Me apaixonei por um poeta
"Saudades do tempo em que tudo parecia mais simples, o ar era mais puro, as risadas mais sinceras, os sonos mais profundos.
Saudades do tempo em que minha única obrigação era tirar notas boas na escola e minha única dor era um joelho ralado."
E assim vou vivendo com leveza no coração. Sem apego. Sem saudade. Sem tristeza. Aprendi a filtrar emoções e desocupar espaços que estavam preenchidos com pessoas vazias.
Será?
Existe amor? Existe saudade? Será?
Há tanto tempo que não sabemos mais dessas coisas, ou pelo menos não as ousamos dizer.
Será por medo? Será por sensatez? Será por algo que não descobrimos?
Existem tantas perguntas que eu gostaria de lhe fazer... Mas como saber se nem mais nos falamos?
O tempo passou, tantas coisas mudaram... Aposto que não somos mais os mesmos daquelas fotos, donos daqueles velhos sorrisos; pois o tempo passou e levou consigo aquele tão velho e bom "nós"...
Hoje eu me pego duvidando de tantas coisas... Com tantos "por quês" guardados no peito... Antes tudo parecia mais fácil e simples... E agora tudo aparenta ser apenas uma cobrança... Uma, duas, milhares delas.
Antes parecia simples sorrir, hoje parece ser preciso inúmeros motivos pra que eu possa reviver as mesmas sensações que antes apenas aconteciam... Sem cobranças, sem medo... Antes parecia certo, por simplesmente ser, hoje parece que é preciso inúmeras razões para que eu possa sentir que é certo...
Eu sei lá dizer o que aconteceu de antes para agora... Não sei por onde anda ou o que faz... Nem mesmo sei quem você é hoje... E ás vezes não sei quem sou no exato momento, porque hoje parece ser tão difícil saber o que eu sinto... de verdade.
Eu penso que vivi muito depois daquelas coisas que aconteceram, que marcaram, e algumas que machucaram e demoraram a cicatrizar... Mas hoje eu sei que essa cicatriz é real... A dor passou, não há motivos mais para aquelas lagrimas, ou aquela saudade que me machucava o peito.
Talvez eu tenha me apaixonado de novo, mas talvez eu não queira viver isso tudo de novo... De algum jeito eu vivo fugindo do que poderia ser algo parecido com você... ou com a gente.
Talvez eu ame, mas esteja procurando muitos motivos e razões para fazer isso... quando eu poderia simplesmente fazer...
Talvez eu procure razões para desistir e não insistir... Mas quem ama realmente é isso que faz?
Eu não queria ter dúvidas... antes minha maior duvida era você... Mas hoje eu vejo que a maior duvida mesmo sempre fui "eu" e não os outros que tentaram até eu dar todos os motivos possíveis para mostrar que o correto era para de insistir no que eu tanto queria desistir.
Eu acredito na aprendizagem, acredito que somos tão capazes, acredito que sempre temos o poder de aprender, de desconstruir e reconstruir um "eu" melhor... A nossa mais nova versão; mas ás vezes me bate uma saudade do meu "eu" antigo e do que ele vivia...
Eu acredito que preciso aprender, e que preciso melhorar... Mesmo em momentos que me senti melhor que tantos outros... isso também é sinal de que é preciso melhorar, enxergar melhor, aliás, quem é melhor que quem? Eu acho que quando Jesus disse para aquele povo "Atire a primeira pedra aquele que não tem pecados?" nos deixou bem claro que não somos melhores, que todos precisamos de perdão, ás vezes nossos erros são bem diferentes, mas em algum momento da vida precisaremos de redenção... Precisaremos que alguém diga isso por nós...
Eu tento me por no lugar de Jesus em tantos momentos da minha vida, porque Ele sempre foi Quem eu mas admirei, e eu fico grata pelas oportunidades de poder ser igual a Ele, ou, em poder pensar no que Ele faria, como Ele agiria... Mas como é difícil se parecer com o Rei... Como é doloroso ser Ele vivendo num corpo tão fraco e mortal... "Vinhemos do pó e retornaremos a ele" - é exatamente isso, nossa natureza nos chama para voltarmos ao pó... Mas algo maior em nós nos chama para algo eterno.
