Saudade de um Velho Amigo
Páscoa é renascimento, ressurreição...
Momento de mudar seu mindset, deixar seu velho eu para trás, repensar, ressignificar e reinventar a vida!
Cada vez mais que me torno um ano mais velho, mais novo fico no espírito e a minha capacidade espiritual se torna cada vez mais confiante e promissora.
Acontece em muitos lares, ambientes familiares e em famílias sociais: muitos esperam do ano novo um novo relacionamento, uma grande virada ou transformação na vida, quando em suas discussões falam, sem discernimento, os desejos do seu coração, praticando as mesmas mazelas do ano velho.
"Faltou parceria"
<*>
Naquele dia
ele estava sozinho,
e pra sua agonia
seu vizinho,
não estava a fim de uma partida.
<*>
Daí, ele se ajeitou
em frente ao seu espelho,
e imaginou aquele velho
que sempre esteve com ele,
o seu coração 💓
<*>
Criou uma dupla
"Razão & Emoção"
e naquela encenação,
a imaginária fila
crescia a sua volta
pra dar vitória a aquela
esperta
e ilusória
idéia,
daquele jogador insano.
<*>
Que na verdade venceu
pela emoção
num blefe contra a razão 🧠
***
Se exite uma coisa que eu não me preocupo é com números.
Ainda sou amante do velho ditado prefiro uma boa qualidade.
O ego adâmico, intrínseco no homem,
anseia por justificar seus erros,
e não por um quebrantamento
que o conduza ao arrependimento.
VELHO TEMA
Só a graça da poesia, em toda a sensação
Palia o engano de um amor, mais nada
Nem mais os soluços do infeliz coração
Disfarçam a dor da devoção malograda
A insistente quimera por ela estacada
No seu encanto, chora toda a emoção
Da desilusão: no canto, na rima falada
Criando outro sonho, de novo a paixão
E, nessa inspiração que supomos
Duma tal felicidade que sonhamos
Em cada versejar, a verdade somos
Assim, nessa concordância, sejamos
O olhar, o afago, se na prosa fomos
O sentimento, ai no amor estamos!
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
27, agosto de 2020 - Cerrado goiano
VELHO CERRADO
Olha este velho cerrado, tão belo
De savanas cascalhadas e, antiga
Quanto mais desigual mais se diga:
- Triunfante na idade e no singelo
Buritis, ipês, horizonte no paralelo
Arranjam, livres, e o diverso abriga
Em sua melancolia e a árdua cantiga
Do vento nos tortos galhos em duelo
Não choremos, sertão, a tortuosidade
Admiremos cada traço, admiremos
Como obra prima deve ser admirada
Na glória do vário és tu, majestade
Governando o encanto que vemos
No mago fascínio da meseta velhada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/08/2020, 13’49” – Triângulo Mineiro