Saudades
Bailes, conversas e madrugadas (Poeta Brasileiro Sidarta Martins)
Falemos um pouco de saudade, saudade infinita dos bailes, das conversas e das madrugadas. Eram madrugadas de risos, de cantorias, de danças na calçada, madrugadas alegres, tocando a alma
Deixemos nossa alma se embalar na saudade infinita de um tempo que se foi, das conversas que se foram, das voltas, dos passos, dos compassos, dos abraços, saudade de um tempo dourado, de amor, de calor, de amizade.
Os famosos bailes do Ituano Clube, do Comerciários, do São Pedro, do Independente, da URCA, com os famosos bailes do “Zinho do Violão”, e os inúmeros bailinhos de garagem (as famosas “Brincadeiras Dançantes”), nos proporcionavam conversas e encontros encantadores que, não raras vezes, terminavam em casamentos.
Que saudade gostosa da espera, da espera pelas sextas, aquelas sextas de amor, de calor, de apoio, de conselhos, de aconchego, de amizade gostosa.
Saudades!
Ah! A doce espera pelos bailes encantados, pelos encontros...os afagos e a dança na rua.
Tudo se foi!
Se foram os bailes, aqueles bailes, se foram as sextas, aquelas sextas, se foram as conversas, tão profundas, nas idas e nas voltas...Tudo se foi, como tudo se vai, se foi o tempo dourado, a amizade tão pura, singela
Até o café se foi, o café na casa das amigas ou dos amigos, preparado com carinho pela mãe zelosa,
Aquele charmoso café com pão e manteiga. Pão quentinho, comprado em uma das inúmeras padarias ituanas, já abertas ao romper da aurora.
E a espera...Até a espera se foi, como tudo precisa ir, para que venha o novo, para que venham outros bailes, outros salões, outras conversas, outras padarias na madrugada, outros encontros
Tudo se foi, mas ficou a saudade, saudade infinita de um tempo encantado, encantando nossa alma. Um tempo tão doce, doce como mel, um tempo dourado, dourado como a luz do sol que nos esperava a cada madrugada, dando as boas-vindas a um novo dia.
Tudo se foi, mas ficou a esperança, a esperança de um novo baile que novamente nos encante a alma, de um novo tempo, que nos mostre o futuro, de novos lugares, que nos mostrem o novo, de novos pares, que nos ensinem novos passos, de novas conversas , que nos mostrem outros horizontes e nos guiem por novos caminhos, para novos cafés, com outros aromas, com outros perfumes e outros sabores
Ficou a esperança!
Sim, ficou a esperança, mas ficou também a saudade, uma imensa saudade!
Às vezes fico pensando
O tempo que ficou para trás
O tempo que podia ser tempo
Mas que há tempos deixou de ser
Cadê o tempo
Que era tempo?
Será que dará tempo
De tempo ter tempo?
O tempo que era...
O tempo que está...
E o tempo que há de ser..
Tempo...
Será em breve um novo tempo?
Ah o tempo, quanta saudades deixou...
Espero ter tempo de tempo ter para aproveitar tudo aquilo que desejo ter...
A saudade é um reflexo do passado que se faz presente, acessada através das boas lembranças do que foi usufruído com entusiasmo numa felicidade explícita, o coração grato por cada instante e lembrando, vem aquela sensação de que passou tão rápido, de que nada será como antes.
As vivências exultantes da infância provavelmente são as que mais geram saudades, passam depressa demais numa fase que não se tem a consciência do quanto são valiosas entre banhos de chuva, desenhos animados, brincadeiras de rua e remédios feitos de abraços.
O tempo certamente não fica parado, mas não importa que hoje seja diferente, desde que a essência seja mantida assim como os aprendizados, as amáveis emoções sentidas, os momentos marcados ricamente pela vida, portanto, siga que enquanto houver fôlego, novas saudades serão construídas.
"Somente é digno de sua presença, aqueles que aquecem seu coração em momentos felizes e tenebrosos".
