Saudade de Tio que Faleceu
Saudade de Nada
Sozinho na madrugada
Escuto na vitrola o chão de estrelas
Olhando na vidraça aquela chuva
E minha alma esquecida escuta o céu de pedras
Sozinho na madrugada
Não tenho relógio no meu pulso
Saudade de nada
O instrumento é o violão
Desejava tocar as cordas do teu coração
Sozinho na madrugada
O amor e a chuva são como agulha e linha
Quase uma coisa só
E minh'alma se costura na sutura da solidão
Da chuva, do violão
Da linha, do relógio
E as estrelas lá do chão
Não sei a que horas giram na vitrola
Saudade de nada
Ainda é madrugada
as vezes me dá uma saudade,...
do que não sei!!?
de um dia que ainda não vivi!
de uma palavra que não disse...
as vezes sou engolido pelo silêncio
pela apatia...
pelo que não sei!?
as vezes quero correr
e sei que preciso disso
pra me sentir vivo.
e te deixo ir ...
ficar!
pra aprender,...
pra saber oque não sei.
eu demora pra entender!
as vezes a pressa me visita...
e a estranha calma
me deixa sorrir!
me despir
saber oque não sei.
A distância e o tempo geram a saudade, mas é a prova real de que realmente um faz falta ao outro por ambos se completarem quando estão juntos.
Saudade, fogo; silêncio, verdade. Vício. Um viajar na madrugada de sombras violeta sem palavra-espelho. Deserto. Amarela era a rosa. A sola da sandália na água do rio do bosque de árvore e poeira, muita poeira. Mescla morte, guerrilha e neve. Você?
Saudade de reunir e ao invés de tratar de nossos assuntos... viajar... viajar... até alguém dizer: "onde é que a gente começou essa conversa???"
Saudade de falar besteiras e, de rir das de vocês...
Saudade de deixar de lado as responsabilidades de "coordenar" pra cumprir SÓ a responsabilidade de "ser companheiro"...
Saudade de ver tanta gente marilhando junta...
Saudade de tanto abraço gostoso...
Saudade dos conselhos ... das conversas jogadas fora...
Saudade simplesmente de sentir saudade de ter tempo... já que agora naum tenho nada pra fazer da meia noite as seis.. ;D
Saudade de naum me importar com a conta no final do mês... pra me importar tão somente em ouvir sua voz...
Saudade do violão e até mesmo da gaitinha incessante..
Saudade da correria pra chegar no fim e dizer ... QUERO MAIS!
Ai, ai...
Saudade..
Talvez saudade realmente possa ser a palavra pra definir tudo que sinto...
Saudade, palavra que naum existe em nenhuma outra língua...
Saudade que não existe em todos os corações...
Saudade...
Talvez seja algo tão indefinido quanto o amor...
Porém tão ou mais presente que o mesmo...
Ou talvez, eu devesse pensar...
Só sente saudade quem ama...
Talvez nenhum outro povo conheça a saudade por não amar como nós...
Talvez seja esse o motivo de a única tradução em outras línguas ser nostalgia...
Talvez por ser nostálgico viver só, ao invés de sentir, simplesmente, saudade...
Quem tem saudade ama...
Quem ama cuida!
Se eu pudesse contar coisas que o meu coração deseja, anseia...
Se eu pudesse falar da saudade, da ausência, do sentimento.
De quantas noites, eu queria apenas ouvir sua voz pra poder dormir em paz.
Quantas vezes te procurei em outros rostos, sorrisos, só encontrei tristeza.
Quantas vezes te beijei em outras bocas, depois senti o gosto amargo.
Horas me arrependendo, horas me culpando por não te esquecer.
Mas hoje a dor, deu lugar para o tempo.
O tempo que curou as feridas, o mesmo tempo que me fez deixar este sentimento adormecido.
O tempo que me fez acostumar sem você,
E saber que se um dia tiver de acontecer, acontecerá.
O tempo me fez enxugar as lágrimas, levantar a cabeça e te fazer presente apenas no meu pensamento.
Um dia se você me encontrar nos desencontros da vida
Não me pergunte se eu te esqueci,
E sim se eu ainda penso em você.
No último crepúsculo, tudo que vejo é as nítidas faces da saudade, as que me levam para bem longe, e ao mesmo tempo me trazem um último suspiro, o último suspiro de uma última lembrança, só levo a saudade, e é tudo que me resta.
A cura existe... e descobri que saudade dói muito, mas não mata não... siga o seu caminho e seja muito, muito feliz... e me faça mais um favor... ME ESQUEÇA.
"Não imagine que te quero mau, apenas não te quero mais"
(Lulu Santos)
A cura existe... e descobri que saudade dói muito, mas não mata não... siga o seu caminho e seja muito, muito feliz.E me esqueça!
Do que ficou
Aprendi a duras penas
Saudade é só e apenas
Vontade passageira
E nessa dor ligeira
Pensamos ser tormento
A dor que é momento
Mas curada a ferida
Fica de trôco a vida
Estrada a nossa frente
Sem cores ou repente
Só solo duro e vero
Por hora o que mais quero
Nas vidas que por vir
Promessas de sorrir
Rejeitarei de pronto
Não quero sonho tonto
Só quero o meu canto
Sem sonho ou acalanto
Pesares não terei
Sem sonhos viverei
(10/09/2009)
Ai que saudade da beleza democrática
Ai que saudade do sorriso progressista
Ai que saudade de ouvir certas verdades
Que a burguesia sempre pensa mais não diz
Ela era crooner de uma orquestra sistemática
Feita de loucos de poetas e porristas
Era a estátua nacional da liberdade
Ditando a lei do ventre livre no país
Aquelas noites eram feias, eram trágicas
Mais sua luz anunciava o diretriz
Comportamentos mais abertos transparentes
Pra nossa gente ser mais gente e mais feliz
Hoje a saudade escreve os versos neste samba
Que é um dos sambas mais sentidos que eu já fiz
Esta saudade tem um nome
E um sobrenome
Esta saudade é uma mulher
Leila Diniz
Meu Jardim Lageado
Próximo da morte
longe de tudo.
Aqui chegou o migrante.
Saudade.
Pequena e bela capela
templo cristão e indígina,
catequese.
Evolução, progresso, repressão.
Ocupação urbana, favelas.
Saneamento; sacramento.
Rio Tietê da nascente à poluentes.
Nordestinos e nortistas
na labuta na lida, fizeram
destas paisagens de São Miguel,
a nova capital da Bahia.
Manoéis e Marias
Antonios e Joaquins,
neste pedaço de chão
no breu a luz fez surgir.
Volto à infância
a caça de pardais.
Lagoa verde, lagoa azul,
draga, rio toco virado, olaria...
prainha, chácara pirâni.
Ioiô, peão
bolinhas de gude
pipas e cabuchetas.
Meus pais.
Lembranças do sertão.
Banhos de chuva.
Peladas na rua, crua.
Bola de capotão.
Descalço de malicia,
desconhece solidão.
Ruas empoeiradas,
cheiro de mata,
orvalho, chuva,
relva, e lamaçal.
Lageado!
Que saudades
de tempos idos,
e de entes queridos...
Jangadas
arroios
raios
desnudos,
infantilidade
molecagens.
Lembro
ainda
garoto;
extrovertido
arruaceiro
danado.
Oxente...