Saudade de quem já morreu
Às vezes um vazio me invade e começo a sentir falta de tudo. Nesses momentos sombrios é quando me falta você. ‘TUDO’ se resume em ti.
Palavras ferem e palavras não ditas ferem muito mais. E o interessante nisso, é que ambas possuem o peso do arrependimento.
Me sinto perdido e confuso, e não me refiro à localizações geográficas. Sei onde começo e conheço meus limites, mas ai que está o problema, conhecer faz de você um percepcionista. E no meio de tantos abismos, as portas e os corredores da sua alma tornam-se labirintos inexploráveis.
Quando estamos tristes, um pedaço de nós pode sorrir, mas quando estamos felizes, nunca sabemos como encontrar mais felicidade no rio da alegria.
A vida,
como um acidente de carro
ou uma metáfora inexplicável,
perante a doença ou a cura.
Os sentimentos,
à mercê da perda ou da reconciliação,
do horror de jamais rever alguém
ou diante da felicidade de um abraço.
A dúvida de existir,
como um animal indefeso,
à espreita de um felino,
que voou tarde demais,
e foi amordaçado.
Por que você admira as penas,
se nem mesmo tentou salvar o pobre pássaro?
Não havia mais o que dizer, tem despedidas que só um olhar no olho e um abraço bastam pra mostrar o quanto quem está dizendo adeus é importante.
Me disseram que esquecer alguém era como parar de fumar, a abstinência se ia com o passar do tempo. Me disseram que seria difícil no começo, mas eu ficaria feliz por conseguir superar. Sempre fui fraco para dizer adeus, não me permito estudar as soluções quando me sinto realmente frustrado. Tem sido difícil entender, transgride o desejo de dar um fim, por mais que motivos não faltem, a ideia dos abraços não dados me agridem mais do que a fumaça. O orgulho também é um câncer. É algo que vai além de simples explicações, e trazem uma tonelada de porquês. Você irá me dizer que o ato de não querer já basta, porque nunca sentiu a saudade queimando seu peito até que reste apenas um vazio irretratável, como um eixo que te arrasta com força por memórias que deveriam ter sido esquecidas. Sempre fui burro o bastante para voltar aos vícios de sempre. Todas as vezes que tentei me afastar, me via indiferente. Odiava a ideia de estar tentando provar algo à mim mesmo. Talvez esquecer seja questão de hábito, nos acostumamos com rotinas medíocres, e pessoas que já não nos surpreendem. É algo do ser humano se degradar com o tempo. Dificilmente iremos encontrar alguém que se torne melhor com o passar dos dias. As pessoas apodrecem dentro de si mesmas. Mas, por algum motivo, por mais que sejam pedras no caminho, sabemos que irá doer se as chutarmos pra longe. Buscamos um grão de esperança no inferno. A gente precisa dos obstáculos para ganhar uma melhor percepção. Me disseram que esquecer era como parar de fumar, nunca consegui largar o cigarro, mas deixar as pessoas partirem já me matou mais vezes do que qualquer droga faria.
Esqueça todas as conversas
Apague todas as palavras
Ignore todos os sorrisos
Delete os momentos bons
Descarte a nossa amizade.
Mesmo assim, com tudo isso
jamais tu irás me esquecer.
Sabe por quê?
Porque existe uma verdade
que nada poderá apagar
e ela se chama saudade!
Nem suas mãos, nem seus lábios me tocam mais, mas seu gosto é tão presente que parece que não vou esquecer jamais...
Sempre que alguém que eu amo morre, uma parte de mim vai junto. E ainda que o tempo passe e novos amores surjam, esse pedaço nunca volta, nunca regenera. Ele se vai pra sempre. E é assim que eu vou vivendo. Com meus buracos, com meus remendos, com minhas falhas.
Se o que VC diz não é o que você sente
então não diga .... Pois estou te dando
Mais uma vez o meu coração!!
Sinto pelo seu olhar
Aquele sentimento de fúria
Sinto pela sua presença
Aquela ignorância pura
Sinto em suas palavras
Certo desprezo, sem cura
Me diz, o que foi que eu fiz
Me diz no que foi que eu me tornei
Me diga, como eu faço pra passar...
