Saudade da Filha
Voar
Eu tinha asas, podia voar.
Eu tinha voz, podia cantar.
Um dia você se foi e levou minhas asas.
Eu perdi minha liberdade.
Já não podia mais cantar,
Já não podia mais voar.
Meu mundo escureceu sem você
O tempo passava,
Mas eu parada estava.
Eu não sabia o por quê,
Mas meu tempo não passava sem você.
Com o tempo me vi presa na escuridão,
Eu só queria poder segurar sua mão.
Sem você eu não tinha nada,
Não sentia nada,
Não via nada.
Com o tempo eu não me via mais sem você.
Sinto falta de ter alguém lá fora. Alguém que valha a pena olhar. Um quebra-cabeça a desvendar. Você.
Talvez hoje você seja a pessoa que o outro não escolheu. Pode parecer grande, dolorido, insuperável, mas é só uma situação transitória na qual todos nós podemos passar.
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Essa circunstância não é a sua identidade, ela não determina o seu valor e nem te fará cócegas daqui a alguns anos.
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Não dá pra saber ao certo o motivo pelo qual hoje você está passando por isso, mas certamente em algum momento você vai entender.
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É claro que vai machucar por um tempo. Você vai tentar atropelar os sentimentos, negar o que aconteceu, querer que o outro se arrependa.
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Mas depois vai entender que essas situações só te fazem olhar mais para você.
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Não importa quem não te tenha como primeira opção, no final das contas, você já foi escolhido para brilhar antes mesmo de nascer. E isso, somente isso, será o suficiente.
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Ai, quanto desespero dentro do meu peito por estar sem você. A agonia dentro de minha alma dá a sensação de que vou morrer por dentro até que você volte para mim.
Querida, acordei com saudade de você meu bem. Não quis acordá-la, porque quando estava dormindo pude presenciar a beleza do seu sono. Como você é linda! Pude perceber até seus cabelos descansavam sorrindo pra mim e nesse contentamento aproveitei acertando com meus dedos a sua franja, beijei sua testa e fui trabalhar. À noite quero voar com você e nesse voo sentiremos novamente o céu.
Minha mãe, sempre me perguntava:
Filha, você está bem?
Que saudade minha mãe, hoje eu digo com a mais profunda dor.. estou em luto pelo seu amor.
►Queridas Minhas
Minha querida Carolina
Hoje acordei pensando em você, fiquei tão feliz
Hoje senti que viveria um dia maravilhoso
Querida Carolina, já está se aproximando o ano novo
Comecei a pensar se nós nos veremos de novo,
Ou se a verei apenas em meus sonhos à noite.
Minha querida Ana Vitória
Hoje eu escrevo um pouco mais sobre a nossa história
Ana minha, minha vida, já estou ficando sem palavras
Estou caçando, no dicionário, mais apelidos para a minha amada.
Minha querida Rosângela
Escrevo em segundos nossas doces semanas
Como um garoto miúdo, lembro-me de suas lindas tranças
Ah, Rosângela, quem me dera chamá-la em dança
Quem me dera vê-la se requebrar ao samba
Oh, Rosângela.
Minha querida Amélia
Neste pedacinho rasurado escrevo que és a mais bela
Aquela, que em meus sonhos me congela
Sempre serás ela, amada donzela, estou enamorado
Minha timidez me deixa todo desconcertado
Mas, escute, Amélia, por ti, somente para ti
Estou apaixonado.
►Queridas Minhas
Minha querida Carolina
Hoje acordei pensando em você, fiquei tão feliz
Hoje senti que viveria um dia maravilhoso
Querida Carolina, já está se aproximando o ano novo
Comecei a pensar se nós nos veremos de novo,
Ou se a verei apenas em meus sonhos à noite.
Minha querida Ana Vitória
Hoje eu escrevo um pouco mais sobre a nossa história
Ana minha, minha vida, já estou ficando sem palavras
Estou caçando, no dicionário, mais apelidos para a minha amada.
Minha querida Rosângela
Escrevo em segundos nossas doces semanas
Como um garoto miúdo, lembro-me de suas lindas tranças
Ah, Rosângela, quem me dera chamá-la em dança
Quem me dera vê-la se requebrar ao samba
Oh, Rosângela.
Minha querida Amélia
Neste pedacinho rasurado escrevo que és a mais bela
Aquela, que em meus sonhos me congela
Sempre serás ela, amada donzela, estou enamorado
Minha timidez me deixa todo desconcertado
Mas, escute, Amélia, por ti, somente para ti
Estou apaixonado.
"" Quando descer a pátina da saudade,
Em revoada ao vento
Todo intento,
Será verdade.
nessa estrada que me leva
Ao encontro da sorte e da gloria
Traduzindo meu grito
Em liberdade e memória.
Ainda que um dia
Em cinzas se faça minha historia...""
Matando a saudade
Eu já matei a saudade
Milhares de vezes
Tantas foram às vezes
Que já me sinto um assassino
Mais ela sempre teima em volta
Sempre se aproveitando da sua ausência
Basta um breve momento
E já esta ela a me rodear
Como um predador
Em busca de sua presa
Por isso me desculpe
Pelas vezes que te ligue
Sem quase nada a falar
Era a saudade que eu estava a matar.
