Saudade de um Velho Amigo
Se quiser
Se quiser ser alguma coisa, se é para ser igual a alguma coisa então seja como o velho carvalho que repousa serenamente no topo da colina, despretensioso? Não, nem um pouco, tranquilo? Não, com certeza. Porém feliz com sua estrutura gigante e sua aparência bruta, seu tronco de casca grossa, vergado sobre o monte e mesmo sabendo do abismo que o cerca tem como suporte suas raízes retorcidas sob o solo e mesmo sabendo do vento que o empurra tem como base seus galhos que o envolve e sacrificam suas folhas cansadas e secas que outrora brilharam ao sol, se for para ser alguma coisa então seja gigante como o velho carvalho assim seus sonhos não realizados e os seus temores mais profundos não vão sumir, eles não somem, mas com certeza deixarão de fazer diferença
Uma taça de vinho ouvindo Sapato Velho, é tudo de bom...
Hoje, não colho mais as flores de maio
nem sou mais veloz Como os heróis.
É talvez eu seja simplesmente como um pneu no arame, mas vai que ainda te possa socorrer...
O cajueiro
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
O homem sentado não disse muito, porém, o que disse calou ao coração de todos.
''Sou um velho bebendo. O único momento em que não estou bebendo é quando estou bêbado. Quer outro resumo de como levar a vida?'' E saiu...
O conhecimento é o meu mais velho aliado, companheiro de todas as batalhas,
Minha armadura impenetrável, que permitiu-me ficar sempre de peito aberto e não temer o perigo que se opõem a mim.
Meu escudo inquebrável, que resistiu e não cedeu a rachar nem mesmo nas maiores e perigosas tempestades.
Minha espada forjada a sangue, suor e lágrimas, mesmo que muito desembainhada, não perdeu seu corte e nem seu brilho.
Minhas botas leves que sempre orientou-me a não se perder no caminho e também a não pisar em falso, evitando a minha queda.
Meu capacete, protegendo-me a cabeça incessantemente de flechas venenosas, safando-me de envenenar meus pensamentos, guardando a minha razão.
Um agricultor chegou diante de um velho sábio e disse: Mestre, eu não entendo. Plantei todas as minhas sementes em um dia...
E meu vizinho a mesma quantia em uma semana..
Agora as plantas dele nascem longe umas das outras, estão alinhadas e os frutos são bons..
Enquanto as minhas nascem uma por cima da outra, crescem deitadas e os frutos estão horríveis..
Eu sei disso! Respondeu o velho sábio. Eu vi seu vizinho plantando cada semente uma a uma. Ele passou dias e horas fazendo isso...
E também observei quando você apenas jogava as suas sementes em seu quintal de forma desordenada.
O sábio andando sobre as margens de um lago... Olhou na direção do sol e respondeu..
Se quer ter uma boa colheita. Então você deve plantar tudo com muito amor e dedicação, e assim ela dará certo...
Lembre-se; você será o dono da colheita no amanhã, então escolha bem as sementes que estas plantando hoje...
Frutos bons só nascem quando são plantados com paciência...
Um discípulo perguntou a um velho sábio sobre quem vinha primeiro, se era a energia ou a força. E com a serenidade costumeira a resposta do ancião pareceu cheia de complexidade para um entendimento superficial sem os mecanismos da reflexão profunda:
"Sem energia perdemos a força - respondeu-lhe o velho homem -, no entanto, você pode estar pensando que é a força que produz energia. Mas veja bem que não há força sem energia. Neste caso, precisamos descobrir o que é causa e o que é efeito. Não nos parece aquela mesma história de quem veio primeiro se foi o ovo ou a galinha? Então, onde estaria a energia neste caso? Porque a energia que a força produz é secundária, e a força que a energia produz é a força primeira ainda misteriosa como a própria luz. Observe que a luz também é efeito, pois a causa é a energia.", completou o mestre.
E o discípulo ouvindo tudo aquilo, não teve força para replicar, porque estava psicologicamente esgotado, sem energia para raciocinar.
Não sou tão velho assim, mas estou cansado dessa mesma História na gestão publica. Ninguém sabe de nada!
Ser novo é não ser velho. Ser velho é ter opiniões. Ser novo é não querer saber de opiniões para nada. Ser novo é deixar os outros ir em paz para o Diabo com as opiniões que têm, boas ou más — boas ou más, que a gente nunca sabe com quais é que vai para o Diabo.
Um velho homem
O maior impedimento ao futuro é o medo. Ele não é um bom aluno, não usa suas cicatrizes para te ensinar e te estimular; ele te condiciona a pensar de forma submissa, a pegar a lâmina e a fazer novas cicatrizes. Ele te obriga a se alimentar do seu passado, sem te apresentar o gosto do seu futuro. Mesmo que a linha seja contínua. Mesmo que você possa mudar, você não o faz.
