Saudades de Alguém

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Saudades é algo que não há como explicar...um desejo incontrolável de..."Ouvir,ver, amar",é sentimento de quem quer bem...muitos falam...poucos têm. Porque saudades mesmo é verdadeira quando a gente ama alguém. Autora Ada Fronzzi.

Sorria, faça brincadeiras, dance, cante, dê abraços, beijos, diga eu te amo, estou com saudades, eu preciso de você...
Seja feliz, agradeça a Deus pela vida, pois ela é um sopro.

Você não é trouxa por estar sentindo saudades de quem não te merece, não é idiota por ficar sofrendo por quem não merece. Você é incrível e pessoas incríveis sentem muito, não dá pra fingir que não sente, né? Deixa doer. Chora bastante. Não fica reprimindo tuas emoções.

Para uns somos Recordações e para outros somos Saudades.

Antonio S. Sousa

As saudades são como grãos de areia... Incontáveis... Infindáveis, apenas sentidas!

Lágrimas e dor, saudades que não tem fim;
Esperança e sorrisos sentimentos, que não há em mim;
Arrependimento e angústia me lembra minhas ações, que amOr e ternura matou em nossos corações.

Calvário de saudades

E eu sangue Catolé
Quero jogar o meu Balde
No cacimbão da saudade
Em fumaças do café
Minha lata remendada
E o cacimbão tão distante
Lembrança arame farpante
Outras vezes cafuné

Memória que aprisiona
Desejo estaca fincada
Semente em peito plantada
Alçapão de passarinho
Imbira , tramela e espinho
Noites frientas as claras
Corte taio de navalha
Palhas, gravetos e ninho.

Saudade tum tum pilão
Desejo casco de boi
Memórias doce de leite
De sonhos baião de dois
Fiz guerra no peito meu
Pra findar esse desgosto
Um dos três vai sair morto
A saudade, o desejo ou eu.

De chicote lapiante
Imbiras de amarra cruz
Lembrança coroa espiante
Vinagre e lança cortante
Calvariante sem luz
Sem túmulo e ressurreição
Lembrar de alguém que se quer
E não se ter como quer
Calvário deste cristão.

Sem querer generalizar, existem milhares formas de expressar saudades, viu?
Se expor ao ridículo é a pior delas.

PAIXÕES

Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde
Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas
E, em recordações, o meu coração responde
Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas

Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde
Gorjeiam as melodias, e desenham estradas
Na memória, onde, além, o passado esconde
Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas

Recordo, choro em pranto, eram dias felizes
No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto
E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes

Tu golpeada e finda, - e eu fremirei sepulto:
E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes
Se estorcerão em dor, penando sem indulto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Como está você?

Sinto saudades…
Saudades daqueles tempos em que as amigas e os amigos marcavam um dia para se encontrar e atualizar uns aos outros das suas novidades.
Conversavam sobre os flertes
Falavam dos micos que pagaram
Contavam as artes dos pais e/ou dos filhos
Enfim…. De fato existiam novidades para serem ditas
Existiam motivos para encontrar o amigo ou a amiga e simplesmente perguntar: como está você?

Hoje… Não existem novidades a serem ditas ou flertes a serem contados.
As redes sociais já nos contam tudo
Revelam os flertes
Narram as viagens
Mostram os nascimentos
E noticiam os óbitos.

Os encontros entre amigos e amigas já não têm mais a mesma química
A presença física se confunde com a ausência virtual
Nas viagens... passa-se mais tempo fazendo selfies
Curti o momento? Curte depois, olhando as fotos.
E no fim a viagem serve apenas para ser exposta nas redes sociais
É como se cada um quisesse provar que também pode viajar.

Os filhos? Já nascem sem privacidade
Fotos são expostas todos os dias nas “timelines”.
Os idosos são igualmente expostos
Para provar cuidados, os filhos os expõem nos seus momentos de maior fragilidade e intimidade
O pai amoroso das redes sociais nem sempre assim o é na “vida real”
A mãe tranquila de textos amorosos nem sempre consegue se controlar diante das peraltices da “vida real”.