Faça com que as pessoas que você ama vivam menos tristes com sua presença, mesmo que o benefício da felicidade lhe venha com a sua ausência.
Atestado poético
Tão longe,
Tão perto
Como te desperto?
Às vezes, me consome,
Noutras, esconde-se
Por que some?
Hoje, faz falta,
Amanhã, transborda
Por que meu peito ainda salta?
Somos dois,
Um.
Dias depois, nenhum?
Tão cedo, tão tarde,
Descubro que não é paixão,
Mas patologia: crise de saudades.
Decerto, amanhecer sublime, muito renovador, admirando a tua linda naturalidade, atraente, cuja presença é marcante, que nem tatuagem sobre a pele, tem uma essência emocionante que fomenta a felicidade com uma espontaneidade entusiasmante que transcende a superficialidade em memoráveis instantes que certamente deixarão saudades.
Possui um valor inestimável presenciar a felicidade de um riso sincero com sabor de infância, que gera um calor amável no peito, marcando com muita eficácia um simples e satisfatório momento, o qual deixará saudades e com o passar do tempo será uma valiosa lembrança, carregada de respeitosos sentimentos de uma doce e abençoada criança.
Saudade avassaladora, que me consome o coração,
amargurando o meu peito uma navalha perfurando, meus pulmões me deixando sem ar e aos poucos me matando.
O que fiz de tão errado para sofrer tanto assim, será que amar é pecado e tu vives longe de mim.
Será te amareis para sempre ou alguém vira preencher esse vazio.
No fundo eu sei
Eu nunca vou te superar
Apenas me acostumar
Com a vida sem você
Sei que vou sentir frio na barriga
Toda vez que te ver
Vou tremer sempre que alguém me falar de você
Sempre que chover eu sei que as lembranças vão doer
Já que sou incapaz de te esquecer
No fundo
Desde o inicio já sabiamos no que ia dar
Mais ainda sim queriamos tentar
Com a esperança de mudar uma história
Que já estava predestinada a acabar
O mais triste é que
Enquanto eu me agarrava a esperança
Você apenas aceitou o fato de acabar sem ao mesnos tentar.
Separados
Com a saudade gritando dentro do peito
Mesmo depois de tudo
Ainda nos amamos do mesmo jeito
Se é certo ou errado, eu não sei dizer
Só que o meu coração só sabe te querer
Mas então volto a realidade
Me pego recordando a pessoa que você era de verdade
E eu me pergunto
Será que vale a pena a saudade?
Poucas memórias boas
Mas apenas delas eu me recordo
Forço minha mente a lembrar
Que sempre quando a saudade apertar
Você nunca foi capaz de me amar
Toda vez que eu penso no que poderiamos fazer
Me lembro do quanto você me fez sofrer
E isso só me fez perceber
Que você não vale a saudade que eu sinto de você.
Risos bobos e espontâneos, partilhados ricamente por pessoas que se amam de verdade, possuem um vívido sabor incomparável, dão sentido, são repletos de simplicidade marcam certos momentos, deixam muitas saudades, certamente, não têm preço, assim sendo, tratam-se de grandes preciosidades.
Um dos gratos motivos que faz eu ter muita certeza de que te amo e notar a tua valiosa reciprocidade, pois quando estou rindo contigo, saboreio uma forte sensação maravilhosa, inconfundível, muito diferente daquela que sinto ao ri com outras pessoas, portanto, um amor raro e bem nítido.
Que o meu riso bobo possa sempre cativar o teu de um jeito muito espontâneo, nada forçado, pois ao teu lado pretendo continuar construindo amáveis recordações nos instantes engraçados da vida que trazem significados que renovam os nossos espíritos, então, de fato, amo-te até o infinito.
Mediterrâneo
Nas ondas do seu mediterrâneo sem fim,
Sou ilha, a sua saudade é salgada, me cerca, envolve a mim,
Dela não posso saciar-me sem morrer, meu fim,
A corrente marítima da saudade nos mantém assim,
Um sobe e desce de saudades, como ressaca de maré, um vai e vem, sem fim,
Mas um dia, pelo vento, juntos estaremos, unidos, um só, enfim.