►Moreninha
Uma morena com belas curvas
Complicada feito raiz quadrada
Mas eu lhe daria a Lua
Espero que deixe eu atracar em sua praia
Se te amo? Não me resta dúvidas
Quero que esse meu sentimento nunca saia
Frases de amor eu tenho múltiplas
Mas quero que você peça para eu falá-las
Se assim for, saciarei suas súplicas
Estou louco para acariciar suas lindas asas
Prometo que minhas palavras não serão únicas
Convidar-te-ei para me visitar em minha casa
Tornarás testemunha e serás tratada como dama.
Como estou? Aqui, mil saudades de ti
Feito um cãozinho, espero você surgir,
Para dizer que fui um bom menino,
Que logo te terei, para meu bel-prazer
Ei? Estou esperando por você.
O que sinto por você, indiazinha, é inexplicável
Seus olhos são de cores formidáveis
E sei que o que meu corpo sente não é por acaso
Por ti estou realmente ligado, de fato
Façamos um acordo, eu lhe dou o céu,
E você me paga com um beijo apaixonado
Ei? Estou esperando você aqui ao meu lado.
Sempre quando te vejo, cresce meu desejo
Sempre me derreto quando sinto seu beijo
Quando você me provoca daquele seu jeito,
Eu sinto como se fosse desmaiar, ah como sabes me amar
Às vezes me emociono, pois pareço não ter nada para lhe dar,
Só possuo meu carinho, meu amor, e se quiser eu vos dou
Às vezes peço-te desculpas por não ser dono do dinheiro, do pote de ouro
Mas me contento em formar, junto a ti, o ninho perfeito
Muitos querem a flor mais bela apenas para exibição,
Porém, em humilde opinião, o mais belo é teu coração,
Pois quando a velhice chegar, ainda irei me apaixonar,
Pois aquele mesmo coração que conheci ainda estará lá.
Você é como a praia mais bela de Noronha
Quem te carregou para o mundo fora uma cegonha
Você é a pessoa com quem a Lua sempre sonha
Com aquele sorriso lindo que sempre me desmonta,
Junto as maravilhosas covinhas nascidas em sua pele sedosa
Sem mencionar sua força de vontade, como Olga
E disse que eu te faço feliz em seus dias de folga
Parece até que seu perfume natural tenta me puxar, feito uma corda
Agradeço-te de coração por ter aceito aquela minha antiga proposta
Já me imagino em nosso próximo encontro
E que a cada ano, irei surrar ao pé de teu ouvido
"Te amo".
Nostalgia e fantasia
Sinto saudades do que passou,
Do que nao deu certo,
Do que vira,
De quem se foi,
De quem nunca veio,
Do que acabou antes da hora,
Do que esta inacabado,
Dos versos que nao escreverei,
Das musicas que nao ouvirei,
Dos livros que nao lerei,
Dos nascentes que nao contemplei,
Da minha infancia perdida,
Dos amigos verdadeiros,
Dos amigos que acreditava serem,
Das ilusoes inocentes,
De quem esta longe, mas tao perto,
Dos sonhos nao realizados,
Da sensaçao prazerosa de uma realização,
Dos sonhos que conquistarei,
Dos momentos nao vividos,
Da minha vida perfeita,
Do que não aconteceu...
Existe sim, dor no amor. Mas não no próprio amor. O verdadeiro amor é intocável. Ele nasce, cresce e, sim, pode acabar. E é justamente nesse momento, que a dor aparece e em vários momentos.
Sentir a dor de se perder um amor é necessário, como tomar água para matar a sede.
Primeiro vem a dor de quando a relação acaba. O desejo acabou para a outra pessoa. Você tem que se acostumar com a ausência dela. Isso é difícil. Entender que os velhos costumes não vão existir mais. Que aquele restaurante que vocês frequentavam juntos ficou no passado. Que as conversas até de madrugada não vão acontecer mais.
Com o tempo, surge outra dor. A dor de perceber que a vida pode ser interessante novamente. Talvez com outro alguém, com novos amigos desse outro alguém, com a nova família desse alguém. Aí dói. Por que estamos acostumados ao amor daquela outra que amamos, que nos foi retribuído e vivido intensamente. E você acha que amor igual a esse nunca mais vai ter na vida. Por que era tão bonito, tão verdadeiro, impecável. Você não quer abrir mão daquilo que já viveu. Mas essa é a justamente a questão: já foi, já viveu.
E na verdade, é só o medo de recomeçar que assusta. Você já não ama aquela pessoa mais, como antes, mas gosta do amor que sentia por ela. Se admira por isso. Se admira por tudo o que viveu.