E assim vamos seguindo, numa sociedade com dois mundos
O mundo perfeito, cheio de valores e riquezas materiais das redes sociais
O mundo real, muitas vezes pobre de afeto, respeito, carinho, humanidade, solidariedade e todos os lindos princípios tão bem divulgados nos storyes
E assim vivemos a esquizofrenia virtual
Nos obrigamos a vivenciar experiências exclusivamente para serem mostradas aos “amigos” nada íntimos das redes sociais.
E esquecemos que os mais importantes e verdadeiros valores e sentimentos não se mostram nas redes sociais.

O texto assusta. Mas pode se acalmar.
Você não é a única pessoa que está refém das redes sociais.
Toda a sociedade está refém das realidade virtual
Das falsas vidas gloriosas das redes sociais.
Por vezes existem vidas que são verdadeiras Fake News, pois tudo é falso.
Já é chegada a hora da reflexão.
É preciso perceber que a vida das redes sociais somente será verdadeira se de fato estiver alinhada com a realidade.
O amor, respeito, solidariedade e honestidade pregados nas redes sociais de fato precisam ser praticados na vida real.
Precisamos que a realidade virtual seja menos intensa e que seja possível encontrar os amigos e perguntar: como está você?

Saudades eu tenho de cada detalhe nosso, de nossas manias e idiotices, até das brigas que acabavam na cama.

.Presente voraz

Ao me levantar por volta da madrugada eu disse a mim mesmo em voz alta: Saudades, saudades, saudades! Mas ai me dei conta que não havia dito absolutamente nada. Era apenas o eco extraordinário e ao mesmo tempo melancólico, de lembranças de uma era passada que hoje se instauram no vazio do meu coração.

Deserto.
Multidão.
Solidão...
Falta tu por perto.

Saudades.
Passado que não passou.
Não saber onde tu estás.
Tu não saber como estou.

Silêncio.
Ausência de ti.
Saudades que me mata devagarinho...
meu balão de oxigênio... falta tu aqui.

Enquanto o APRENDIZ falava sobre seu MESTRE, as lágrimas escorriam, respeito misturado com saudades.

Sentir saudades não é errado, mas é preciso lembrar o motivo que afastou ambos.

Morro de saudades.

"Morro de saudades de uma pessoa que era ingênua e boa, morro de saudades de uma pessoa que era feliz, amada e que amava, de uma pessoa que sonhava e tinha planos, morro de saudades de uma pessoa que era esperançosa, que ainda não tinha sido corrompida, morro de saudades de uma pessoa que tinha milhares de amigos e colegas, que ainda não havia sido traída e nem abandonada, morro de saudades de alguém que um dia sorriu sincero, morro de saudades de quem não existe mais...Morro de saudades de um alguém que um dia eu já fui, mas que hoje não sou mais, morro de saudades de ser quem eu era, morro de saudades, de mim".

Tenho ciúmes
Tenho sentimento
Tenho saudades
Tenho coração
Tenho amor
Não esqueço fácil
E amo muito
Sou assim mesmo
Sou do signo de leao

Saudades do saber.

Que saudades do saber, que hoje encerro aqui,
Aos meus mestres com carinho, vou dizer o que aprendi.

Aprendi a ver a vida de um modo diferente,
Aprendi que o saber não ocupa lugar na gente.

Se chorei nesta jornada,
Por minhas dores e sofrer,
No riacho do conhecimento com avidez saciei
Minha sede do saber.

Se o saber não ocupa lugar,
Como já citei aqui,
Também não se pode roubar o que de meus mestres aprendi

Sigo então o meu caminho,
No desejo de aprender,
E quem sabe a gente se encontre,
Lá ao longe no horizonte de um novo amanhecer.


Autor: Cícero Marcos

Os naufrágios são belos
sentimo-nos tão vivos entre as ilhas, acreditas?
e temos saudades desse mar
que derruba primeiro no nosso corpo
tudo o que seremos depois

José Tolentino Mendonça
Baldios. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.

Nota: Trecho do poema Murmúrios do mar.

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Falar de saudades para não adoecer / Deixar doer quando tiver de ser.