Saudade e Lembrança
A difícil arte de escolher como preencher seu tempo.
Lembrei-me agora mesmo, com muitas saudades do meu avô.
Espanhol, desembarcou no porto de Santos por volta de 1929, época que como todo mundo sabe houve a “Grande Depressão” que atingiu o mundo inteiro.
Seu primeiro emprego foi trabalhar nos fornos de carvão, segundo ele, a coisa mais próxima do inferno que conheceu.
Sua meta era vencer e a fórmula era trabalhar arduamente. Depois da jornada de um emprego ele sempre procurava algo melhor remunerado e conseguiu assim galgar postos inimagináveis para alguém analfabeto.
Além de trabalhar conseguiu aprender a ler um pouco e escrever mal, segundo ele.
Posso estar enganado mas depois de carvoeiro ele foi carregador de sacos de um batateiro na feira, onde soube como legumes, verduras e cereais chegavam aos consumidores vindas dos atacadistas da Rua Santa Rosa em São Paulo.
Curioso, foi para São Paulo e começou a comprar pequenas quantidades de feijão que vendia por quilo nas feiras.
Procurando aproveitar bem o tempo que separava uma feira da outra, foi conhecer de onde vinha o feijão que ia para a Rua Santa Rosa, tendo conhecido as máquinas de beneficiar feijão, café e arroz.
Em pouco tempo, tornou-se comprador de cereais no interior, mercadoria que enviava para os distribuidores da Rua Santa Rosa. Tudo isso sem dinheiro, munido apenas do crédito que lhe era fornecido mercê dos contratos de “fio de bigode” granjeados pelas recomendações obtidas por todos os lugares onde passou.
Sempre aproveitando bem o seu tempo e o seu crédito, ele comprou primeiro uma máquina de beneficiar café, depois uma pequena fazenda que produzia o café a ser beneficiado.
Ele me contou muitas vezes que todos os sitiantes da região colhiam o café e levavam imediatamente para a sua máquina, mesmo que ele não tivesse dinheiro para pagá-los. Assim, ele beneficiava o café, vendia e depois pagava os fornecedores.
Cheguei a conhecer cada uma das muitas máquinas de café que ele comprou ou montou e as dezenas de fazendas que ele comprou, reformou e tornou-as grandes propriedades produtoras.
Alguns anos depois meu avô deu ao único enteado e aos seus sobrinhos que trabalhavam com ele, todas essas máquinas e fazendas e ficou exclusivamente no ramo da pecuária com o que se chama cria, recria e engorda, chegando a ter muitas outras fazendas, uma das quais me lembro de nome Fazenda Santana ou Santa Ana, que tinha cerca de 7.000 alqueires cujas terras atingiam três municípios, se não me engano, Pacaembu, Junqueirópolis e Nova Independência.
Infelizmente um acidente deixou meu avô impossibilitado de trabalhar e de ter mais um tempo. Depois de longa enfermidade ele morreu deixando muitos bens e muitas, muitas saudades, em muita gente.
Foram muitas as lições que Antonio Perez deu a todos os que o cercavam. Eu ainda era jovem demais para entender, aplicar e tirar benefícios delas. Mas nunca as esqueci, e de vez em quando me pego lembrando desse grande homem e como eu gostaria de ter seguido muito mais os seus exemplos.
Pense um pouco como você está usando o seu tempo.
Sugiro que você perca uns poucos minutos e reserve um tempo para fazer algo de bom e ainda mais proveitoso do que você anda fazendo.
Pode ter certeza de que no futuro irreversível, você vai reconhecer que ter empregado bem o seu tempo foi o que de melhor você fez na sua vida.
Cada segundo é único e nunca mais se repetirá.
Na verdade, todo dia é dia da saudade. A cada dia que passa é uma lembrança, um momento, uma saudade que fica para trás. Todos temos uma saudade, seja de uma época, de uma lembrança, de algo ou de alguém. Saudades do que foi bom e passou, saudades de alguém que não ficou, saudades e vontade de reviver um momento. Saudade de alguém que se foi, saudade de alguém que mudou, saudade de alguém que hoje virou simplesmente um desconhecido. Saudades de algum lugar, de alguma brincadeira, saudades de sonhar. Saudades do que eu já fui, do que eu queria ser, do que eu não voltarei a ser. Saudades de um riso, de um abraço, de um colo. Apesar de ás vezes amargar e doer, é bom, significa que algo, alguma coisa ou alguém na nossa vida valeu a pena.
