Saudade da Minha Terra
Santo Tirso
Ó Cidade Melancólica...
Oh, terra minha,
porque brilhas tão alto?
No Outono, grávida d'esperanças,
pareces perdida no tempo!
Oh! Se tu soubesses
o quanto me encantas desde criança!
Oh, Vila sonhadora... onde outrora
se dançava no parque!
Saudades...
-- josecerejeirafontes
Ás vezes sinto saudade de mim
do tempo que se rumo eu ia atrás do sol, da alegria...
do tempo que sempre chegava sem alcançar o lugar onde ia...
do tempo que queria ser moça, ser mulher...
do tempo que imaginava como seria
deixar de ser só filha e ser mãe
e nem namorado teria...´
do tempo que só ria...ria
da peruca do homem que ao vento fugia,
da senhora gorda que em suas roupas mal cabia,
do banguela, da tagarela,
da moça na janela, da flor amarela,
do burburinho, do vai e vem....
do apito do trem e de mim também.
se fazia sol ou se chovia ria...
Só ria...
da criança que em mim existia,
Hoje me vejo sombria, só existe monotonia...
acho beleza em tudo.
Mas, com tanta seriedade...
meu riso ficou mudo.
(ECBT)
tudo de hoje já é quase lembranças que serão amanhã
tinha prometido não mais sentir saudades de você, mas o amanhã sempre vem quando te vejo.
Vem assim, às vezes menos pesado, outras mais,
nem avisa; apenas vai chegando. vem sempre carregado
de noites com cheiro de flores que me lembram você; como resistir?
o tempo, prometido nos abraços rápidos, das várias despedidas,, nunca foi suficiente para suprir os desejos tímidos de ter pedido para ficar.
Se entregar para a saudade, deitar a alma num cantinho
dessa caminhada e espreitar a vida pela janela com cortinas brancas, /i
às vezes, quando você menos espera,
elas fogem pelas lágrimas.
são as saudades segregadas que nunca se foram.
saudades injustas, solitárias.
bastaria, talvez, um abraços de adeus, para ter um fim, para que se fossem para sempre.Ivo Terra Mattos
O trenzinho:
lá vai ele.
cheio de notícias boas, quem sabe
cheio de saudades, quase sempre
devagar...assim, na velocidade dos abraços saudosos...
contornando as curvas das lágrimas, brincando de esconde esconde nos túneis dos sonhos, demorando pra chegar
Ah, saudade! quantas vezes já lhe disse que hoje não era uma bom dia para você me visitar? volte outro dia. /i
amores marcados, que fingem apagados
amores impossíveis de esquecimentos
ah, essas saudades de você !
saudades segredadas nos abraços furtivos
dos amantes eternos. (I
Nova Fátima.
Entre as saudades que carrego comigo,
Minha cidadezinha do interior,
Me lembro de cada detalhe,
Com a incandescente luz que me queima,
Ela agora me faz lembrar,
Norte do Paraná,
Pequenino município,
Seus vizinhos,
Ribeirão do Pinhal e Cornélio Procópio,
Alguns vilarejos,
Patrimônios e seus encantos,
O perigoso Rio Laranjinha,
Verdes campos e infinitas lavouras,
Céus aberto do meu Sertão!
A poesia ganha um sentido,
Jogo a flecha e acerto no alvo,
Avenida Central,
Seu nome e o décimo quarto dia do mês do Natal,
Paraíso colossal,
Como será que está agora?
Faz tanto tempo que fui embora,
E não tive o prazer de voltar,
Ah se eu tivesse asas,
Percorria cada quadra daquele pedaço de chão,
Ainda levantava a bandeira,
Só para aliviar os minha inspiração,
Tempo forjado,
Colírios para os meus olhos,
Doce canto que eu nasci,
Menino adolescente,
Sem estribeiras e muito carente,
Deixei aquela região,
E ainda hoje me lembrei de tudo,
Ao contemplar,
Finalizo esses versos,
Com feridas até no coração.....
Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Sinto que a terra girou ao meu redor
Sinto que estamos mais longe da razão
Sinto uma saudade do que não me aconteceu
Sinto os teus instintos tão fortes quanto os meus
OUTRA RUA
Onde estou? Está rua me é lembrança
E das calçadas o olhar eu desconheço
Tudo outro modo em outra mudança
Senti-la, saudoso, no igualar esmoreço
Uma casa aqui houve, não me esqueço
Outra lá, acolá, recordação sem herança
Está tudo mudado do tempo de criança
Passa, é passado, estou velho, confesso
Estória de vizinhança aqui vi florescente
Pique, bola: - a meninada no entardecer
Hoje decadente, e conheço pouca gente
Engano? essa não era, pouco posso crer
Ela que estranho! Se é ela ainda presente
Nos rascunhos, e na poesia do meu viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 - Cerrado goiano
Terra Natal
Nasci e cresci em Itamarajú
Terra do Cacau e do cajú
Oh ! saudades da infãncia
Da família e dos amigos
Abençoada tu fostes
Não há seca nem fome
Muitos rios e peixes
Sua flora rica e abundante
Um povo receptivo e alegre
Faço parte dessa gente
Oh! Terra amada
Aguarde minha visita
Que breve farei
Matareis a saudade
Bahia te amo !!
Saudades da Terra Natal
No lombo cansado do vento errante,
Segue o violeiro, eterno viajante.
Nos dedos a mágoa, na alma o trovão,
O violão chora em triste canção.
As cordas sussurram memórias antigas,
Das tardes douradas e vozes amigas.
Da praça pequena, do rio ao luar,
E do cheiro da terra ao sol descansar.
Estradas compridas em poeira e nada,
Levando distante a saudade calada.
Mas o som do violão insiste em dizer:
“Volta, violeiro, ao teu renascer.”
A lua que brilha no céu do sertão
Não é como aquela da sua canção.
O frio da noite, o calor do sonhar,
Tudo conspira pra o peito apertar.
E assim ele segue, sozinho a tocar,
Com a alma perdida, tentando encontrar
No eco da música, na brisa que vem,
Um pouco da terra que o faz refém.
Ó doce morada, que o tempo guardou,
Espera teu filho, que nunca te olvidou.
Pois na melodia que o vento conduz,
A saudade é a chama que ao lar o reluz.
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça!Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
Ah, a distância, porque tão cruel?
Entre o céu e a terra, as gerações, o tempo, uma cidade ou país a distância entre aqueles que se importam é sinônimo de castigo, pois ao lado dela está o pior dos sentimentos, a saudades.
Palavra essa que não tem tradução mas seu significado é tão doloroso que todos que estão distantes a conhece tão de perto.
Nessa terra toca o som do meu amor
Meu coração bate no ritmo do Olodum no pelo
E só de lembrar vem a saudade
dessa linda cidade
São Salvador
Meu orgulho se aflora no instante em que posso dizer, sou baiano com amor!
Partir... chorar e sofrer...
Chora a nossa alma perdida no tempo
Sofre o nosso corpo de dor e lamento
Partes-me o coração de pranto e sofrimento
O sino da aldeia toca tão lento.. "soa"
Como um homem que carrega o peso da sua dor
Ignorado que sangra apodrecido "toca o sino lento"
Donde sai a dor do nosso lamento .!!
A tristeza chegou quando você partiu. Agora foi embora, deu lugar para a saudade. Pra sempre será meu amor eterno, minha rainha, diamante que Nosso Senhor lapidou, na Terra mandou,um dia recolheu, para no céu cantar glória e louvor...
Oh! que saudades da minha terra,
Marliéria, cidadezinha do interior,
Dentre montanhas e muita serra,
Pedaço de Minas de grande valor.
Onde têm grandes matas e lagoas,
Onde quem conhece não esquece jamais,
Onde a gente olha a natureza numa boa,
Neste pedaço de chão das Minas Gerais.
Olhando os montes deste lugar,
E observando com jeitinho o parque florestal,
Onde os lobos uivam ao doce luar,
Ao coração chega um romantismo magistral.
À noite é maior o brilho das estrelas,
A lua chega de forma majestosa,
o canto da coruja encanta a natureza,
E aí vem o amanhã de forma valorosa.
Não sei como ainda hoje está
A escola padre João Borges Quintão,
Onde conheci o primeiro baba,
Escrever e ler a primeira lição.
Na escola secundária Liberato de Castro,
Na adolescência aprendi de certa maneira,
Hastear olhando firme no mastro,
Cantando hino nacional e o hino da bandeira.
É nesta cidade do interior,
Marliéria, dentre vales e colinas,
Onde nasci, cresci e aprendi dar valor,
À vida, ao amor a esta parte de Minas.