Saudade de Ti
Tempo que disseste dono da razão,
confiando em ti, permiti que dias e meses
se juntassem e eles se foram.
Eu que não passava de um anjo quase torto, quase caído,
como todos: quase anjo.
Por ti me degenerei.
E ainda blasfemei sobre todas as desgraças desse mundo,
mundo de nada, onde mais que tudo é permitido.
E agora o que sou?
Finalmente,
Anjo torto, caído.
Tempo sem sentido!
Tempo, castigo!
Eu tenho medo do que você fez e ainda pode fazer comigo. Tenho medo do que sinto por ti, porque parece que não tem fim. Eu já não sei o que faço com tua presença, só de te ver eu fico bobo, perco o jeito, perco a razão e as palavras saem sem sentido da minha boca. Eu não sei o que faço, mas sei que quero você próxima de mim seja lá como for. Meus pensamentos voam alto, mas se eu tiver o seu sorriso sincero e seu olhar apaixonante do meu lado, eu não preciso de mais nada. Eu tenho medo disso. Medo dessa vontade louca e idiota de te ter pra mim, de te amar sem fim.
De ti soltam-se fragrâncias mil, evoluindo no ar em mil odores,és o perfume de mil flores, és a primavera em Abril.
SUBIDA
Acumulado o bem da terra
Onde fics o depósito
Que me arranjáo
Os admirados por ti.
Separado o bom do triste
Quais as posições que que devo orientar
A frente do sol
Um bom lugar para os primeiros
Ou para os derradeiros?
Ouvi de minha mãs
E do sofrimento do Próprio Cristo
que os últimos seriam
Um dia os primeiros.
Mas qual a frente que dá para a frente.
E qual os enfileirados
Que devem esparar o suspenso caminho
Acalmar-se no chão
E as plantas furarem seus lugares
Como se o mundo todo naascesse de novo
São esses os que estão guardando
Os limites do meio.
Os mistérios dos homens
Quando nos se põe a realidade de fazer?
Que subida sinuosa e longe
Havemos de subir nos ombros, nos galhos
Que só pelos pés, porque não temos
As azas dos anjos
Com nosso adereço pesado demais.
Não trago mágoas e não levarei restos de nada.
Fazer versinhos pra ti.
Cantar-te canções de ninar.
Brincadeiras pra te fazer sorrir.
Um sorriso pra me te fazer amar.
É meu teu coração...
Sou Maria que ama,
e que é amada!
E sentir-me-ei
por ti abraçada.
Meu amor, és
meu reflexo..
Já materializei
o teu sussurro
e agora o meu–
teus amplexos.
Sabes que
a mim pertence
todo o teu–
meu coração...
Eis que quero
tomar posse
é você minha
ambição.
És pra mim tudo que almejo
E todo meu o seu desejo...
E bem sei que
para sempre
é tão longe...
tempo demais.
E não penso
e nem creio
na iminência
de um jamais.
Não padece
tanta dor
uma história
de amor...
Sendo esse
meu receio
sendo meu
maior temor.
É de minha vontade,
Aniquilar essa saudade!
Compreenda...
inda me habitas!
Pulsa-me!!!
Adentra meu âmago.
Exalo-te!!!
És meu amanhecer...
e meu dormitar.
Meu desfalecer...
E realentar.
Sol, incandescente!
Viço das manhãs!
Vislumbre da noite!
Inconstante afã!
Gosto d’água ardente!
E agradável odor
d’um amor urgente.
Ó tempo barbárico e ardil...
Clemência! A esse amor febril!
Todavia, amigo
lhe é justo saber,
não posso iludí-lo
melhor lhe dizer:
Vivo de véspera,
de mágoa e de luta.
Minha vida imputa -
e veda-me impor
um lugar,um isntante
a viver esse amor.
Por ora não ouso,
e nem determino.
Sequer ainda
me é dado poder.
Por ora me resta
Refrear e conter,
E enquanto não nos vemos
Vai mantendo-nos...eternos...
A espera mortifica
o viver, meu existir
Me envenena
esse absinto...
é você meu elixir!
E não pense
que consinto
com esse fardo
a me exaurir.
Eis o meu legado:
Enquanto amar
nos é podado
vede bem os teus
– meus olhos
Para assim nós
nos tocarmos.
Neste momento eu te enlaço...
Sinta também o meu abraço.
E aí enfim teremos
tantos ósculos,
tão merecidos.
Outra vez o
nosso tempo!
Mui felizes,
concernidos !
Ver-nos juntos
tal um dia fomos:
mãos laçadas,
mil abraços!!!!
Peles tocadas...
Único passo!
Olhos no olhos
a mirar, reluzente.
Ser e estar...
Eternamente!
eu nunca soube o que o amor até o meu coração bater por ti eu nunca soube o que é viajar até que olhei nos teus eu nunca fui bom aluno a quimica mas me concedeste uma aula com os teus eu nunca acreditei em Deus mas tu me levaste as mais elevadas alturas e me fizeste conheçelo não existem palavras para descrever o quanto eu te amo
Ah! Tua presença sublime,
Pouco menos que sufocante!
Ao lembrar-me de ti tão perto
Suspiro...
E ao suspirar
Te respiro...
Em respirar te aspiro
Numa taça de cristal finíssimo,
E absorvo...
Fulgores dourados de sol...
Flamejantes...
E torno-me gaivota dourada
A alçar vôo alto, mais uma vez
Resvalando no espaço/tempo
Esperando...
Que o tempo passe, depressa!
E a cada dia que me escorre,
Aguardo aquele toque a mais,
Que de mansinho virá me invadir
Com aquela sensibilidade tal,
Que há muito me alcançou.
Até lá, sacio-me com recordações
E a ciência de sua terna existência
Que me é vital, pois só assim suporto,
Por mais um tempinho apenas
Sem padecimento...
Que a esperar tenho
(assim me convenço),
O reencontro iminente
Que sei, ah, sim, eu sei,
Que virá,
Pois não acredito em contos inacabados.
Chuva, eu preciso de ti, mais do que nunca. Pare com essas gracinhas alheias e venha-me acompanhar nesta batalha tão difícil.