Aqueles que cativamos, pelos quais, também somos cativados, fazem morada nas nossas melhores lembranças por meio de momentos vivenciados com a vitalidade de uma criança, corações imensamente gratos, sem cobranças insensatas de sentimentos, assim, um amor constantemente compartilhado que se mostra cada vez mais verdadeiro.
Quando estão longe ou simplesmente ausentes, deixam saudades calorosas que os trazem para perto, o peso da distância é atenuado para não sofrermos tanto pelo impacto do distanciamento, a felicidade do reencontro decerto será demasiada, mas, por enquanto, a vontade de estarmos juntos vai só aumentando até chegar a ocasião tão esperada.
Tipo de laço que é muito forte e amável, daqueles que o tempo não desata, desde que seja sempre abençoado e conduzido por Deus, permitindo que haja uma reciprocidade sincera e ativa, consequentemente, nossas vidas permanecerão conectadas pela indispensável providência divina, conexão valiosa que não será abalada mesmo entre chegadas e despedidas.
Vi pessoas que eu amei dentro de um caixão, e eu nunca mais fui a mesma pessoa, pois estava naquele caixão junto com elas
Em um efêmero instante, se me fossem concedidos meros 10 segundos para articular as profundezas do afeto que albergo em relação a ti, e, por um lapso mais prolongado de 10 minutos, a oportunidade de persuadir-te a permanecer ao meu lado, eu proclamaria que uma década de existência é manifestamente insuficiente para abarcar a plenitude da minha ânsia de tua presença. Com ânsia, ansiaria por possuir uma dezena de vidas, a fim de repetidamente experimentar a intensidade de meu amor por ti em um ciclo ininterrupto.
Numa fugaz e efêmera fração temporal de mero decênio, a tentativa de condensar a essência de minha devoção para contigo revela-se uma empresa hercúlea. Tais segundos, contados em escassos dedos, são ínfimos diante da vastidão do sentimento que me devora, como se, em seu íntimo fulgor, ousasse desafiar a própria natureza efêmera do tempo.
Nos protraídos minutos que se estendem como fios da meada, desejo persuadir-te a compartilhar deste mesmo anseio que me consume. Dez anos, quebrados em seus ciclos perpétuos, apresentam-se como um escasso tributo à voracidade de minha paixão. Seriam apenas o início, quando meu desejo, voraz e insaciável, almeja, na verdade, dez vidas, dez oportunidades para, de forma ininterrupta, celebrar nosso amor em uma dança cíclica e eterna. Afinal, o amor que professo transcende os limites do efêmero e busca a imortalidade nos anais de nossas existências entrelaçadas.
Versão baseada na música ‘I´d Love You To Want Me’.
Composição e interpretação – Lobo
Bem Querer!
Quando vi você de longe,
Não resisti e fui ao seu encontro.
E quando você disse sim,
Meu mundo mudou.
Mas levou muito tempo para me convencer,
Para ver o que você tentou esconder.
Hoje há algo em mim sempre implorando,
Suplicando pelo seus olhos azuis.
Minha querida, gostaria que você me quisesse,
Da maneira como eu te quero,
Da maneira que deviria ser.
Minha querida, você deseja ter meu bem querer,
Da maneira como eu quero o seu?
Basta você deixar isso acontecer.
Anos atrás, acreditava que era o certo a se fazer,
Que jamais deveria mostrar o que sentia.
Minha razão me obrigava,
E meu coração obedecia.
Minha querida, você deseja ter meu bem querer;
Da maneira como eu quero o seu?
Se sim, apenas deixe isso acontecer, olhos azuis!
Coração imensamente caloroso, que a simplicidade faz pulsar mais rápido, num ritmo amável de felicidade, de um mar emocionado, nas fases de sua calmaria, nas vezes que está agitado, graças a Deus, uma vitalidade que não deslumbra somente por sua linda superfície, mas, principalmente, por sua viva profundidade, que proporciona ocasiões sublimes, daquelas que deixam saudades.
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