Imagine um jardim, sem absolutamente nada plantado. Um dia, aos seus 65 anos, você levanta pela manhã, e mesmo tendo se entristecido todas as manhãs, quando abria a janela, e via o mórbido jardim, naquela manhã, você decide plantar uma semente de roseira no jardim. Todos os dias em diante daquele, você abria a janela, e via brotar a roseira, que a cada dia estava maior.Até o dia em que deu flores
E você pode acordar com o som dos passarinhos que pousam à sombra da roseira. Você poderia ter escolhido acordar pelo resto da vida e abrir a janela para o jardim seco. Mas um dia resolveu semear nele, e vislumbrar todas as manhãs a infindável fonte de oportunidades que a terra poderia deixar florescer.
Assim somos nós. O nosso passado diz quem somos hoje, mas nosso presente diz quem podemos ser amanhã.
Não tenha medo, por mais que você se considere feliz, você ainda pode contemplar ser ainda mais feliz.
"Mais uma da série; você esta ficando velho".
Você acorda e os pensamentos fazem você viajar, rapidamente bate um desejo de querer escrever, colocar tudo em um grande texto.
Então eu lembro que estou na casa dos seus pais, e sabido que aqui meu passado ainda reina em alguns armários e portas.
Lembro que a décadas atrás tinha três vezes por semana curso de datilografia, e daquela época além do (esquerda: ASDFG direita: HJKLÇ) em algum lugar uma "Olivett" tem que estar em décadas de repouso absoluto, começo então caçar daqui, caçar dali bummmm localizei a danada.
Por algum tempo sou transportado pra um tempo do qual praticamente havia esquecido quase que por completo, mas esse reencontro e que reencontro com a dona “Olivett”, como que por um toque mágico, resgata, aflora e reaviva toda uma história cheia de encantos e fatos das décadas passadas que eu esqueci.
Ansioso você tira ela da sua capa protetora, começo meio que namorar ela por instantes, vindo acomodar essa relíquia sobre a mesa!
Como que 20 poucos anos fossem ontem que acontecera, tantas histórias e momentos carregam minha memoria, me trazendo e reacendendo lembranças quase que instantaneamente. Resgatei noites de treino que antecederam as provas, cãibras nos dedos, dores, puxão de orelha da mãe, que cobrava diariamente para você aprender a bendita cuja datilografia...
Fecho meus olhos parece que ouço ela do meu lado falando... "se quiser ser alguém quando crescer precisa aprender datilografia pia, agora eu comprei e você tem que aprender se quiser ser alguém um dia".
Tantas histórias sou acometido! Minha primeira entrevista de emprego que fui testado na datilografia, nervosismo, sonhos, medos enfim tanta coisa que aqui ficaria pequeno descrever.
Pego minha primeira folha “Sulfite” insiro na danada, alinho e com muita força nos dedos, solto meu primeiro "asdfg" "hjklc" a fita adormecida ainda com resquícios de verde e negro replicam meu passado naquela folha!
Começo então escrever todo empolgado, viajando em histórias mirabolantes, sonhadoras, magicas e só minhas!
Aquele som da "Olivett" e algo fora do comum dos tempos atuais já que minha “Olivett” não é elétrica. Muito barulho e força são marcas da sua capacidade de dar vida aos textos que começo a transcreve!
Empolgado digitando, relembrando, sonhando, mergulhando em décadas de história, acabo nem percebo meu filho ao lado encostar olhando pasmo, boquiaberto, maravilhado e encantado com meu afazer. Paro no mesmo momento e me viro todo ansioso pra contar e dividir essa história que acabei de resgatar, todo eufórico para explicar a diferença de tecnologia, mas a cara dele e de alguém extremamente desconfortável, então eu não êxito e saio perguntando, filho que foi????
Ele prontamente responde paiiiiiii que "maneiro" seu computador; você digita ele vai imprimindo na hora, que demais, como é o nome desse computador!
Aniversário não é tempo de se achar mais velho.
Idade a gente não conta em anos e sim em experiências vividas.
Idade não se conta em tempo, mas em amizades criadas e com sorte, mantidas.
Idade faz da gente mais gente e da vida, mais vida !
Nunca se é velho demais para fazer algo, só envelhece os que não abrem suas mentes, esses sim, já morreram antes mesmo de envelhecerem.
Hoje acordei mais velho
E qual o dia que não se acorda mais velho?
Sou grato pela vida que tive,que tenho e que ainda vou ter
Sou grato pela minha família,base da minha dignidade
Sou grato pelos amigos que tive,que tenho e que ainda vou ter
Nem todas as primaveras que vivi tiveram flores
Mas sigo plantando flores em todas as primaveras
"Quem acredita sempre alcança... já dizia um velho sábio.
Acreditar e alcançar é fácil, impossível é alcançar sem acreditar".