Saudades de quem está longe
Nas entranhas da saudade, o coração geme em agonia,
Ecos de uma separação que cravam fundo, como espinhos na via.
O homem, marcado pela sombra da ausência querida,
Ama na distância, sofre na carência da alma ferida.
Em cada pedaço da noite, murmúrios do passado ressoam,
A mulher que partiu deixou um vazio que seus sonhos devoram.
Ainda o amor persiste, como um farol em noite escura,
Guiando a esperança, enquanto a dor perdura.
Cada toque, cada beijo, permanecem tatuados na pele,
Como promessas que o tempo não consegue apagar, nem cancelar.
Enquanto o homem sonha, acordado, com reencontros possíveis,
O coração se recusa a desistir, alimentando esperanças incríveis.
No ballet da vida, outras bailarinas tentam sua dança,
Mas ele, na teimosia do amor, recusa a oferta, recusa a mudança.
Pois a mulher que ama, mesmo distante, é seu farol,
E qualquer sombra de felicidade parece pálida, sem calor.
Recusa-se a aceitar o consolo de outros braços,
Pois neles não encontra a magia, nem os laços,
Que o uniam àquela que ainda é dona dos seus suspiros,
Mesmo que o tempo teima em ser o senhor dos retiros.
Oh, homem que ama com a chama da eternidade,
Ainda há esperança na alvorada da felicidade.
Que o destino, fiandeiro dos fios do coração,
Teça um reencontro com a mulher da tua canção.
Que a dor da separação seja um prelúdio,
Para um capítulo onde o amor é o núcleo.
E nos braços dela, encontre a paz merecida,
Na sinfonia da vida, uma harmonia restabelecida.
Por que a noite dói mais?
Por que a noite não passa?
Por que a noite a saudade toma conta de mim?
Que saudades de você, queria ouvir sua voz, ver esses olhos lindos, beijar sua boca e te abraçar até essa dor passar!
Mas pra que? A realidade é tão cruel e dura... Seu amor não existe, estou sozinha de novo e inventando desculpas pra mim mesma pra dizer que vc me ama...
Mas não ama, talvez nem saiba como amar, vc é só um menino e meu amor te sufocou.
Pra você eu fiquei chata, problemática, carente, sem compreensão, sem paciência e
você desistiu :-( cansou de mim.
E a dor é só minha, mais uma para minha coleção!
Mas a noite vai passar e mais um dia de alegria chegará!
Tenho saudade
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que nos tínhamos todos os dias...
Quando o mundo era só eu e você.
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que parava pra unir nós dois...
E o teu sussurro professava não poder me esquecer.
.
Tenho saudade de você,
De saber como foi todo o seu dia...
Se me trouxe ao coração ou a um breve pensamento.
.
Tenho saudade de você,
De lembra “o quanto de você se entregou a mim”...
Pra sentir um pouco de mim que ainda vive em você.
.
Tenho saudade de você...
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Querida, os dias não são os melhores sem você mas sigo em frente, mesmo com a saudade apertando e sufocando o meu coração (o qual já não bate tão forte com vigor).
A saudade acabou virando a minha doença e o meu remédio seria você, mas só de lembrar que você se foi, o meu coração transborda de lembranças e escorre nos meus olhos e cada gota que cai é amor que eu sentia e sinto por você até nos piores dias da minha vida.
FOI-SE E DEIXOU SAUDADE
Foi-se sem nunca ter vindo.
Foi apenas ilusão minha
pensar ser a minha rainha.
Moça bonita, hoje meu coração não tá sorrindo.
Mas como te amo, sou cara de pau e quero teu bem,
Se tu tiver, estarei também.
Eu adorava te fazer sorrir,
Seu abraço é o melhor do mundo.
Desculpa se com minha besta paixão
Estraguei nossa amizade.
Hoje é muita saudade.
Terra seca
Chorei...
Cada lágrima corrida
Deste rio de saudade,
Eu chorei...
Águas banham a terra seca
E não saciam a minha sede.
A semente do amor
Dorme tenra sem dar flores...
Mas cada gota destas lágrimas
Não se perde sem destino...
É gotas feitas o orvalho
Que alimenta o nosso amor.
Edney Valentim Araújo
1994...
Saudade
Transborda em mim uma saudade de não sei o que
Que vem não sei de onde
E me toca, me invade
E penetra escondido
E suga minha libido
E me leva por caminhos
Que não sei onde vão dar
Às vezes parece castigo
E me sinto em perigo
Difícil de suportar
Mas confusa ainda sigo
Uma intuição ou algum sentido
Em busca de um abrigo
Onde eu possa me aliviar
Peço a Deus
Procuro amigo
Que me ceda um ombro
Prá me consolar
Mas sozinha ainda sinto
Com minha saudade a me acompanhar
Quando a saudade toca o ser
No momento o desfaz
Corrói o cabra por dentro
Com sua fome voraz
E como se fosse vidraça
Quando quebra despedaça
E juntar, não junta mais.
Às vezes me faço ausente
Para descobrir se me desejam presente
Quem sente saudade
Age com lealdade
Não que eu queira atenção
Pois tem horas que até prefiro a solidão
Meu pé costumo fazer raro
Para não vir a ser tachado
Não me julgue assim
Preciso de um momento só pra mim
Sentindo quem sabe o cheiro de jasmim
Quero estar bem atento
Sem um só lamento
Ouvindo apenas o meu pensamento
Não existe saudade do que não se viveu. Apenas uma constante sensação de que suas escolhas estão péssimas e que suas fontes de conforto íntimo são partes do problema. Uma prisão mental com aparência de normalidade cotidiana. Salvar-se é fazer-se ao mar da individualidade embarcando na solidão, tendo por companhia o espelho.
Saudade só arde quando encosta na pele
Ela queima, ela rasga e não sossega enquanto não fere
A lágrima lavou o rosto, mas não tira o gosto da solidão
Tá pronto pra experimentar
O que é perder um amor que estava na sua mão?
Cura-me!
Morro de saudade do teu sorriso, ele alimentava o meu;
Sinto muito a tua falta aqui no sofá de casa embaixo das cobertas comigo;
Sofro amargamente com o frio da solidão;
Não ter você é a mesma coisa que andar sem roupas, pois me sinto nu e despreparado é o mesmo que caminhar com calçados apertados, pois revela pouco do muito que incomoda por dentro;
A cruz que carrego pesa toneladas, ela está me esmagando;
Livrai-me dessa penitência, quero me curar e voltar a sorrir de novo, ao teu lado.
Saudades de você, olhar no espelho, aquela cara de desprezo, mas talvez era melhor, mesmo hoje eu estando na pior, enquanto conseguia ver, enxergar o eu, o eu que outrora se perdeu, mas não, não adianta se lamentar, agora estou a chorar. Apesar do olhar, reflexo ao enxergar, um vazio, alma a chorar, o desprazer de ver aquele meu eu problemático, desengonçado e infeliz, covarde que todavia corria de seus pesadelos até certo ponto, ponto que era tarde demais, se pudesse enfrentá-los, achar a raiz e cortá-la, acabar com todos os problemas de uma vez, voltar a ver o meu eu, o meu eu que se perdeu.
Vai que nessa história de ficar sozinho cê não aguentou
Vai que cê resolveu descontar a saudade no acelerador
Quando lembrou
Que na sua cama cê dormia bem
Só que na minha você nem dormia
Veio furando o sinal
Buzinando pro povo
É que a saudade dói no peito
Mais que a multa dói no bolso