...Descobri que o modo de estar com voce será apenas nos meus pensamentos, lembranças e na saudade infinita que se desmancha em lagrimas toda vez que me lembro do quao bom era a sensaçao de te fazer feliz...
As saudades que ficaram e ficarão comigo serão, apenas, para lembrar o quanto estive feliz por aqui.
Uma voz me persegue, um cheiro me consome
Saudades me apertam, lembranças me seguem
Rio, mar...lua, sol, flores, vinho, música.
No ar dos meus pensamentos, no vão das minhas vontades
Desejos, ilusão, corpo em chama te implora um abraço
Um beijo, corpos colados...coração !
Pele pede teus olhos na rede do meu olhar, vem...sonha
Sonha junto comigo, não me acorda não,
Deixa eu me embalar no teu sorriso, me leva
Dança comigo, segura minha mão
Quero muito mais que um amigo...quero paixão !
Que me enlouqueça, que me devore, que se perca
Não encontre mas portas, janelas se fechem
Que não haja mas caminhos para saídas
Fique preso para todo o sempre nas minhas garras,
Nos meus sentidos...eterno em mim !
Lembrança
Saudade
Beijo
Corpo
São inspirações
Para que o poeta possa
Desenhar poesias
Lembrança: desenhado na memória
Saudade: desenhado no coração
Beijo: desenhado nos lábios
Corpo: desenhado em minhas mãos.
...Quando as lembranças vem, traz com ela a saudade que arrancam de mim meus mais puros sentimentos em palavras.
Saudades, saudades de tudo, eu me lembro sempre de vc
e sempre sorrio você sempre será especial pra mim...
Hoje acordei com saudades
Do tempo que era criança
Veio-me à lembrança
As brincadeiras saudáveis
Que hoje, já não se vê
Apostávamos em corridas
Contávamos histórias.....
Agarra ...agarra...esconde, esconde
Cabra cega, no recreio da escola,
A brincadeira de roda, saltar à corda..
Que saudades....saudade.!
A saudade algumas vezes faz as lembranças se concretizarem nos sonhos que se foram. E aí fica em nossa alma a vontade de ver de novo, as coisas como eram antes.
Estrada Da Saudade
Eu vou cortando as ruas,
as ruas vão cortando minhas lembranças
e misturando tudo que eu
há tempos deixei esquecido.
Cidade, rodoviária, espera.
Banco, solidão, desespera.
Não tem como fingir não sentir.
Não tem como partir e sorrir.
Não me permita ir
e deixar meus pensamentos
mais uma vez por aqui,
bem distante por onde sigo.
Sai, sai depressa por essa estrada
disfarçada de caminho da mudança,
que hoje mais parece
uma trilha de saudade.
Saudade, amor, ternura...
Vazios de alguns dias, plenitude de outros.
Lembrei de conversas saudáveis...Confidências trocadas... Sorrisos cúmplices
Do ato de saber partilhar.
Aprendi a fazer dessa saudade uma arte...
A arte de sentir a brisa, de sentir o sol de inverno,
De ouvir a chuva cair sem que estejas aqui,
De olhar o céu e fazer amor por telepatia
Com as lembranças que tenho de ti...
Não ligue, não se importe, porque te amo
Isso tudo é porque hoje
Meu coração está na mão da saudade...
Tenho lembranças que, por ora, me fazem duvidar entre a certeza da saudade ou uma possível e incoerente loucura...
Aonde estão seus olhos?
"A Saudade nada mais é do que a razão procurando pelas boas lembranças para dar vidas as nossas emoções.
Impressionante como as boas lembranças fazem os nossos olhos brilharem como se víssemos dois mundos ao mesmo tempo".
Ritual do amor
Quando a saudade chega,
dispo-me da dor,
banho-me de lembranças,
enxugo as lágrimas
e visto-me de esperanças.
Pratico o ritual do amor...
Me fala um pouco de você, me diz como vai a vida...os amores, as lembranças, as saudades, diz se ainda sou parte das tuas memorias. E as nossas músicas, ainda te tocam, me lembram ? Fala um pouco, teu silêncio me perturba, me confunde, me afasta. Que tal sorrir para mim, embarcar nos meus olhos e viajarmos..Estou com saudade, querendo viajar no tempo... reviver e viver o passado agora, presente.
Não esqueci nenhum arrepio quando nos tocávamos com o olhar, quando nossos olhos se perdiam um dentro do outro...sinto gelar quando te vejo, tudo volta: vontade, desejo !