Saudades de Mim
O QUE FUI
O que fui, ficou parado na vida
Meu sorriso aberto, um dia chorou
A saudade de mim, em mim agora atordoa meu ser
O vazio me mata
Caí, e gravemente feri-me
O pesadelo acordou, já não sonho
Na cama vazia eu busco refúgio
Meu chão é meu hoje, não tenho amanhã…
Perdi ilusão
Hoje proclamo o dia da perda, não mais ouço meu grito
A vida é nefasta em mim, não creio em mais nada
A lua apagou lá no alto
O brilho do sol não volta amanhã aquecer meu viver
A cidade é vazia
O veneno não me consola, me isola e me salva do nada
Omitir pra viver, me disseram
Eu não quero
Quero ser livre, quero ser eu, e já não posso
No vento forte caí, queria poder levantar
Bater a poeira e voltar a viver
Mas…Já não posso fazer
O meu tempo foi ontem, o passado levou
Meu espelho já não mais pode me ver
Parti, fui embora de mim
No dia que a ti me dei por inteiro
E hoje por detrás dos trapos em que me escondo
Vivo estou, na letargia do tempo
Tempo que em mim parou
Nas profundezas do pântano
Que todo meu ser mergulhou
Lembrei de nós.
Senti saudade de ti.
Senti saudade de mim.
Somos finitos habitando lembranças infinitas.
Pausa
A saudade em mim fez pausa
Ficou em silêncio, está muda
Não sofro mais por sua causa
Não vou mais buscar tua ajuda
Hoje fiz um intervalo no poetar
Solitário. Pois tenho companhia
Das estrelas que me fazem viajar
Da poesia meu remo na travessia
Larguei tudo. Tento só harmonia
Simetria em cada verso, cada rima
No sorrir busco a sorte em parceria
Caneta e papel riscado com estima
Hoje fiz interrupção nas lágrimas
Gota d’água somente as do céu
Não mais ficarei chorando lástimas
Pois o amor da solidão não é réu
Luciano Spagnol
23/10/2015, 08’31”
Cerrado goiano
Quando eu for no meu fim
Sentiram saudade de mim:
o cerrado, o Joca, o jardim
Bagatelas
Nem dou trelas
Velarei sem velas
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Maio, 2016
L3
Há uma saudade em mim no cerrado
Ancorada nos barrancos ressequidos
São arrancos no peito em ronquidos
Num espectral sentimento entalado
Pelos prados os sonhos emurchecidos
Escorrem num agridoce poetar orvalhado
De recordação a soar anseio retalhado
Deixando na alma desejos desfalecidos
No amanhecer solitário acordo forçado
Em silenciosos suspiros enternecidos
Tal como um violino que não é tocado
Sinto-me com os devaneios perdidos
Sem asas, sem voo é um olhar atado
Há uma saudade em mim em alaridos
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
porto
há uma saudade em mim no cerrado
ancorada nos barrancos ressequidos
são arrancos no peito em ronquidos
num espectral sentimento entalado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
"Em lembrar que já fui jovem, irresponsavelmente jovem. Ah, quanta saudade de mim...!"
☆Haredita Angel
#Tanta distância
Hoje você diz que sente tanta saudade de mim
E que não sabe se ainda irás me ver novamente
Dá pra perceber quanta preocupação domina o seu coração
Para você isso pode até doer
Mas eu estou feliz por ver você se preocupando com o nosso futuro
Eu nunca disse para você
Mas você é a primeira pessoa que se preocupa tanto comigo
Em tantas pessoas que conheci e que outras esqueci
Para poder te conhecer e foi necessário
Oque adianta ficar preso no passado se a minha felicidade é o presente
Você é o meu presente
Tão distante
Para saber se ainda me amas
Hoje às noites são tão escuras em meus olhos
Porque você era o motivo dos dias tão claros
Você era a razão dos dias tão raros
E que se tivessem preço provavelmente seriam tão caros
Tão distante
Eu também sinto saudades de você
Mas não posso mentir que eu estou feliz agora
Porque agora você pensa mais em mim
#PrimeiroMcPoeta