Saudade Tio
E… é amanhã que um pouco da saudade no meu peito vai se desmanchar em sorrisos. Sinto falta delas, são todas boas amigas. Acho que sou boa pra elas também. Espero que sim. Logo logo, a saudade do meu melhor amigo vai se desfazer em um abraço, a saudade da minha melhor amiga vai morrer em um “eu te amo” e por assim vai. Tenho medo de estar esquecendo alguém importante, será que estou? Espero que não. Saudade dói, quero acabar com ela inteira, quem sabe assim ela não volta tão cedo que nem nas outras vezes.
Caia num precipício,
Voava sem direção
Tropeçava na saudade
Caia na solidão...
Era tudo pesadelo
Flutuava no vazio,
Voava até a lua...
Acordei foi um alívio,
A vida continua...
@veraregina14
Pedras de solidão...
correntes amargas
no sangue apenas...
a dor e saudade...
lembras fragmentadas...
por sentimento passados,
por aonde esteve,
as portas estão abertas
quedas de águas...
inundações,
créditos de uma noite
apenas o desespero...
a luz definha em revolta.
até quando vou relaxar,
nessa morte súbita...
compromissos desdem falsos pretextos,
a depressão tem muitas desculpas...
mais um gole apaguem por um estante...
sonhos feitos de farpas...
uma foto diz quem é...
mais profunda tristeza.
DENTRO DO VERSO
Eu quis uma frase bonita pra colocar em meus versos
Um cheiro de saudade
Uma pitada de desejo
Uma pele molhada
Um gosto de quero mais
Um querer dolorido daqueles que nunca terminam
Acho que eu quis dentro do verso colocar você
Só não soube entender.
Elis Barroso
Dentro da saudade mora uma imensa flor, nutrida por lágrimas, que exalam a verdadeira gratidão pelos momentos eternos de amor.
Lindo mesmo é abraçar a saudade como se ela fosse o coração de toda gente que ri no encontro da vida que se foi.
Houve uma época que eu não sabia que a saudade doía tanto. Até você chegar e fazer com que cada batida do meu coração chamasse por você. Tola, boba e ingênua eu fui, ao pensar que poderia me afastar sem ter nenhuma consequência! Um dia, quem sabe, a gente se vê por aí você com esse sorriso lindo e pele morena... Sabia, no instante em que te vi, que você seria diferente de todos os outros pra mim.
Você, parado
Sentado ou de pé
Olhando um lugar onde havia Sol
Recorda com saudade
O brincar de esconder-se
debaixo da pia
na casa da tia
Uma corda, uma árvore
As moedas tilintando
Era o troco da hora que foi à venda
A graça de olhar ao longe
A fumaça se esvaindo
Saindo da chaminé do trem da vida
Na estrada do tempo
O alegria da hora da saida
Correria no portão da escola
na hora da entrada
A festa na igreja
Veja que naquele tempo
Os sinos dobravam
E eu, na minha inocência de menino
não via e não perguntava por quem
Assim são as coisas
Eu olhando o lugar que havia Sol
Agora sei que era por mim
Que os sinos dobravam assim
Os adeuses e despedidas
Acenos sem lenço que ao longe sumiam
Sem saber em qual tempo
E nem mesmo a estação
Fui vivendo sem noção da vida
Penso que dormia
E quando a gente desperta
Pensa que pode ter se dado ao luxo
de nem ao menos espiar pela janela
Pra saber que paisagem
era aquela
Nas cartas que a vida põe
Não se encontra curingas
O caminho de volta pra casa
é descida
E olhar pra trás, dá tempo de ver ainda
A fumaça que ao longe se dissipa
A presença, que de tanto se ausentar
Tornou-se ausência
As cascas de amendoim espalhadas
Lá no chão da saída
As figurinhas do álbum
Mal coladas, perdidas
A festa, a escola, o dia de Sol
O menino que brincou de vida
E que foi perceber só no fim
Que os sinos dobravam por mim.
Edson Ricardo Paiva.
Soneto da Dor Doída
Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento
Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro
Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim
E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.
Quem dera a saudade fosse apenas uma brisa de vento passageira, mas ela é uma andorinha que sempre cumpre o ciclo de idas e vindas como uma gripe a nos abraçar de tempos em tempos a nos tirar as forças e apesar da dor, serve para nos mostrar os bons momentos já vividos.
E na vida sigo derramando dois tipos de lágrimas: uma, de saudade, por alguém que para o céu partiu de supetão e outra, de desgosto, por quem um dia destroçou meu coração.
Se foi destino ou sacanagem
Foi malícia ou vaidade
se foi fogo ou foi saudade
Já não consigo decifrar.
Se fosse fácil eu te contaria
você bagunçou a minha vida
me deixou de pernas bambas
e saiu sem me explicar.
Não me ligou de madrugada
me deixou sozinha na sacada
foi difícil superar.
Não vem agora com essa mara
que eu já estou com outro cara
e aprendi a me valorizar.”