Saudades de Casa
Noite
vida
vivida......
saudade
despedaçada.......
saem de casa nas noites
voam feito vento ......
adormecem
como folha de uma praça
de platanos..............
revoam
no chão
e choram para mim.........
um anjo espera
a flor nascer do chão....
ninguem morreu
apenas morre de saudades......
Chuva, saudade, morte e vida...
A minha casa mesmo sendo feita
com os alicerces tão fortes e vindo do meu amor
Não aguentou a chuva que veio com fúria
e sem compaixão a arrastou
Tudo o que eu tinha conseguido em anos,
num instante a chuva levou
Eu fiquei ali inerte olhando o local
onde ela estava antes
e que agora só a saudade ficou
Imaginei cada ponto do lugar
e tentei montá-la de novo em pensamento
A cozinha tão pequena, mas cabia toda a família
e na mesa sorridentes nós repartíamos o nosso alimento
O meu quarto foi fácil de descobrir nas ruínas,
lá estavam os meus lençóis
e todas as minhas roupas de cama
O meu maior aconchego misturado com a terra,
todo impregnado de lama
Ali eu adormecia protegida do relento,
um lugar que sempre foi de se fazer amor
com quem se ama
A sala, quase impossível não vê-la,
a TV entre os escombros
e já não estava mais ligada
Um pouco antes da minha casa ser levada
eu assistia um noticiário dizendo
que a chuva não estava fraca,
no qual mostrava vários lugares
sendo levados pela enxurrada!
Eu nunca pensei que aconteceria comigo
o infortúnio de outros que eu vi na televisão,
que eu iria fazer parte dos que lamentavam
as perdas, a destruição!
O que eu obtive com meu empenho
em anos de dedicação,
em poucos segundos veio ao chão
Eu fiquei ali paralisada, observando
tudo e completamente sem ação!
E mais desolada eu fiquei ao ver
que além da perda material
que muito me fez chorar
Foi ver um bombeiro que no colo carregava a morte,
um amigo meu que a lama não deixou respirar
Uma imagem angustiante,
eternizada na minha memória,
tanta desventura e tanta gente a se lastimar!
Numa noite eu sonhei que tinha voltado lá,
até coloquei a chave na fechadura
e pude adentrar...
Nada me aparentou estar alterado,
as crianças estavam na sala a brincar!
Então eu vi uma imagem
que aqueceu meu coração
Meu amigo ainda estava vivo,
sorriu-me quando passava na rua e
até me acenou com a mão!
Eu pude ver a minhas fotos antigas,
abracei com ternura o meu álbum de recordação
E de tanto contentamento eu chorei e acordei...
Os sonhos não são eternos,
nós sempre temos que voltar a realidade
Viver o dia presente, renascer a todo instante
e ao mesmo tempo morrer de saudade!
...Saudades dos velhos tempos! Namoro em casa, filme... Conheciamos a pessoa do nosso lado! Tinhamos convivência, confidencias, fidelidade e respeito. Não importava seu trabalho, o quanto ganhava e o carro era mero, mero detalhe! ...
Noite chegando
domingo acabando.
Faltaram abraços
soltaram- se os laços?
Casa vazia
saudade vigia.
Vem nó na garganta
querendo dizer um mantra.
Lembro-me de você
Namastê!!!
Sentirás saudade minha quando sozinho estiveres voltando para casa e não encontrar ninguém te esperando; Sentirás saudade minha quando olhar o seu lado oposto da cama e ver o quanto estás perdido, tocando apenas em meu travesseiro oco, quando o que querias mesmo era meu cheiro, meu beijo te rastejando por inteiro; Sentirás saudade minha quando o vinho acabar; Quando ficar esbarrando-se em moveis inúteis, enquanto persistir em me procurar; Sentirás saudade minha quando, na beira da madrugada, ou no cintilar da branca lua, ou no breu de toda a noite, teu corpo me relembrar, se excitar e se aborrecer; Eu sei, sentirás saudade minha, pois te pertencia de um jeito que você percebia e fingia não querer
E eu me pergunto se foi por carência que fui parar aquela noite na sua casa, ou se foi por saudade que respondi seu sms.. Mais definitivamente cheguei a conclução de que não foi saudade nem carência, foi falta de vergonha na cara mesmo.
Tem horas que eu falo comigo mesmo, não tem ninguém em casa
Saudades de uma época que nunca vivi
Essa tempestade que hoje vi nascer
Numa tarde vi anoitecer
Momentos em que é melhor ficar calado
Desejos já me deixaram culpado
É triste nascer e não saber
Se você verá o anoitecer
Se eu pudesse voltar atrás
Se eu pudesse não te querer mais
Se eu pudesse comandar
O exército de um homem só
Inventar um sorriso
Viver sozinho
Sair do sombrio
Encher o vazio
Se eu pudesse não fingir solidão
Se eu pudesse ter os pés no chão
Se eu pudesse despertar
O meu exército de um homem só
Carregamos em nossa bagagem a saudade de casa, mas quando se aproxima o nosso retorno queremos escondê-la.
