Saudade de um Velho Amigo
Eu tenho muitas queixas do velho: O Narcisismo moralista dele “É do Meu jeito ou não tem jeito”, mas... Eu tenho que admitir, ele teve gloriosos segundos quando gerou o universo, o Cara tinha surtos criativos, e otimismo é, eu admito. E apesar de sua idiotice, sua grande falta de ironia, ele deu uma grande oportunidade aos homens: A chance de viver no paraíso. Ele errou, Ele fulminou Ele abriu as águas... Venerado por criaturas que fizeram de Deus a imagem do homem. Depois ele se desapontou, ou pior, se cansou, pegou a bola, e foi embora.
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
Como diz a música:
Já não sou mais veloz...
Como os heróis...
E, há muito tempo, parei de beber...
Água da fonte para não envelhecer...
Hoje sou mais como um sapato velho...
Mas, se você quiser e me calçar...
Ainda posso aquecer o frio dos seus pés...
E, atualmente, quando te vejo, tenha certeza...
Ainda enxergo aquela mesma menina-princesa!
Pedro Marcos
Jovens velhos jovens
Eu me sinto esquisito as vezes, sinto que algo não encaixa, que eu não me encaixo, amigos sei fazer, mas me limito para ser, me limito ao que acho pouquinho... Pouquinho não sei bem se o certo a se dizer, pois não acho ninguém pouco, mas algo falta, ta meio confuso isso...
Pensar demais evolui, evolução essa é para poucos, e esses poucos se entendem, à esses poucos nao preciso ser pouquinho, posso ser suficiente, solitário é encontrar os poucos que são muito!
Mas eu ainda sinto-me esquisito, quero ser mais que suficiente, quero ser além do além, quanto menos pouquinho ser mais raro encontrar, possível é, mas tudo que sobra é o cadê!
nenhum rio
morre de repente
a bala que
mata o rio
é descaso
lixo e gente
nenhum rio
morre por acaso
a bala que
mata o rio
é gente
lixo e
descaso
todo rio
morre devagar
se a gente
deixar que
lixo cobiça
e descaso
matem o rio
até secar
Certa feita, um jovem teve coragem para indagar um pensativo senhor:
- Mestre, tem como saber como é a morte?
E ele respondeu:
- Saber com certeza jamais, contudo, podemos ter uma breve noção.
- E qual seria essa noção então? - perquiriu o rapaz.
- Ora meu jovem, a morte, pelo que posso te dizer é tal como a própria vida, ruim e boa ao mesmo tempo.
Para ter relacionamento sério com homem mais velho e de caráter, a mulher não deve ser vazia, preconceituosa e precisa ter personalidade.
Já não sou o mesmo da fotografia passada, na verdade, já não sou o mesmo dos segundos passados. Enquanto escrevo, vai-se o tempo.
Nossos inimigos são espíritos malignos e o mundo, não carne e sangue, não pessoas. Exceto um, o mais perigoso deles: nossa própria carne, o velho homem, que sempre tenta voltar e assumir o controle do nosso ser. Só percorrendo o caminho da santificação, podemos mantê-lo morto.
O céu dos peixes
Há dois lados neste planeta em que vivemos: o que está acima e embaixo do mar. O vivos que respiram pelo ar e os que respiram pela água. Mundos opostos, muito distantes, mas encostados um no outro. O que está abaixo do mar é tão desconhecido para nós quanto somos para os peixes na água. Assim é a superfície da Terra.
Para os peixes, somos deuses. Vivemos no inalcançável, pescamos impiedosamente, damos-lhes nomes, espécies, classes, cores e idade para morrer. Coisa que não importa nem pra eles. Calculamos a utilidade e o perigo que oferecem. Sabemos quais valem mais e menos.
Para os peixes, somos a Morte. Passeamos pela superfície das águas escolhendo quem vai e quem fica. Para eles, o deslizar da poupa na água é curioso e aterrorizante. É incompreensível. Quase tão longe de se alcançar e entender quanto os próprios trovões soando no céu.
Se somos a Morte para os peixes, o que será a nossa?
Chegar aos 80, 90, 100 anos é uma conquista, um premio sobre os vícios, a base de muito exercício, dietas, noites bem dormidas, avesso a noitadas. Mas, ouvi dizer, que o que muito incomoda, por outro lado, nessa altura da vida, aos chegados, é se arrependerem do que não fizeram, agora impossibilitados, de algumas coisas, inclusive, que se fizessem, ao longo de suas vidas regradas, talvez não tivessem alcançado tal longevidade.
Prefiro os pés descalços, os que aprendem observando as ondas, os intensos, os imprevisíveis, os improváveis e os impossíveis; e que assim como eu, não se importam se o mundo acabar hoje. Talvez por isso tenho poucos heróis, poucos amigos, poucos olhares compreensíveis. Na verdade não faço questão de ser leitura fácil, sou um livro velho, gasto, rabiscado, coisa para intelectual. Pinto o mundo da minha maneira e ele é sempre cinza com tons de amarelo. Do jeito que eu quero, de maneira alguma politicamente correto.
Muitos envelhecem, mas deste montante; nem todos amadurecem.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
@paginadela
As bagagens velhas que feriram nossa alma e coração eu deixo pela estrada do ano velho levando a esperança de um ano novo e fazendo diferente , com jeitinho, pra deixar na próxima bagagem , tudo arrumadinho.
O novo só tem sentido se for um melhoramento do velho. Já que "não há nada novo debaixo do sol", pois "Nada se perde, tudo se transforma".
Um dia um velho disse - já não tenho vontade e eu perguntei a onde a deixas-te ele respondeu perdi e nunca mais encontrei e eu dei-lhe a mão e sorri enchi o de esperança e vontade e tudo voltou a ter outro sentido.
Uma das primeiras coisas que aprendi na vida é de que não se vale nada, entretanto, ainda podia regozijar me porque era novo. Hoje, pois, estou inteiramente convicto de que nada valho, porém eis me aqui: já sou um velho!