Lutamos todos os dias contra nós mesmos... E quando vencemos essa é a nossa maior vitória. Eu sinto tanto, sinto a todo tempo, tenho milhares de duvidas, mas Jesus nunca esteve entre elas nem mesmo por um milésimo de segundo, e isso é o que me sustentou até aqui!
Não é a distância ou a proximidade de alguém ou de algum lugar que te afeta, mas o seu próprio sentimento quanto à isso.
Perceba-se e veja que estando perto ou longe, não é a distância que muda.
Saudades do meu tempo de criança em que ao cair e me machucar,um beijo da mamãe ou do papai curava tudo, hoje as quedas são muitos mais fortes e a cura muito mais difícil.
Parodiando Oliveira Do Cordel desfilo em letras algumas das minhas saudades:
Saudades da farofa de ovo, café da manhã do meu pai,
das cantigas dos anos 50 na voz de minha mãe, trilha musical dos trabalhos domésticos, das primas que passavam as férias escolares em casa, das corridas pelo quintal com o meu cachorro Tupi, que me rendeu um tombo de cara no chão, saudades do radio vitrola com Mapa Mundi no dial, xodó da família, dos cuidados com as manas mais novas que eu Odinéia e Déa que me rendiam uma baita ciumeira, da caçulinha Andréa, com seus cabelos escorridos e o olhar sempre distante nos seus dez ou doze de idade, o cheiro inconfundível de cimento molhado pela chuva nos verões dos anos dourados, do recreio do Escolástica Rosa e dos sequilhos e do pudim de pão que lá eram vendidos por um ambulante, saudades dos sonhos da padaria Fluminense, saudade dos bondes onde eu ia sempre viajava namorando uma menina imaginária, da mesa sempre farta dos Natais capitaneados pelo patriarca dos Flores, meu amado pai, farta de comida e de parentes , saudades dos olhares das meninas da Vila Margarida, curiosas e assanhadas pelo recém chegado menino de treze anos que eu era e causavam um certo desconforto nos moleques que lá já moravam antes de mim mas me deram coragem para namorar alguém de verdade, das domingueiras do Praia Clube, dos bailinhos americanos da Turma dos Caveiras, dos bate papos com o Gringo, Jorge, Elizeu, Silvinho e Magalhães, das conversas intelectualizadas com o Beleza, saudades do rebaixado fusca garibadíssimo do mano Osmar, das divagações do meu amigo Carlinhos, menino caixa alta, filho dos donos do restaurante Beduíno mas que estava sempre com a gente, saudades da fábrica de calçados que ficava na praça João Pessoa em São Vicente e fazia botas sob medida imitando a dos Beatles, saudades do que eu sonhava ser, enfim uma baita saudades de mim...
odair flores
Me confessou sentir-se só na minha ausência
Menina ingênua, eu nunca estou ausente
Do começo ao fim do dia estou com você
Não existe sonho que não seja com você
Meu corpo vaga pela terra
Porque minha mente e minha alma estão com você
Então, menina, não se sinta só
Independentemente de onde eu estiver, eu estarei com você
Saudade é a abstinência dos momentos bons que passaram por nós, nos espancaram de amor, nos rechearam de sorrisos, nos esmurraram de abraços, e no fim acabam nos deixando apenas com a falta.
Falta essa que nos faz sofrer. E também, querer esquecer, só pelo fato de não querer mais querer.
Em uma sociedade em
que muitos se conhecem ,
a distância ou presencialmente
Quase todos se dizem amigos
Porem nas horas de precisão
poucos ou quase ninguém
estará do nosso lado
Colecionei conhecidos
Amigos são raros
Dou valor a quem está
comigo nas horas difíceis
Porque para a festa muitos virão
Mas pucos permanecem para
arrumar a bagunça
30/08/15
Loira linda você vive constantemente na minha memória,
e há momentos em que a saudade aperta demais.
Então meu coração pede socorro, e a única maneira de alivia-lo é fazer o que ele pede! Desabafar.