Saudade Dói
As pessoas dizem que com o tempo melhora. Melhora a saudade e tal.
Não sei. Ainda dói, dói muito. Dói todos os dias. Sei que você não iria me querer triste, mas é inevitável.
Você era o melhor. O mais amigo, carinhoso, brincalhão. Eu te admirava em tudo o que você fazia e eu odeio essa sensação de que falta algo no meu coração e de que eu não aproveitei o tempo que passei contigo.
Saudades; às vezes ela dói e até nos fazem chorar, mas as boas lembranças traz alívio.
A nostalgia não, você sente evidentemente o coração chorar e dói tanto que a vontade é de arrancar o coração do peito.
hoje não quero falar da saudade ou da minha solidão, de nada que dói, porque isso sempre está aqui presente, no cheiro da pele, no peito e no sal dos olhos. e porque eu também sou feita de dias quentes, dias que lembro-me que não vivi e sobrevivi até hoje sozinha. Dias que na inconsequência de uma boa gargalhada, por alguns segundos, nada doía.
A ausência dói em formato de saudade,
Permanece a vontade,
O desejo,
Do cheiro,
Do toque,
Da pele,
Do peito,
Do carinho bom,
Das noites viradas,
Das tretas homéricas,
Da confusão que já era,
Desejo infinito,
Infindo,
De algo inacabado,
Vontade de um beijo roubado,
Dessa boca macia tipo seda,
Te encontrar numa esquina,
Te chamar de minha menina,
Te botar pra ninar.
Pra quem tem mãe, cuida, ama, valoriza, pois a saudade dói, o arrependimento machuca e a gratidão não ameniza a dor.
Já experimentei dois tipos de amores: o que cura e o que dói. Curiosamente sinto saudade do último.
Meus cacos estão farelos, contrários ao meu questionamento...
Minha saudade dói, meu sossego range os dentes...
O fã da estrela está sem vê-la...
Por ser feito poesia, não me comovo, persisto...
Etcetera pulsa em metade
Armando os céus
Pra tempestade...
Saudade
Ninguém sabe o quanto dói,
Abrindo no peito um tão grande
Buraco que me destrói!
Fico que nem criança,
Esperneando ao pé da cama,
Com a felicidade que me chama
Composta de lembrança!
E me aperta, e me envolve,
Mas não há mão nem braço,
E sim um nó, um laço
De saudade que me revolve...
Aos solavancos vou resistindo,
Com esta bomba sem pino...
Detonada, que vai me consumindo.
E dói toda vez que me lembro dele, é como se fosse uma ferida ainda aberta, um hematoma permanente. E mesmo que seja uma dor quase mortal, não consigo evitar minha mente de sempre remoer o passado. E me pego pensando em todo esse tempo longe dele, que me fez morrer aos poucos, perdendo o meu sentido, dia após dia. Pego aquela velha caixa de recordações e abro sobre a mesa, as fotos já perderam o brilho, e algumas coisas não fazem mais sentido. E diante disso, a dor me corrói novamente, em pensar que as memórias são tão vivas só para mim. Quando a vida faz suas surpresas, e leva as pessoas que amamos, o mundo fica sem cor, e não há substitutos ou tintas coloridas que possam resolver o problema. É quase como se a sua alma tivesse partido junto, levando a leveza do ritmo das batidas do seu coração. Algumas pessoas não entendem e nunca vão entender. Mas prefiro que seja assim, não me importo, é complexo demais para ser explicado. Mas, posso garantir, que nem tudo se refere ao passado, as vezes é só o meu jeito exagerado de usar as palavras.
Lembre-se sempre haverá um novo amanhecer.
_ Sim e é exatamente o que dói, em nenhum
deles aquele que amo e partiu estará.
Porque dói-me tanto?
As ausências e as partidas.
Porque sinto a chuva em mim?
Dos vendavais e dos temporais.
Porque a dor entra em mim?
Instalando-se, enchendo os dias tristes!