Saudades da Minha Terra
SAUDADES NA VIDA
na minha terra o fruto é o amor
que distante só mim trás saudades
faz lembrar o momento que passou
pena que distante agora estou
na família se aprende a viver
longe dela juro não sei como fazer
pra tirar esse vazio do meu coração
preciso de carinho um toque de mão
sinto a falta que você me faz
a volta de uma conversa simples
do seu olhar sempre ouvinte
estar do seu lado ,nada mais
o nada gira em torno de mim
só desejo um pouco de ternura
de quem tanto amo nessa vida
morro se um dia for esquecida!!
Ô Capoeira
Minha valentia ninguém tira,
Da África me tiraram, ê saudade
Naquela terra eu era rei.
Rei de mim mesmo.
Ti ti dom dim...
Nos meus cantos peço a Deus,
para guiar meus passos.
Nos engenhos e cafezais, espero o pôr do Sol,
pelo mato, busco minha liberdade...
em meus pensamentos só está esse ritmo
Ti ti dom dim...
Meu pé está na senzala,
No meu jogo canto a esperança em dias melhores,
Êêêê capoeira, nesse ti ti dom dim
Bate meu coração.
Meu pensamento está naquela mulata,
que canta com voz doce os sofrimentos de um escravo cego.
Os morros e as estrelas indicam o caminho.
de boca em boca a liberdade é transmitida.
Minha voz é mais do que oração, é um grito de existência!
na força dos meus braços carrego a dor da chicotada.
TI ti dom dim...
Ó meu Deus, ao quilombo irei
Ter com os moços livres, novamente reis!
minha malandragem veio da senzala,
Minha voz chegará ao Pai que está nos céus
e meu caminhar guirá.
Ti ti dom dim...
Desse sofrimento eu fugirei,
e só pararei quando encontrar uma roda de capoeira
minha arte não está na minha cor, e sim no meu coração
que esqueceram que bate, - a corrente vai cair,
E os capoeiras dançaram em memória daqueles dias.
e aquele berimbau, continuará em minhas mãos,
Fazendo ti ti dom dim.
Saudade da minha terra
Saudade da minha terra
Pois aqui nao sei viver
Quero ir embora
Minha mão eu quero ver
Aqui na cidade grande
tenho motivos pra sofrer
pois não tenho a minha mãe
A razão do meu viver
Tenho meu trabalho
Tenho minha profissão
So não tenho minha felicidade
Pois deixei no meu sertão
Voltarei mãe
Para ficar ao seu lado
Pra matar minha saudade
E por você ser consolado
MINHA ALDEIA
Aldeia conquistada, da minha saudade!
Pedaço, quase nada de terra, e nenhum herói.
Não foi necessária a força, o cerco embaçador
Para se tornar terras de ouros.
Porque num abalançamento que fiz
Nada é tão belo e não
Como este lugar suspenso
Por dentro dos meus braços.
Aldeia que por meus olhos seletivos em séries
Identificadores dos reais caminhos
Que hoje não se sabe
E daqueles que são convites a que eu não vá
Que darão em outros fundos que não conheço
Mas que me têm recomendado
Numa escultura de bronze,
Já na entrada da aventura
Que também é saída dos que não visitam
Suas instalações seus primórdios
E saem em retirada pisando o contrário
Que não era previsto quando
Eu demarquei a tua face estrema
Tuas vias tornas que dão a ver quase todas as casas
Província, porque os teus conquistadores
Em nada te recuperaram
Não tiraram nem colocaram sequer um adobe.
Há uma razão para eu ter sempre saudade de ti
Que alguém arrebatou por acharem que ela
Era mesmo o lugar que conscientemente de
Seus elevados se tinha a vista do restante do céu.
MEUS DEZOITOS ANOS - João Nunes Ventura-04/2020
Saudade da minha terra querida
Dos meus amores de minha vida
E do luar das noites dos sonhos,
Minha terra amável e idolatrada
Sol desenhando manhã dourada
Onde deixei meus dezoitos anos.
"Ah! Minha terra querida, mesmo de longe deixas saudades., mas firmamos raízes em outras paragens...E resolvemos ficar!"
NA GAIOLA DA SAUDADE
Minha terra tem gaiola
Onde canta o sabiá
Com saudade das palmeiras,
Das belezas do lugar.
Minha terra tem gaiola
Onde canta o concriz,
Relembrando que outrora,
Na mata era feliz!...
Minha terra tem gaiola
Onde canta o curió,
Quando nada lhe consola,
Se sentindo muito só!
Minha terra tem gaiola
Onde canta a patativa,
Pra lembrar de vez em quando
Que ainda ela está viva!
Minha terra tem gaiola
Onde canta o canário,
Melodiando a sua dor
No canto extraordinário!
Minha terra tem gaiola
Onde canta o azulão;
Certamente quando assola
Em seu peito a solidão!
Eu também canto cedinho
Quando acordo na cidade;
Me sentindo um passarinho
Na gaiola da saudade!
