Saudade Vento
Se não fosse as ondulações frescas, morreria. Por que o vento que te sopra, é o mesmo que te traz de volta.
Noite.....
após noite, espero-te meu amor...
Escuto tua voz no gemido do vento
o teu perfume nas flores no jardim.
Até os pássaros parecem cantar ..
a chamar o teu nome a cantarolar...
Vejo, pela janela, as roseiras belas....
e perfumadas a recitar os meus poemas
Ao amanhecer, escuto teus passos...
sobre as folhas secas do jardim
grito teu nome e o eco responde-me.
Esta noite, esperei por ti, mas não chegaste,
tem sido assim, noites vazias, cheias de esperanças
as minhas lembranças, trazem de volta a ternura do teu olhar.
Já sonho acordada, quando adormeço
pois padeço do teu amor, de uma partida...
que o meu coração levou, e nunca mais voltou.
Dos teus beijos e abraços, só restaram os pedaços,
que hoje guardo, no fundo dos meus sentimentos
tentando não esquecer deste nosso amor.
Olhando de frente, procurando os teus olhos
por esta paixão, resgato o meu sofrido coração
e finalmente adormeço pensando em ti meu amor...!!!
Palavras ditas ao vento....
escritas na alma, no corpo..
páginas deitadas na areia da praia
chuva de lágrimas em forma de lírios...
perdidos no meio da tempestade.....
orvalho de gotas soltas, esquecidas...
palavras escritas, ditas, perdidas..
páginas em branco, sem serem lidas..
sem sentimentos, sem dor ou lamento...
pranto do corpo ferido, angustiado e sofrido..
podre imundo, profundo, imperfeito e negro...!!!
Chega o vento trazendo seu cheiro,
vem a lua mostrando seu rosto,
aparecem as estrelas com o brilho dos seus olhos,
então chega a saudade trazendo lágrimas.
Cala-te
Cala-te óh vento
Tira-me deste pesadelo
Que deixas-te nesta pobre alma
Entregue ao seu cruel destino poético
Amarfanhadas palavras no ventre amado
Magoa que destrói todos os gemidos de amor
Lírios brancos de dor no silêncio em cúpulas de ti
As vestes negras de seda soltam-se do corpo sofrido
Noites repletas do teu odor
Numa taça de sons compreendidos de amor
Cala-te óh vento que eu não quero
Ouvir os gemidos da tua dor em mim.!
A vida é uma trilha musical, que andamos dançando pelo vento, e que um dia iremos nos reencontrar para matarmos a saudade mútua.
Como se o vento levasse uma folha seca há algum lugar, você me leva a estrada aonde vamos ainda nos encontrar, como a saudade leva uma lágrima cair, o tempo leva a lágrima a secar. Como a mentira nos leva a um falso conforto. A verdade com o tempo nos conforta ou ao menos nos ensina a nos conformar. Como a confiança nos leva a cumplicidade, ou talvez os dois venham juntos, como o amor vem junto com a sinceridade de um eu te amo. E por mais que essas palavras se percam, elas se encaixam perfeitamente no contexto que a direciono. Como a vida nos leva a morte, como o começo nos leva ao fim. Como um sofrimento nos leva ao amadurecimento. Como se sentir só nos leva a sensibilidade, como tudo tem a sua reação. Não consigo mais me direcionar no que escrevo, sinto como se tudo ficasse perdido ao vão, como se não fizesse sentido colocar essas palavras aqui, mas ao mesmo tempo sinto que na há outro lugar onde essas palavras se encaixariam, como se essas fossem as palavras. E como a dor de uma saudade às vezes traz o fim. E às vezes traz o novo começo, uma nova visão, um novo mundo, ou simplesmente uma nova frase.
“POR UM INSTANTE SÓ, ME PEGUEI FALANDO DE VOCÊ
COISAS QUE SÓ O VENTO E EU PODEM DIZER
UM PENSAMENTO UM OLHAR UM TOQUE DE MÃOS
FORAM AS LEMBRANÇAS QUE GUARDEI NO MEU CORAÇÃO.”
Vento suave e frio que me embala, relento.
Esse escuro céu do momento, nubla-me,
traz-me ao que recordo seu alento...
Invade em mim uma nostalgia,
arregalo os olhos, olhos sem euforia
Vejo um passado que voou cinzento,
voou nas asas desse tempo.
Pra nunca mais voltar,
o que já foi por vir enganchou-se
lá em meus pensamentos, em papéis.
Pra ficar, alojou-se lá.
Vento que me embala, com suavidade,
faz em meu sangue
Pulsar saudade.
"A chuva gelada molha a minha roupa.
O vento forte me faz lembrar da tua boca.
O céu nublado, me traz de ti uma saudade louca.
Você me ama, eu te amo...
Recíproca."
LEMBRA
Lembra de mim
Quando o vento soprar
E a árvore florescer
E sentir o cheiro da chuva
Mesmo antes do céu escurecer.
