Saudade Tio
Toda Saudade
Quis muito neste te falar de toda saudade, essa bendita conjuntura sentimental alicerçada em momentos, instantes que não voltam mais.
Onde estava com cabeça? Não sei, só lembro que no dia que te bloqueei em minha vida, não estava com cabeça no lugar. Entre essas mil quimeras, não posso voltar e desfazer o erro do bloqueio, ainda não sei o motivo, mas dialogar já era difícil, pesado.
O tamanho dessa saudade é tanta tornando impossível qualquer que seja a distância, outros braços e abraços, tanta saudade corrói a alma que aprendeu em te amar cada segundo nessa existência.
Puseram o meu amor numa caixa, dentro houvera de ter várias cartinhas onde cada uma com uma mensagem tirou a paz qual já não tinha.
Num casebre de medo soltei em desventuras sentimentais um conjunto de reações perante tudo aquilo que magoava o amargo do meu ser.
Cada vez mais tive certeza quem era eu ali, um caminho tinha de ser trilhando, meus pés já não tinham espaços assolados do teu lado.
Por horas tirei momentos para pensar, tanta saudade, não consigo tirar você dá cabeça.
Herança
Procuro-te por toda parte sem ti não sei
viver.
Sinto que o frio da saudade começa a me
envolver.
Os retratos e recados, já não os quero
ver mais, em nada me aliviam e ainda
aumentam a dor e a aflição da tua ausência,
a cada minuto que passa.
Tenho eu o pressentimento que voltar não
voltas mais.
E deixas-me como herança,o teu rosto em mim
gravado bem embaixo do coração,de forma que
te esquecer eu não possa,
e apagar-te, ai então............
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Tranco-me em meu quarto como quem procura se esconder das estrelas, há saudade em cada brilho e em cada brilho uma recordação distante. No escuro, tudo se torna um. Mas trancar-se é inútil, pois quando vier o dia as estrelas então serão meu guia.
Sou um pouquinho de tudo, sou sorriso, sou lágrima, sou abraço, sou saudade. Sou como uma menina que sonha, que acredita, que se ilude algumas vezes, mas não desiste, mesmo quando estiver triste.
Perco-me ao contemplar o céu com sua beleza e imensidão, o por do sol, um dia de chuva que trazem-me inspiração, palavras surgem dentro de mim, são poesias que me fazem rir, alegram-me o coração.
Sou poeta, tento encontrar-me no som das palavras, na melodia de uma canção, na esperança de um novo dia, no encanto da imaginação.
Enquanto o mundo se move,
e no relógio o tempo passa,
neste espaço sem você,
apenas a saudade me abraça.
Saudade
Hoje que a mágoa me apunhala o seio,
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.
À noite quando em funda soledade
Minh'alma se recolhe tristemente,
Pra iluminar-me a alma descontente,
Se acende o círio triste da Saudade.
E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,
Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida.
Saudade é algo que te destrói
Um sentimento que atinge
O coração e o corrói.
Tem gente que ama , não finge
Vive cada momento
Desde a alegria ao sofrimento.
Calma, ele não é um herói
Lembre-se que a saudade dói!
Só não quer ver alguém que ama virar Apenas sinônimo de saudade
Para não se lamentar por toda eternidade.
Penso no que fizemos a 4 anos. Sinto saudade do seu sorriso e de sua espontaneidade. Meu grande amigo, nunca vou esquecer de você.
Vinte Gotas de Verão
Eu bebi vinte gotas de saudade
em tudo que eu bebi,
e nos últimos meses esqueci
que pra matar algo
tem que ser à seco;
Eu chorei vinte gotas de saudade
Em tudo que eu chorei nos últimos meses,
Mas saudade não é algo que se pode matar afogado;
Nesses meses de verão
o sol que torrou lá fora
Aqui dentro ainda molha
meu rosto já inundado
Em chuva afogado
mas ainda assim sedento,
surdo, mudo em lamento,
das coisas que eu nem sei
dos beijos que não dei
do amor que não recebi,
naquele tempo em que
lá fora que chovia
e aqui dentro sempre dia
era o sol que se fazia.
Ó noite que leva todos os nossos sonhos.
Ó vento que só deixa saudade.
Ó mar que luta contra nossas forças.
Ó montanhas que sempre esconde nosso amanhecer.
Nunca me impeças de escrever cada palavra que meu coração quis sempre dizer.
Há iniciações diárias, outras milenares e poucas de fatos vividos, necessidades de era da saudade do seu tempo de risos, impostos nos atos contritos.
Saudade não é clausura é lição de formosura que se expande além das ruas, se acomoda em abraços, alinhando estruturas.
De teus braços a saudade permeia.
Interrogações e o tempo que permite ir cada vez mais longe.
Esperando um dia ainda te ver constantemente, assim como as vontades loucas que trascendem o universo.
A sombra se encanta pelo sol todos os dias, segue-o pelo chão, rasteja na saudade a cada novo crepúsculo,
quando em alquimia transforma-se em noite cálida,
até o alvorecer,onde tudo recomeça
desde a eternidade do tempo que não sabemos,
sombra e luz,
sol e lua,
você e eu,
tão perto e tão separados...
SUA FALTA
Hoje o poema não veio
Veio a tristeza
Veio a solidão
Veio a saudade
e a vontade de escrever...
... Mas não veio você,
e como você não veio
o verso se enclausurou
num cúbiculo escuro e úmido.
Se falta você no meu dia
voa a poesia,
e meu poema fica triste de morrer!
CONSTATAÇÃO
Nas noites frias
sinto tua falta
já nem é mais saudade
é desespero mesmo!
A ausência da tua pele quente
tocando a minha com intimidade,
da sua voz grave, sussurrando desejos,
o toque úmido dos teus beijos.
Meu Deus!
Quanto desalento!
São nessas noites sombrias
Que chego à triste constatação
de como sou sozinha...
Mói morcego
Todo mundo mói
O amor, a ausência,
A saudade, a presença,
Mói o que foi,
Mói o que será,
Mói o que seria.
Todo mundo mói, todo moer dói,
Todo muído é um mundo vivido,
Tem até moer pros perdidos
que àquilo deixou de viver.
Todo moer é morcego
ataca ao quarto ou ao peito,
que seja nas longas noites
que seja nos belos dias,
o morcego só não pousa
naquelas almas vazias.
O exercício de moer é o viver e aprender,
Moer é preciso para espantar o inimigo
Dentre todos ele é o mais perigoso,
tal qual que dorme e acorda contigo.
Moer é deitar a culpa na cama,
É suspirar a saudade em lembrança
É repensar o ato concebido
E também o discurso não dito,
É entender que triste de quem não mói
nesse mundo tão feroz, será ele maldito.
Moer é ir ao fundo do poço,
É segurar as rédeas e não surtar,
É dedicar-se ao que não dá para explicar,
É o exercício de sanar, e o ‘agora’ explorar.