Tanto lugar pra morar e tu foi morar justo na minha saudade? Coração é casa, não é terra de nomade...
-Minha mãe,
fui o seu primeiro amor,
o seu primeiro altar cá
na terra...
Hoje, trago em meus lábios, o seu sorriso que herdei, e o no coração uma imensa saudade!
Esteja feliz!
☆Haredita Angel
Minha terra, richiamo
Ah! Quem há de gabar, recordação impotente e escrava
O que o presente diz, o que a saudade escreve?
- Cutucas, sangras, pregadas nas lembranças, e, em breve
Olhas, desfeito em espanto, o que te encantava...
Passou, andou, e é num veloz turbilhão, a ilusão forjava;
Ilusões. Um dia na inocência, hoje já não mais serve,
A forma, e a realidade espessa, a lembrança leve,
De pureza, canduras, numa quimera que voava...
Quem a prosa achará pra poetar o conteúdo?
Ai! Quem há de falar as saudades infinitas
Do ontem? e as ruas que omitem e agiganta?
E o suspiro muda! e o olhar surdo! o andar mudo!
E as poesias de outrora que nunca foram ditas?
Se calam nas recordações, e morrem na garganta...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de janeiro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
Paráfrase Olavo Bilac
Eu plantei minha dor
Na terra seca da vida
Pois dor plantada não anda
Não chora
Não molha
O sertão das minhas mãos rachadas
De tanta labuta
De tanta sina
Depois, respirei e fiquei em silêncio
Profundo
Sou caboclo do interior
E adoro minha terra querida
solitário fui crescendo, ninguém me entendia
na escola era zoado sim, pela maioria magrinho raquítico todos sorriam
Tinha um grande sonho ,pra realizar
Ser um grande jogador de futebol e o mundo conquistar ficava de canto, sozinho, reparando nunca dizia nada mas ficava observando Era diferente, nasci com uma missão não era pra ser boleiro, nenhuma dessas outras profissão tinha a alma de engenheiro só que disso não sabia era um jovem Sonhador só que ainda não entendia mas não me arrependi, ainda vivo na memória diferente dos covardes o meu nome entoa gloria meus irmãos se vocês tem liberdade, aproveitem de vez
eu não voltei pra casa porque estou estudando por vocês.
homenagem ao meus irmãos quando fiz 2 anos longe de casa.
"Quando deixei minha terra.
O chão que ali deixei, não olhei para traz.
Sertanejo deixa o sertão, para viver longe de casa.
Sem amor e sem caminho, com o pé arrastando no chão.
Com o coração cheio de emoção e saudade.
Carrego no corpo o violão.
Sentindo fome, não teme o amanhã, que logo vem. Ao anoitecer se encosta em qualquer lugar que lhe faz bem. Lá vem o dia, o sol nasceu . Sem destino, caminho, pela vida afora outra vez."
MEU MUNDO
Meu mundo é maravilhoso.
Meu universo, minha terra e minha pátria.
Meu chão e meu céu.
Meu mundo olhando daqui da terra é lá no céu;
Olhando daqui do céu é lá na terra.
É onde decido olhar.
É onde as vistas conseguem alcançar.
Pois, sou pó, poeira.
Sou sopro e sou energia!
Meu mundo é onde meu Criador está.
Onde Ele quer que eu deva ficar.
É no paraíso das regiões celestiais...
É outras dimensões para onde me transladar.
Meu mundo é deste lado,
É do lado de lá...
É debaixo de uma árvore,
Ou num palácio que edificar!
Meu mundo é pé na estrada
Em passos curtos,
Em passos largos;
É cá, é para lá, em todo lugar!
Meu mundo é nosso,
É só nosso, é só teu e é só meu;
Meu mundo amarelo, verde,
Prateado é bronzeado;
É de todas as cores.
Meu mundo é a história,
É a cruz do amor;
É a morte por causa nobre,
É um gesto Salvador.
Meu mundo é para ser sem guerras,
Sem fome e sem dores;
Sem perdas nas despedidas,
Sem choro, só saudades nas partidas
Sem ego e sem medidas.
Meu mundo, vasto mundo!
SAUDADE
Saudade – de pela areia fina andando
e a cidade no seu cheiro e no seu cio
Saudade! Dos bares e botecos do Rio
e do samba no pandeiro batucando
Noites de fevereiro, é roda no pavio
o carnaval, sol, e praia no comando
É a vida no agito, calor esquentando
conversa sem hora, e o céu de estio
Saudade – voo cego do sentimento
Sem pouso, com gemidos ao vento
Ai! maravilha entre o mar e a serra
Saudade – Laranjeiras do bardo
Coelho Netto, onde aqui guardo
parte de mim, ah! carioca terra! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 de outubro, 2020 – Triângulo Mineiro
São as borboletas nas flores que trazem consigo, no ar da manhã, a paz e a saudade
Com suas cores, encantam e iluminam a paisagem, de encontro ao olhar venenoso da cidade.