A última dor é a dor de sentir que esse amor já não está mais dentro de você.
Moça, "eu te avisei" seria um tanto óbvio para você.
Vamos dispersar os clichês da vida, a sua dor já é um deles.
Cá estamos nós de novo, nesse velho dilema entre poesia e solidão.
Eu sempre apareço quando você se esconde, sabemos bem...
Alguém tem que segurar a barra, eu uso as letras, você as lágrimas.
Ninguém precisa saber, vou te desfaçar de pedra outra vez.
Pegarei alguns papeis velhos, apontarei seus lápis antigos, e não se preocupe comigo...
Sobre estar só, eu sei.
-Monólogos com o Eu Lírico
Apesar de tudo o que aconteceu entre nós e do nosso fim inevitável, eu queria lhe agredecer por ter me amado. Obrigada por me dar a mão quando eu me sentia sozinha, fazendo eu me sentir protegida, ou pelas vezes em que você me ouviu desabafar e secou minhas lágrimas. Foram tantos momentos bons e ruins, mas sempre um ao lado do outro, fazendo o possivel para tornar a nossa vida mais feliz. Sinto a sua falta aqui, mas sei que você está melhor agora e esse fato é o que me consola e me faz continuar a vida de cabeça erguida. Seu sorriso vai sempre estar presente em mim e em toda vez que eu encontrar a esperança nos olhos de alguém. Porque independente do tempo que vivemos juntos, as lembranças tem vida eterna quando as cuidamos e eu sempre me lembrarei de você, sempre cuidarei para que você permaneça sempre vivo em meus sonhos. Quando fico com saudades suas, coloco para tocar aquelas músicas que você gostava, aquelas que você me dedicava, e é tão incrível, hoje aquelas músicas fazem tão mais sentido, porque de certa forma, de uma meneira inexplicável te fazem presente, mesmo que de um jeito intocavel. Hoje o vento trouxe o seu perfume e me senti abraçada durante os segundos em que ele bagunçava meu cabelo, e foi a melhor coisa que aconteceu no meu dia. Não importam os anos e nem o caminho que vou tomar na minha vida, você nunca vai deixar de ser especial para mim.
Essa casa é assombrada
Esse guarda-roupa guarda
muito do que não deveria mais existir
Eu da pior forma me protejo,
Finjo que esqueço e me escondo,
Ando sem querer olhar para trás e fujo
Mas às vezes não
Às vezes sinto que superei
Às vezes acho que aprendi a lidar
Abro duas portas do guarda-roupa
Sento-me da beirada da cama
Olho para ela e vejo um horizonte
Resolvi destrancar a terceira gaveta
No fundo um envelope cheio
Sabia que devia viver longe
Um envelope cheio de sentimentos demais
Demais, demais para mim
Sem abrir minha cabeça já transborda lembranças
Vi a antiga foto no quadro decorado azul
Senti um vazio avassalador
Meu peito oco ecoou seu nome e doeu
A caixinha de alianças
Irônico abri-la e ver apenas uma
Deveria simbolizar união e não solidão
Aliança de prata e ouro que não brilha
Na parte de dentro tem gravado você
Igual a mim, igualzinho em mim
Em meio a tantos papéis escritos
Cartas e desenhos bonitos
Declarações e planos esquecidos
Um frasco com sobejos do perfume
Senti o aroma que me arrepia os pelos,
corta alma e me fura os olhos
Minha testa encosta lentamente na divisória das portas
Agora dói muito mais forte o peito
Minhas mãos se fecham e a visão vai ficando turva
Essa é a gaveta que eu por anos ignorei
Esses são os vestígios que eu tanto hesitei
Essas são as lágrimas que eu tanto guardei
Não, eu não sou materialista
Tanto que todas as outras gavetas estão vazias,
só a terceira mesmo que permanece intacta
Jogo tantas coisas fora,
e cada vez mais me impressiono
como as suas vão ficando
Enxugo os olhos e encho o peito de ar
Vou deixar assim cheio para esquecer o vazio
Guardo tudo de volta exatamente como estava
Eu não consigo sempre evitar
São raras às vezes que paro para pensar
Mas quando paro, sinto saudade...
Eu entendi que nunca irá mudar
Não me permita respirar
Não deixe meu peito esvaziar...