Saudades de alguém que nunca existiu

Cerca de 23 frases e pensamentos: Saudades de alguém que nunca existiu

Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.

Carlos Drummond de Andrade
"O Avesso das Coisas. Aforismos". Editora Record. 2ª Edição. 1990

A saudade dói no peito, porém não podemos ter saudade daquilo que só em um coração existiu.

Faço de conta que nada existiu porque a saudade não faz voltar

Lua de Prata

Saudades,
De um tempo que nunca existiu.
De alguém que nunca partiu.
De um amor que ao menos coexistiu.

Ah, esta lembrança que mata
Que fere, maltrata este coração.
Esta visão perturbada
Da lua de prata em um céu anil.

Este calor que me queima,
Desejo que invade a alma.
Esta noite quente e enluarada,
Em que me perco nas lembranças
De um amor infantil.

Ondas de espasmos pelo corpo,
Me lembram das ondas de um mar febril.
Desejos descontrolados,
Tão espumados, calor juvenil.

Frustração infundada,
Tempestades premeditadas.
Saudades de algo que nunca existiu.

Furações, desejos da alma.
Minha pela exala perfume de amêndoas adocicadas
E tem um gosto de cereja que parece não ter fim.

Meu mais doce tormento.
E ter você em pensamentos.
Mas, teu corpo tão longe de mim.

Nesta noite enluarada,
Confessando a lua de prata
Imagino seu corpo colado em mim.

Autora: Khenya Tathiany

Inserida por khenyatathiany

Saudades de uma época que não aconteceu.
Saudades até mesmo de alguém que se quer nem existiu.

A minha noite inteira, só existiu orvalhos e prantos.
É que morrendo de saudades, não consigo te esquecer.

Inserida por eraldocosta13

Sentir saudades do que nunca existiu é o fim.... Não tem lógica.

Não existe saudade daquilo que nunca aconteceu ou existiu. Isso se chama arrependimento.

Inserida por andreb

E hoje não sei o que dói mais: Gostar sem ser correspondida ou sentir saudade do que nunca existiu.

Inserida por mallumoraes

Saudade infeliz, é aquela que não se sente,
amor triste é aquele que nunca existiu.

Inserida por FernandinhoUdi

Eu desejo o que nunca existiu e tenho saudades do que nunca vivi!

Na verdade, nunca houve saudades na palavra saudade.
Bom, até que existiu saudades,
mas era apenas nas palavras ...

Inserida por MachadodePaulo

Essa saudade mais uma vez se perdeu na perfeição que existiu ou até a promessa que nunca se cumpriu;
As lágrimas que meus olhos destilou não foi por mal, mas sim de falta de você;
Sei que é difícil esquecer tudo o que passou, pois não foi desse jeito que aconteceu e só nunca esqueça de mim;

Inserida por JULIOAUKAY

⁠Um pedaço de mim
Como explicar a saudade de quem nunca existiu e nunca existirá?!
O que resta é aceitar que nunca sentirei o toque da tua alma no topo dos teus cabelos.
Ou que meu seio nunca será teu pedestal sagrado de amor, muito menos o cálice que te serve a vida.

Como morrer em paz sem ter vivido a opulência do meu corpo abrigar dois corações?!
Tampouco, ter tido a honra de ver a luz no brilhar do teu primeiro sorriso.

E é em dias como esse, em que acordar após sonhar contigo, percebo a dimensão do vazio em meu ventre, um vazio que jamais será preenchido.

Contudo, entenda que embora haja dor em minhas palavras, também há consciência em meus atos. Pois eu sei, e você também sabe, que nesta vida não ousei arriscar em lidar com um pedaço de mim.

Inserida por Infame

⁠Também tenho saudades do que nunca existiu, e talvez daquelas que nunca existirá.

Inserida por samuelfortes

Eu inventei você pra mim, por isso você nunca existiu, apenas existe nos meus pensamentos. O que eu faço com minha espera? Meu sentimento será platônico pra sempre? O que eu faço com a minha saudade de alguém que nunca existiu? Procurarei amor em outras fontes? Como poderia se tudo que eu quero é você?! A espera não pode matar a esperança. É sexta-feira amor, nosso dia, lembra?

Às vezes a saudade, é a prova que aquilo que já não existe mais existiu.

Inserida por abraatiko

A pior coisa é ter saudade do que não existiu. Saudade do que foi idealizado, do que poderia ter acontecido...

Inserida por rosicarmenxavier2014

A verdade é que sempre me causou estranheza essa coisa de sentir saudade do que (ainda) não existiu. Do que ainda não pode ser encontrado nas caixinhas das lembranças tão e mais queridas. Aquelas que fazem com que a gente - não raras vezes - vá até a prateleira onde estão guardadas, pegue uma por uma, tire o pouco de pó que se acumulou por ação do tempo e traga para perto do peito só para sorrirmos mais uma vez, enquanto recordamos o quanto foi e é bom.

Sempre me pareceu absurda essa ideia de sentir falta de algo que a minha pele ainda não tenha registrado a impressão. Ou que os meus olhos não tenham definido como digno(a) de ser novamente admirado(a) em todos os seus grandiosos detalhes. Isso, porque, definitivamente, o tato é um dos sentidos que eu mais aprecio. Em alguns momentos – confesso - ainda mais até do que a própria visão; ainda que por esta também seja possível sentir o toque, como se dá no momento em que alguém lhe diz:

- Eu estou aqui contigo, não tenha medo! E então, por ler no olhar desta pessoa, o desejo de lhe renovar o fôlego e a fé, você finalmente se sente acolhido nos (a)braços da paz. E segue.

Mas essa saudade do que não foi vivido é um pouco diferente. Ela é tão especial quanto a outra, mas de um jeito próprio. Se antes a gente sentia falta de um momento com registro no calendário do tempo, agora, a saudade se dá por algo ainda sem documento. É como se ela fosse uma espécie de viajante atemporal, que vaga livremente entre o passado, presente e o futuro, fotografando momentos tão cheios de vida, que a nossa alma, por sua vez, não consegue se conter e então sorri largo quando é uma saudade boa, ou se recolhe, quando é daquelas doloridas. E então, com o pouco acesso que temos ao mix dessas fotografias, reagimos de imediato.

Quando você escuta uma música que lhe remete a um passado bom ao lado de alguém, você sorri. Isso é saudade com registro. Você viveu aquilo. Sentiu aquele momento na totalidade. Mas quando, por exemplo, você pensa em alguém que já faleceu e diz pra si mesmo(a) que ainda hoje guarda tantos planos que poderiam ter sido colocados em prática, caso a pessoa ainda estivesse viva, então é saudade do que não existiu.

Quando você olha para o seu filho já crescido, e recorda os primeiros passos, as primeiras tentativas de formação de palavras concretas, e sente-se feliz por tê-lo ao seu lado, você experimenta uma saudade com registro. Mas quando você sente lá no íntimo este desejo de paternidade/maternidade pulsando com força, a tal ponto de você se imaginar, inclusive, o(a) colocando para dormir, vindo de 15 em 15 minutos ao seu quarto para verificar se ele(a) está respirando, porque ali é um prolongamento da sua vida e ela depende de você, mas você ainda não é pai e nem mãe para entender com perfeição a sensação de ter uma vida sob a sua dependência, então é saudade do que ainda não foi registrado. A falta é a mesma. Mas a forma de sentir...

Mas e você: Já sentiu falta do que (ainda) não viveu?

Inserida por JorgeNicodemos

Sentimos saudades de tudo, principalmente daquilo que não existiu

Inserida por dragaotr