Hoje como todos os dia senti aquela saudade de casa, ao suspirar senti o vento tocar meu rosto, que viajei no tempo das minha lembranças e revi o filme da minha vida.
das coisas mais simples a chaleira do café no fogão a lenha,dos gritos de minha mãe acorda pra vida e ao abrir os olhos estava eu em uma metrópole turbulenta e competitiva, assustada com o que me tinha acontecido em breve espaço de um piscar de olhos as palavras de mãe nunca me saiam da cabeça " Acorda pra vida, porque nada é fácil, haverá obstáculos e dificuldades mas lute sempre e desistir nunca, para ser alguém na vida você tem que estar sempre a busca"
"Eu imagino sempre estar em casa" (Pequeno Príncipe)
Saudade da minha mamãe, da minha casa, de alguns amigos que eu nem imaginava que sentiria tanta falta assim, da minha cidade, do meu estado.
Mantenha o foco no objetivo, Melissa. Tá quase lá.
Visita meus medos coragem
visita a minha casa saudade
Só por hoje não quero visita da maldade
Só quero é paz
pra minha viajem
no espaço
no tempo
no ar
não tenho assas
mais posso voar
das Nuvens eu faço meu lar
minha mente que se achava liberta
no fundo é presa
me leva a loucuras e doenças a minha cabeça
melhor remédio pra minha loucura
é a energia que eu coloco nas letras
Por não aguentar conviver sozinho com ela
eu feri toda minha dor
na ponta da caneta
Em outra circunstância eu diria que sinto saudades; outrora a casa vivia repleta de crianças; filhos, netos, sobrinhos... éramos uma família unida e feliz. Foi um tempo de abundância quando o algodão era um sinal de luz, as árvores frutíferas atraiam os pássaros, as flores ornamentavam a casa grande, como promessa de muita felicidade e tudo isso começou na igrejinha de santa Rita de Cássia pequena e acanhada de piso morto. Frei Jerônimo celebrou nosso casamento depois de seis anos de namoro, discussões ríspidas entre nossas famílias que tinham suas rixas e eram contra a nossa união; mas o amor se sobrepôs ao ódio e derrubou a cerca de arame farpado que ia da estrada até as proximidades do rio, o que compreendia nossas propriedades e não deixava de ser um bom pedaço de terra, algumas cabeças de gado, porcos e outras criações, além do algodão e do milho. A partir de então houve entre nossas famílias uma total harmonia, eu diria que nos tornamos uma, porque os problemas que surgiam eram nossos e resolvíamos em conjunto e nossas alegrias eram compartilhadas; então veio, em homenagem a avó paterna Ana Luzia, nossa primeira filha: Analu. Juaquim meu marido queria que ela se chamasse Elenice o meu nome mas eu tinha uma grande admiração por dona Ana, minha sogra, que mesmo nas nossas rixas durante o nosso namoro nos apoiou. foram anos de uma felicidade completa; vieram outros filhos e isso só consolidou o nosso amor. ninguém teve tanto a certeza de ser amada como eu; mas mesmo nos melhores momentos, as vicissitudes da vida acontecem e ninguém está imune às paixões.
Analu corre ainda entre a varanda, o pomar e as roseiras que adornam a frente branca e azul de nossa casa, nas brincadeiras ingênuas de sua adolescência com os irmãos, primos e vizinhos, Juaquim cuida dos bichos ou das plantações e provavelmente cantarola uma canção romântica; assim as coisas ficaram na minha lembrança. Numa parte ou outra, dunas ameaçavam bairros e as chuvas tornavam-se mais escassas. ouvia-se histórias de famílias que migravam por essas dificuldades; resistimos a todas as adversidades.