Lembra de mim
Quando a música tocar
E quando o sol nascer
E o horizonte estiver colorido
Fazendo tudo mais emudecer.
Lembra de mim
Quando o frio ceder
Deixando o calor voltar
E for possível correr pro mar
Marcando pegadas na areia
Numa mistura de som, cheiro
e pés molhados.
Lembra de mim
Quando ouvir algo
Que eu não podia dizer
Quando a vida estiver difícil
E der vontade de partir
E a vontade de chorar for vencida
Por encontrar um motivo pra sorrir
Lembra de mim
Quando o incômodo valer a pena
E as pedras e conchas não forem perfeitas
E o livro usado retomar seu lugar
Lembra, quando suspirar ao lembrar.
Publicado em " Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Ed 2018
Depois de muitos anos chegou a hora...
Olhei para o céu naquela madrugada...
Senti a paz e o vento sobre meu ser...
Olhei fundo e profundo dentro de mim...
Encontrei todas as formas de armadilhas...
Alguma coisa iria me guiar por lá...
Cheguei muito longe, no infinito da imensidão das estrelas...
Nas galáxias do meu ser onde você nunca habitou...
Nos lugares esquecidos... Até mesmo por mim...
Na vasta imensidão dos pensamentos perdidos...
Procurei em todas as galáxias, não achei a razão...
Estou completamente perdido em mim mesmo...
Eu ouvi muitas pessoas aqui dentro, porém, não as encontrei...
Eu poderia senti teu amor onde quer que eu vá...
Descobri muitos planetas, mas nenhum me deu moradia...
Descobri muitas constelações... Mas nenhuma parecia teu sorriso...
Descobri que dentro de mim, existe você.
Descobri que mesmo viajando sozinho, você nunca estará só...
Aprendi que você faz parte de mim em todas as galáxias que eu vá...
E acima de tudo eu aprendi...
Que para ser astronauta... Primeiro você tem que conhecer sua própria galáxia.
Você veio como o vento
Você veio como uma onda
Você veio como uma estrela cadente
Veio, passou
Veio, voltou
Veio, brilhou
Num sopro você foi.
Você foi um sonho
Insano, apaixonado
Você foi por momentos o meu pedido.
Minha sinfonia
Minha sintonia
Lembranças, poemas à distância
Sempre serás uma doce
Doce lembrança!
A luz trêmula da vela
Reflete nos tímidos pingos
De chuva na janela...
O vento corta a noite fria
E o "diz que diz que"das folhas
No nosso antigo jardim
É como uma canção de saudade de ti... Um doce lamento,
Que ecoa no meu peito...
E é minha única companhia
No que restou do nosso leito...
Quando não se cuida de um amor.
Ele foge de nossas mãos como um cisco no vento.
E quando vai embora, não deixa nem pegadas na areia.
E sempre resta lembranças de tudo que nunca mais irá voltar.
Depois que o amor se ausenta, com o vazio não dar pra fazer muita coisa, só tentar se conformar, com uma perda que poderia ter sido evitada.
Mas quem se preocupa com a perda desse sentimento?
Muita gente não.
Só que a questão não é se preocupar, e sim ter perdido mais momentos felizes.
Momentos que mudaria um futuro, uma historia, uma vida inteira.
Uma vida que poderia evitar muitas lagrimas, e sim, ter inúmeros sorrisos estampado no rosto da pessoa amada.
Até que tudo se torne inesquecível, sem data, sem limite para valorizar seu verdadeiro amor.
A noite chegando, esse frio gostoso e esse vento maravilhoso tirando os meus cabelos do lugar. Tudo o que eu queria era uma xícara de café e você pra me abraçar.
Seu perfume pra sentir, seus braços pra me apertar, seu sorriso pra me fazer flutuar, seus olhos pra me fazer viajar.
Eu só queria você..
Agora eu vejo as árvores balançando, e mesmo com imenso barulho da cidade e dos carros eu consigo te ouvir sussurrar bem baixinho no meu ouvido, consigo te ouvir chegar, mesmo que seja só imaginação, pra mim é muito real.
Nada consegue me desconcentrar, eu estou fixada em você. Consigo sentir você me abraçar, me apertar bem forte, fazer carinho em toda a extensão dos meus cabelos e me pedir pra ficar, consigo te ouvir dizendo que eu sou só sua. Consigo ver seu sorriso, consigo me perder em seus olhos, sentir sua respiração tão perto da minha.
E por mais que seja somente minha imaginação, eu sinto como se tudo fosse real. Sinto cada toque, cada abraço, ouço cada palavra, e nada pode me desconcentrar, nem o grito mais alto, nem a buzina dos carros desesperados, e nem o mal humor constante de quem não sabe amar.
Cai a noite, sereno
chuvas
pingos caem, madrugadas.
Sem chamegos, sem xodós
vento,
trovoadas, relampeia...
falta cheiros
cama vazia, corpo carente
bate saudade
vem um rosto, canta o frio.
Rola sonhos, vazios...
nem aconchegos,
nem cobertor.