Saudade Vento
A morte roubou-lhe o que é efêmero e deixou a saudade, e assim vejo teu rosto cinzelado no vento da minha imaginação.
Hoje o vento da saudade adentrou minha janela e espalhou lembranças tuas por todos os cantos solitários dessa casa.
"" Quando descer a pátina da saudade,
Em revoada ao vento
Todo intento,
Será verdade.
nessa estrada que me leva
Ao encontro da sorte e da gloria
Traduzindo meu grito
Em liberdade e memória.
Ainda que um dia
Em cinzas se faça minha historia...""
"" Quando o vento nos trouxer apenas o pó das lembranças
e assobiar saudades em nossos corações
o sol queimará toda incerteza
a lua prateará a solidão
quando o tempo estiver fazendo arte
sua parte será dizer
eu fui
tu foste
nos fomos
seguros de que a ida foi cumprida
nos termos da vida
nos propósitos do amor....""
Saudades do tempo, dos velhos momentos
Dos anos passados que foram com o vento
Sorrisos, lembranças, belos sentimentos
De transformações e de renascimentos
A sina do poeta é assinar poesias, inspiradas sob uma tempestade , uma chuva de vento, amor, saudade, torpedos, tormentos, o importante é que esteja sempre atento e anote tudo todo o tempo.
Nasci entre as flores
Pemaneci entre o vento
Na alma ou no coração
Enfim permaneci na saudade
Que vive dentro de mim.
🌷💕 2018
Quando a saudade aperta
Chamo o vento, a chuva
Ao sentir a chuva e o vento
No meu rosto lembro-me
Das tuas mãos perfumadas
Acariciar-me o rosto
E das saudades que tenho de ti.
SAUDADES DE TI
Se perguntarem por mim
Diz que estarei
Onde os ramos das árvores
Partem com o vento
Se não me encontrarem
Diz que me perdi
Pela floresta na serra
Entre os lobos
Com saudades de ti.
Das ruas que dão no mar
Que saudade das ruas que dão no mar
Do vento que sopra o aroma da maresia
Tão despercebidas no cotidiano do olhar
Tão carentes na distância desta energia
Ando nas calçadas nos meus devaneios
Em cada esquina, cada praça, cada bar
Num vai e vem da angústia e seus anseios
Da nostalgia das ruas que dão no mar
Na ausência das ruas que dão no mar
As pedras portuguesas são memória
Nos seus arabescos suspiro faz brotar
Se chorar são lágrimas de uma estória
E nesta quimera de sol, praia e areia
Que faz a melancolia aqui no poetar
É um luau a beira mar de lua cheia
Versando as ruas que dão no mar
Planta a saudade perto da praia quando ela vier te encontrar o vento litoral o levará para longe de você.
O vento pode levar tudo menos a saudade.
Essa fica no coração guardada, e de vez em quando insiste em se fazer presente e doer sem remédio.
Meu pensamento corre apressado.
Levado pelo vento.
Pois a saudade já está insuportável.
Entreguei a ele, um bilhete.
Escrevi poucas linhas, confesso.
Mas de grande significado
Tomara que ele te encontre.
E ao ler, você sorria.
Pois devido a urgência.
Só consegui redigir.
Um simples "Eu te amo".
Soneto da Dor Doída
Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento
Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro
Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim
E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.
Navegando
Sou barco à deriva
Açoitado neste mar revolto,
O vento impetuoso sopra forte
As ondas que me assolam
Nestas águas tão voraz da solidão...
O tempo vai passando
E tão longe vai ficando
O porto tão seguro
Que me seria o teu amor...
Vejo por farol o brilho fraco dos teus olhos
Na penumbra destas nuvens de incerteza
De que ao teu porto ainda vou chegar inteiro.
Sigo navegando pela vida
Açoitado pelas ondas deste mar de solidão
Que não me impedirão o ímpeto
De um dia alcançar teu coração...
Edney Valentim Araújo