Era uma tarde nublada de agosto, Juaquim tinha ido pescar no rio quando o carro entrou pelo nosso portão e chegou bem próximo aos degraus que conduziam a nossa porta; era Eriberto, o advogado, que trazia uma pasta; ele cuidava do inventário do sr Benedito, meu sogro, falecido há poucos meses, vitimado por falência múltipla dos orgãos. Ninguém diagnostica o tempo como causa mortis; meu sogro já contava 99 anos. "Quem é esse anjo?" Questionou Analu, que já contava 18 anos. Heriberto era assim, dava sempre essa impressão, e se sorrisse e nos olhasse nos olhos passava-nos a sensação de uma fragilidade que também nos contagiava. Eu já conhecera aquele sentimento e vivia numa dúvida cruel, convivendo com aquele remorso, imaginando se Samuel, meu filho mais novo, não seria filho de Eriberto. desde então Analu parecia mais calada, vez ou outra estava sempre no telefone sussurrando; Samuel certa vez ao chegar da escola mencionou ter visto Analu na pracinha conversando animadamente com Heriberto parecia uma tragédia anunciada, meses depois notava-se a barriga de Analu crescida; Juaquim chegou a ir atrás de Heriberto, mas ficou sabendo que ele era casado e havia se transferido pra outra capital; meses depois nascera Cecília, mas Analu perdera todo o brilho do olhar, juaquim também ficara meio rançoso; certa noite me questionou por que eu não lhe falara sobre a origem de Samuel. Juaquim era um anjo, de um amor puro e imaculado. Quantas vezes olhamos o por do sol sobre as dunas que guardavam a nossa história; e dali vimos o brilho de um nascente renascer nos olhos de Analu, que na igrejinha de santa Rita de Cássia, agora com piso de mármore e torres iluminadas, casara-se com um dos filhos de um primo distante de Juaquim.
De vez em quando penso que todo esse tempo não passou, quando contemplo Gustavo, marido de Analu, tirando leite das vacas, colhendo o milho, obsevando a plantação de algodão; ele também cantarola algumas canções que mencionam amor e paixão, de vez em quando caminhamos à beira do rio; de vez em quando são subdivisões de uma eternidade que se divide em partículas para serem bem guardadas ou esquecidas pelo tempo e o perdão.
- CASA DO COMENDADOR -
Naquela casa esquecida
Há janelas de saudade
Um brasão desenhado
E uma história perdida
D'um morto consagrado.
Pássaros sem asa
Olhares sem vida
Gente que sofreu
E quem por lá passa
Diz: "A casa morreu!"
O tempo falou
Nas paredes caladas
Mas a Alma da casa
Em nada mudou!
Alguém a abraça ...
Retornou o passado,
A casa renasceu!
E numa hora estranha
Viu-se a Tez do Fidalgo
Dom Infante Paçanha.
Poema ao Solar brasonado de Dom Infante Paçanha no centro histórico de Ferreira do Alentejo.
Saudade mesmo da minha Yeponda, da minha Oníra... eles sim faziam a maior festa dentro de casa, enchia o salão, e com a casa cheia me fazia feliz.
Quando se perde alguém para a irreversível morte, permanece em nós aquela eterna saudade de casa.
É como se fizéssemos uma viagem que jamais nos permitisse retornar.
Só se odeia a estrada quando ainda sente saudade de casa, sentimos saudade da luz quando moramos na escuridão, e mesmo que a luz esteja resplandecente no seu peito saberias que o mostro esta lá em algum lugar escondido, esperando sua vez de sair. Aceite que dentro de todos nos há um mostro e a escuridão que não queremos que ninguém mais veja ... Aceite a existência dele, fique amigo dele. Todos querem um lar ou um lugar onde se pareça com isso, um lugar para começar do zero. Mas na verdade lar é apenas um lar, não importa onde estamos levamos o estrago conosco.. Então o lar é para onde corremos ou da onde fugimos .. Fugimos para lugares onde somos aceitos sempre .. Lugares que fazem nos sentir em casa, assim podemos ser quem realmente somos. Apesar de não existir emoção humana mais forte que o medo e o amor; Não são tao diferentes uma da outra ambas fazem você fazer loucuras de ate mesmo falar que esta apaixonado mesmo sabendo que não tem nenhuma chance, ou fazer algo com muito medo, o amor faz você fazer loucuras ate mesmo com medo um é parecido com o outro; em alguns aspectos fazem você ficar cego.
To com saudade da minha casa
Das minha almofadas coloridas
Do meu assento de vaso que precisa ser trocado
Das galinhas estáticas encima dos livros.
To com saudade da minha bagunça
Das roupas que jogo pelo quarto
Dos meus imãs de geladeira engraçados
Do passarinho derrubando folhas pela cozinha
To com saudade das minhas contas atrasadas
Dos meus DVDs falsos
Tanta saudade do Glee e dos Friends
Do tapete de juta que não deveria estar no banheiro.
To com saudade do cheiro da minha cama
Do cheiro do meu travesseiro
Dos cheirinhos que eu mesmo fiz pra por na sala e no banheiro
De quando o Di passa a carne na manteiga.
To com saudade da minha tv
Saudade da Jô comentado comigo cada bobeira que passa
Saudade da gente chorando de dar risada
Enquanto o Lê ronca ensurdecedoramente deitado no chão
To com saudade da luz do IPad batendo no rosto do Di.
To
Com
Saudade
O tédio pesa uma tonelada trancado nesse quarto de hotel...