Saudade de Filho que Estuda Fora
A saudade dos olhos...
Às vezes, tudo o que a gente precisa é matar a saudade dos olhos. Quando já não cabe mais o toque, o tom, a voz. Quando o corpo ainda quer, as mãos ainda sentem e a boca ainda saliva...mas, ainda assim, a razão diz que não. Quando não há música, fotografia, aquela camisa dele que ficou, a lembrança mais doce dos dias de sol...quando nada disso faz desacelerar o coração que bate incansavelmente ao simples recordar...é nessa hora que os olhos sangram. Sim, porque o coração já sangrou faz tempo. A saudade dos olhos é, acima de tudo, pura, casta. É uma vontade incontrolável de, apenas, ver. Ver de longe, por entre brechas. É, por instantes, sentir de novo. Reviver. A saudade dos olhos talvez seja a saudade da alma, que não precisa de um meio físico pra sanar. Talvez seja apenas energia. Recarga. O que de verdade se sente é um sossegar embriagante. Uma entorpecência eufórica. Os olhos buscam alimento pra alma. A alma parece aquietar-se dentro do corpo. O corpo obedece à razão...mas o coração...ah, esse, involuntariamente, não! Porque o que os olhos veem, o coração, pesarosamente, sente.
Talvez a saudade seja além do que se sente, além do que se vê, além do que se sabe. Cada um com o seu ponto de vista. O meu é: Tem muito mais aí do que só sentir falta.
Não minto para mim, nem para ninguém, a saudade pode bater, mas meu coração de inteligente que é, suporta as necessidades, encobrindo todo aquele sentimento que é puro e verdadeiro, mais que faz mal, ando por ai, talvez eu encontre a resposta para minhas perguntas.
A melancolia é saudade serena em que o sentimento fica escondido e o consciente confuso, procura lembrar.
Tudo aquilo
Tudo que vai deixa um gosto estranho.
Ficam a expectativa,
o desejo
e a saudade do não aconteceu.
Tudo que vai leva muito da gente sem ter deixado muita coisa.
Ou sem ter deixado quase nada.
Ou talvez não tenha deixado nada,
só a saudade do desejo daquilo que poderia ter sido.
Tudo que fica,
fica vazio.
Fica querendo mais o que nunca teve.
Fica querendo mais o que nunca terá.
Fica querendo que o sonho não acabe pela manhã.
A saudade são essas gotas de vontade da alma que se inquietam em nós.
E o tempo é lentamente companheiro amigo-pacato, cúmplice ou carrasco, mas ele é sempre feroz.
Acordei com saudade, de quem eu era quando estava perto de você, e de como você sorria de tudo. E o que restou daquele amor bonito, me vem a cabeça em alguns momentos. Lembro do seu beijo, da sua poesia, seu encanto, olhar, riso, cheiro e sua graça. Sei que o tempo não volta, é até melhor, pois se acontecer um próximo encontro, verás que estou diferente. Enquanto não acontece, vou imaginando, suspirando, levando a vida, com você no coração.
Era uma noite qualquer, mas meu momento era de saudade. Peguei um livro e comecei ler em meu quarto, instantes depois a grande surpresa, meu amado apareceu ... Fiquei sorrindo feito boba, e ele se aproximou, pedindo silêncio, obedeci toda sorridente... E com delicadeza começou a me tocar, deslizava suas mãos em meus cabelos, meu coração acelerava em compasso crescente. Seu semblante era insaciável, seu cheiro exalava pelo quarto, logo puxou meu rosto, passou levemente os dedos em minha boca, já estava louca pra beijá-lo... Olhares fixos, senti sua boca aproximar ... Quando de repente, ouvi um barulho bem longe, depois perto, quando abri os olhos não acreditava, pois tudo parecia tão real ... Maldito despertador, esse sim é inimigo de um sonho bom.
"A saudade que sinto de ti posso até não expressar ás vezes, mais quando estou na sua frente não consigo conter..."
Conflito... Foi-me dado o dever, o entusiasmo, o problema, o desatar do laço. A saudade, o teu abraço, o drama, o meu juízo, o choro, a caminhada, a risada da loucura! Foi-me dada à confiança, a desconfiança, mas a relação... Nossa relação, nossa aliança foi quebrada, o carinho que parece briga, tem briga que aparece pra trazer sorriso, do riso fez-se lágrima, e a incumbência foi-me dada.
Segurei forte a porta, de tão intimado dei resposta, escorria na face a ira, de não ter escrito a lira que me foi imposta. Quando eu caí em desespero, toda a intensidade do pulsar de minhas veias, as insanidades de hoje, de ontem... Se meus sentimentos outrora, é que sou humano e insensato, por vezes incapaz de distinguir o que me corrompe.
(Pausa do leitor)
Mas... Uma voz doce, uma força, convidou-me a nascer. No princípio de uma noite, e devaneando entre a vida o deleite!
Daí... Fui dar-me com o outro, aquele outro lado da vida, onde o ponto do tecido é aberto, e mantém submerso o que é puro, desfrutar... o que é novo, o nosso reencontro, o rosto que vi a tanto tempo naqueles conflitos, era desconhecidos.
O suor que escorreu em meus braços, entregou e entreguei-me ao amor, ao nosso amor que já não para, sinto esse sentimento só crescer, é o que há de mais belo, a sensação de por vezes retornar o que há de mais prazeroso, nem os lençóis, nem os ventos, nem os abraços, nem as nossas brigas, nem o pêndulo do nosso relacionamento, não são sempre perfeitos, como eu e você...
Mas o nosso coração nos diz que o nosso sentimento é mais puro é singelo, que fomos feito um para o outro, és minha vida, és o meu grande amor!