Saudade Morte
A morte de um filho é a dor mais terrível que uma mulher pode sentir, o coração sangra e uma parte da mãe morre com o filho, está é a pior morte, quando mesmo depois de morrer com seu filho você precisa ficar viva e está condenada a carregar está dor, ininterruptamente, sem direito a trégua, sem alívio, sem perspectiva de melhora.
Já tive medo de morrer, já tive medo de viver, já tive medo de sonhar, já tive medo de pensar, mas o meu maior medo é de te amar e por você me apaixonar, de uma maneira que o meu coração nunca esqueça que você esteve lá.
O pão que mofou lembrou
O vovô que morreu
E o menino que não comeu.
O cheiro que exalou deixou
Tristezas no menino que não tem
A fórmula mágica desse bem.
Menino curioso investiga
Descobre o segredo do pão
Trocando a tristeza pela emoção.
A morte assim como vida, é uma breve passagem, um piscar de olhos, uma aventura, um resquício de saudade, uma libertação.
Que o tempo faça sua parte
Que a dor aos poucos se afaste
Que reste somente saudade
Do que na verdade
Não podemos continuar
Mas sempre poderemos lembrar!
Saudade é falta, o homem é procura. Eu sou um homem que procuro aquilo que me falta, sou um homem que sente saudade. Se saudade matasse, eu seria uma espécie em extinção.
Tenho morrido toda noite por não estar em seus braços, como queria que as coisas fossem diferentes, me deixe envolver em seus braços e prometo que nunca iremos nos separar.
Bons momentos vividos nunca serão esquecidos
Com a ausência de vocês muito tenho aprendido
Que cada instante é único e o que me conforta
É saber que nosso encontro um dia vai ter volta
Eu aprendi que pra te prender
É só deixar a porta aberta, ai ai ai ai
Nem que eu morra engasgado de ciúme
Sufocado de saudade
Eu vou fingindo essa maturidade
Sozinho
A inexistência atua na ausência
As coisas já não mais reluzem
Versos já não mais traduzem
De versos românticos
A versos sem cânticos
Da vida mais farta
A vida barata
Já perdi o apurado cônscio
O ensurdecedor silêncio
Já é vazio nesse acúmulo
Agora escrevo ao meu túmulo
A vida não deixa as coisas baratas
Então mesmo com um buraco no peito
Tenho esperança que do nada
O infinito seja feito
HÁ EM MIM
Há em mim uma quietude de morte
Que procura o norte
Um ser errante de lavrada poesia
Pois os sonhos são bússolas
Que me guiam por terras distantes
Em fantasia onde a minha alma mora
Raízes em solidão na terra de fontes pagãs
De desencantados contos encantados
Paisagens mágicas de verdes flores
Há em mim sonhos de embalar de terra lavrada
Que procuram o sol nas noites de lua cheia
Pois escrever é ter na mão o negro luto da caneta
Numa quietude de morte no peito coroada de rosas
Quando eu morrer
Sepulta-me no mar
Por entre as algas
E cobre o meu rosto
De palavras escritas
Num rasto de corais
NOCTURNA LUZ
Nocturna luz que me faz esquecer
No desuso eterno da morte
Sombra na alma em lágrimas
Na solidão da velhice anunciada
Num caminho sem sonhos ou direcção
Passagem de tantas fragas no céu
Que sorvem as nuvens de afagos
Sopros na profundidade do monte
Nocturno nevoeiro que morre na serra
E escava os olhos da loucura sentida
Numa luz nocturna em livre pensamento
Que esmaga as flores pelo atalho entre a poeira
Pregada palavra que se afunda em silêncio
Nocturna luz que me anuncia a morte
Nas lágrimas de um pobre poema em poesia
FRÁGEIS ASAS ★
A poesia é um estilo
A vida é essencial
A morte é irremediável
A solidão é inútil
A mão suporta o tempo
Os ombros o mundo
Que a nossa revolta
Seja uma cascata dourada
E o caminho uma memória curta
Pois que frágeis são as asas
E nós que nem sabemos voar
Neste poema de vida
Da minha, da tua ou nossa existência
Onde a saudade deixa marcas de felicidade
Nas frágeis asas que nos deixam voar em sonhos
SONETO EM REVERENCIA
Evocar o tempo, e nesta saudade em rudez
as lembranças são qual suspiros de tua ida
o silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida
Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida
No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - sua bênção outra vez!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13 de julho, 2016
Cerrado goiano
morte de meu pai
Naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia.
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Sufoco, insaciedade, injustiça, dor, sofrimento, amargura, incapacidade, fraqueza, saudade... pra qual objetivo? Milagre biológico ou catástrofe? Sinto-me incapaz de seguir qualquer ideologia, não tenho minhas próprias. Não sei o que sou, pra que eu estou, pra onde eu vou... isso dói, me dá desespero e uma hora vai acabar, mesmo tentando correr e abraçar alguém pra acalmar, mas ela chega e quando você nem perceber já não ama, pensa, sonha, vive..
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