Saudades de Quem Mora longe
Mesmo a ausência dele é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dele que não sei como o desejar.
As garotas pareciam legais a certa distância, o sol resplandecendo em seus vestidos, em seus cabelos. Mas vá se aproximar e ouvir seus pensamentos escorrendo boca afora, você vai sentir vontade de cavar um buraco ao sopé de uma colina e se entrincheirar com uma metralhadora.
A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda, mas que a gente sabe que um dia vai se estabilizar.
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito.
Saudade
É uma palavra
Saudade
Só existe na língua portuguesa
Saudade de Val vendendo pó na esquina
Saudade do que nunca vai voltar
E dos amigos que se foram
Eu hoje estou com saudade
Na noite quente e no calor
Que sobe do asfalto
Saudade quente
Saudade da roda de cerveja
Dos amigos da madruga e
Saudade de nadar no mar
E um dia ter sido mais puro
Saudade da primeira namorada
E namorado também
Saudade, principalmente
Da irresponsabilidade
Saudade, meus amigos
Daqui a pouco vou estar com vocês.
Pode-se deduzir que a vida é dor, porque vontade é desejo daquilo que não se tem, é ausência, privação e sofrimento, sobretudo se considerado o fato de que satisfação duradoura e permanente objeto algum do querer pode fornecer.
Saudade de quando eu vivia triângulos, quadrados e polígonos amorosos. Agora para eu achar graça em alguém demora uma dizima periódica
NOITE DE SAUDADE
A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura...
Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!
Por que és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!
Saudade que eu sei donde me vem...
Talvez de ti, ó Noite! ... Ou de ninguém...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!
Saudade é sentir que existe o que não existe mais. Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam. Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
Nota: Trecho de fala de um personagem da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Pablo Neruda.
...MaisEu te amo, te amo, te amo
Tanto tempo longe de você,
Quero ao menos lhe falar.
A distância não vai impedir,
Meu amor, de lhe encontrar.
Cartas já não adiantam mais,
Quero ouvir a sua voz.
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você.
Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Eu não sei
Por quanto tempo eu
Tenho ainda que esperar.
Quantas vezes eu até chorei,
Pois não pude suportar.
Para mim não adianta
Tanta coisa sem você
E então me desespero.
Por favor, meu bem, eu quero
Sem demora lhe falar:
Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!
Mas o dia que eu
Puder lhe encontrar,
Eu quero contar
O quanto sofri
Por todo este tempo
Que eu quis lhe falar.
Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Cartas já não adiantam mais,
Quero ouvir a sua voz.
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você.
Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!
Mas o dia que eu
Puder lhe encontrar,
Eu quero contar
O quanto sofri
Por todo este tempo
Que eu quis lhe falar.
Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Eu te amo!
Eu te amo!
Saudades do meu pai e dos amigos que morreram
Mas o que o velho me ensinou eu jamais me esqueço
Seja lá como for, na vida tudo tem seu preço
No mundo, o falso e o verdadeiro se confundem
Mas os que sabem jamais se iludem
Não é fácil encontrar o caminho
Mas é bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho
Era verão ou qualquer troço assim,
lua cheia ou algo parecido.
Uma saudade ou quase a mesma coisa,
era amor ou mais ou menos isso.
Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Não aceito mais ser amiga de gente mal resolvida e que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é uma só: eu. Podem me chamar de egoísta, eu aceito.
Quero a loucura da saudade.
Quero o descontentamento que me faz grunhir
no silêncio das madrugadas, quando o cheiro
de dama-da-noite quase me sufoca no quarto.
A janela fechada não me protege da vida.
Não me importo.
Há mais perigos dentro do que fora de mim.