Saudade Tio

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CHOROSO SONETO

Daqui deste rincão do cerrado
Quisera de a saudade apartar
Mas os ventos só põem a chiar
Quimeras percas no passado

Não sou um poeta de chorar
Mas choro um choro calado
Amiúde e assim comportado
Paliando soluços no poetar

Tão menos viver pontificado
No sofrer, brado, quero voar
Lanço meu olhar ao ilimitado

E pelo ar vai o desejo represado
Liberando as fontes do amar
Livres e do suspiro desgarrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Quando a saudade chegar semelhante a um cavalo, monte-o e cavalgue pelos campos de seus pensamentos.

Quem espera amadurecer na velhice, terá apenas dor e saudade...

Sinto saudade de pessoas
Que sei que nunca fui importante na vida delas,
Eu olho pro tempo que passou, os anos os meses, lembro da escola bate uma dor sabe? Ah se eu pudesse concertar,
Mesmo que eu não tivesse que concertar nada ,eu jamais permitiria que algumas pessoas tivessem ido embora da minha vida

Lagrimas 56
Sem sentido
Tento decifrar lagrimas e não consigo, não sei se é de saudade ou de tristeza, de minha mente não lembrar do seu sorriso ou da minha pele não tocar a sua, do meu olfato não te sentir através de tantas lagrimas derramadas.
Tento navegar em uma mão sem sentido ter, tento retornar e não consigo de tantas lagrimas apagar meus passos... (rsm) 01/02/2020

Poesia da Saudade

Hoje a saudade bateu forte
E não pude evitar
Caíram lágrimas dos meus olhos
Mesmo eu tentado cantar

Num lugar qualquer, minha princesa
E meu anjo do coração
Estão bem perto e tão longe
E sempre em minha oração

Nem tudo o tempo cura
Nem sempre é fácil entender
Que oque era tudo hoje é nada
Deixando um vazio, difícil de preencher

E assim vou seguindo em frente
Numa esperança desvalida
Mas o que seria de mim
Sem estas existências de vida

E para acalmar minha alma
Deus tem sido o consolo
Sei que ainda há lugar
Para o sonho de um retorno

Nem tudo está acabado
Enquanto houver fé e amor
E Jesus no comando de tudo
Lembrando, confie eu sou o salvador

Saudade

A saudade é um pensamento assaz hipócrita, não concorda? Sentimos saudades de muitas coisas, mas será que realmente demonstramos e vivemos, no momento que nos era oportuno, com toda a pujança dessa saudade junto a essas pessoas, coisas e lugares? É por isso, justamente por isso, que vou deixar minha hipocrisia de lado por um momento, vou fruir cada instante com meus amigos como se jamais fosse vê-los novamente, vou contemplar cada lugar e tirar disso o máximo de proveito e ensinamentos, vou ponderar sobre todo ato, objeto, sinal e extrair disso uma lição de vida, vou crescer no presente. É como se tudo que um dia foi importante para mim passasse, sob a ótica de uma bela composição, a dizer: " Penso assim: se quiser fazer por mim, que faça agora[...] depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais". Minha conjectura é a de que dessa forma, nunca mais terei saudades, só me restarão as lembranças...

A saudade é tão infinita
E inquieta,
Que dá asas ao coração,
Pra ele voar e encontar quem ama,
Num vôo atravessando fronteiras!...

Saudade da Alma

Parto do princípio do coração, que sente a saudade da alma, enquanto o pensamento ainda vive!

NOITE AFORA (soneto)

Como a secura no cerrado, sombria
A saudade, arde no peito desolado
Que dói, corrói, num olhar maculado
De agonia, e sentimento em romaria

Tão horrenda é a ausência de alegria
A luz do dia, neste silêncio privado
Ecoa em brado, no coração fechado
Causando ilusão enganosa e fantasia

Assim, entre as tristuras, essa poesia
De canção queixosa, chora e tão cheia
De espera, na insônia pela noite afora

Palpita melancolia, repleta de ousadia
Na lembrança que devasta, incendeia
Equivocando o sono, perdido na hora

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2020, 04’52” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Só quero que você seja feliz
Com ou sem mim
E quando der saudade e for dormir
Com ou sem mim
E quando perceber que eu não tô
E que não vai achar um novo amor
Vai ter que aceitar que é assim
Com ou sem mim

Muitas vezes, os filhos vão embora,
no exercício de suas profissões...
As mães trocam a saudade pelo
orgulho, aquele orgulho bom, bonito...
Por ter tido a grandeza de apoiá-los
na busca pelos seus sonhos.

Saudade


Saudade, ⁣⁣⁣
É bigorna forjada⁣⁣⁣
No canto da aorta.⁣⁣⁣
É âncora enferrujada;⁣⁣⁣
Veleiro à deriva⁣⁣⁣
Nas brumas do passado.⁣⁣⁣
É cílio empedernido⁣⁣⁣
Na frente da córnea.⁣⁣⁣
Cisco no olho,⁣⁣⁣
Adaga no peito;⁣⁣⁣
É lamento de guitarra⁣⁣
Que chora, quando tocada. ⁣
Ausência do que já foi,⁣⁣⁣
Crepúsculo de um dia ensolarado.⁣⁣⁣
Saudade, é o que restou.⁣⁣⁣
É o que sinto de mim,⁣⁣⁣
É o que sinto de nós!⁣

Cantiga de adeus

Quando fores embora
ó saudade, seja breve
na tua hora, não me leve

Se acaso não possa
deixar-me no prazer
vista a tua saragoça
e saia sem nada dizer

Não me puxe pela mão
nem tão pouco no pensar
me deixe na agridoce ilusão
melhor do que te acompanhar

E, se ainda não queira
deixar-me sem os teus
argumentos, a tua asneira
então, me diga logo adeus
e vá sem qualquer besteira

Me deixe no esquecimento!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020 - Cerrado goiano

De saudade podemos chorar
trazendo de volta o passado
mas não conseguiremos tocar
o que no coração foi guardado

Quando se trata de saudade, o tempo sabe usar o nosso coração de passatempo!

Se precisar de mim ou sentir saudade,anda rápido não irei aguentar muito.

INCONTENTADO (soneto)

Saudade sem dor, amor sem fantasia,
Que aperta o suspiro dentro do peito,
Que no sim perpetuado, assim queria,
Que nada mais se sente tão satisfeito.

Emoção, que o doce sossego repudia,
Na palavra rude dita sem o respeito,
E, tirando dos sorrisos toda a alegria,
Fica ferido, e sem qualquer proveito.

Que viva sempre a sede e a tua fome,
Paixão sem queixa, e sem lamento,
E que ebule o amor em suas rimas.

Sempre tenha, o nome que consome,
Que eu tenha sempre, contentamento,
No incontentado amar e suas pinimas.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

carnívora

a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só traz dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

SONETO SAUDOSO

Choro, ao pé do leito da saudade
Que invade o corpo sem descanso
Se fazendo de fiel cordeiro manso
E a agrura numa brutal velocidade

E vem me trazer recordações, afeto
Tão apetecida em tempos outrora
Agora na ausência, lerda é a hora
E cruel a minha emoção sem teto

Chorei, choro por esta separação
Neste fado dessa longa despedida
Que partiu a vida daquela posição

Se eu, tenho na sorte malferidos
Aqui sinceramente peço perdão
Movidos nos desfastios vividos

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/04/2016, 21'00" – Cerrado goiano