Hoje trago flores
Um jardim
De amor
De felicidade
Para tentar conter
A saudade
Das amizades queridas
Para encher nosso dia
De perfumada alegria
Para encher nossos olhos
De beleza
Para encher nossa vida
De Deus
Com beijos na alma divina!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Sampa... que saudade da
"minha infancia querida que os anos não trazem mais..."
Rememoremos, pois, neste 464º aniversário...
Ósculos e amplexos,
Marcial
UM RETRATO DE SÃO PAULO
Marcial Salaverry
São Paulo sempre teve espírito pioneiro.
Foi daqui que sairam as Entradas e as Bandeiras,
que desbravaram o território brasileiro...
Os grandes acontecimentos, sempre tiveram
São Paulo à testa,
e isso a História o atesta.
Bandeirantes, entradistas,
e também líderes abolicionistas,
foram eminentes paulistas...
Em São Paulo sempre tramou-se a independência,
e tiveram paciência,
para esperar a hora certa...
Entre Santos e São Paulo, D. Pedro recebeu o recado fatal,
e proclamou a independência, afinal...
assim conta a História,
e São Paulo detém esta glória,
de ter sido aqui finalmente proclamada
a Independência tão sonhada...
Marcial Salaverry
(Êste poema foi escrito para o Dia da Independência, 7 de Setembro de 1952, pelo aluno do Grupo Escolar Arthur Guimarães, Marcial Armando Salaverry, aluno da Profª Rosina Pastore, encontrado entre algumas relíquias do passado...)
A VELHA SAMPA... AQUELA SÃO PAULO DA GAROA
Marcial Salaverry
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil. Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida... Tempo das serenatas... Aqueles rapazes pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas. Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém, muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados malfeitores. Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje. Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”. Sem qualquer tipo de violencia...
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Em costume da época, vizinhos reuniam-se à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão... Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “barões do café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados. O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”... Isso sem falar nas salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa. Na esquina com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer de um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim... os Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga... Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade? “São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Rememorando, ainda é possível pensar em ter UM LINDO DIA, como aqueles outrora vividos, e que jamais serão esquecidos...
Saudade da querida literatura que ficou arquivada nos armários das bibliotecas que hoje permanecem carentes do calor humano.
Saudade é parte da doce sensação que perdura quando uma pessoa querida respira num outro espaço tempo. Alívio é tudo que há às categorias menos que inócuas.
Sem sua presença tão querida, ficou somente a saudade. Fui eu que não entendi a real. Não há como explicar a razão.
"Ai que saudade que tenho, da aurora da minha vida, da minha infancia querida..."
Para jamais ter essa saudade, basta não esquecer, e nem deletar aquela criança que sempre fica em nossa alma...
Osculos e amplexos,
Marcial
JAMAIS DEVEREMOS DELETAR NOSSA INFANCIA
Marcial Salaverry
Certamente jamais deveremos nos esquecer de que a sabedoria milenar dos chineses é algo que não se pode discutir. Sempre encontramos mensagens que nos foram legadas por eles, que, apesar de escritas há muitos séculos, ainda conservam uma atualidade impressionante. Como esta, que me foi repassada por meu amigo L’Inconnu:
"O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância."
Esta é uma grande verdade, pois o que realmente estraga a vida de muita gente, é esquecer totalmente que um dia foi uma criança livre de preconceitos, inibições, sem se preocupar com a famosa frase: "não faz assim, não fica bem, você não é mais criança"...
Geralmente a adolescência é uma das piores fases da vida, porque ainda não deixamos de ser criança, mas já queremos parecer adulto, desejando todas as prerrogativas da vida adulta, sem contudo assimilar que com essas prerrogativas vem uma série de responsabilidades, que só a vivência fará com que sejam bem compreendidas.
Tentando ser adultos, esquecem-se de que ainda são crianças, e daí nasce toda uma revolta, transformando a maioria dos adolescentes em rebeldes sem causa. É muito fácil desejar todas as regalias de um adulto, sem ter que fazer nada para isso. Apenas receber de “mão beijada” os direitos dos quais se julgam merecedores, esquecendo dos reais valores da vida, já que direitos e méritos devem ser conquistados por esforço próprio. Assim terão valor.
Uma coisa é certa, crianças fomos, e crianças sempre seremos.
A única diferença é que, quando somos fisicamente crianças, agimos com naturalidade sem aquela preocupação do "fica ou não fica bem". Quer coisa mais linda e espontânea do que o sorriso de uma criança feliz ? Não é aquele sorriso estereotipado como, por exemplo, o sorriso que temos que dar quando o chefe conta aquela piada velha e besta que sempre contou, assim como em diversas outras passagens de nossa vida, quando temos que "trair" nossa alma, fazendo certas coisas que não queremos, mas que "precisamos" fazer. As crianças somente sorriem, quando estão com vontade. Assim, quando são forçadas a agir contra sua natureza, quando os adultos querem que “cresçam depressa”, isso vai provocando danos em sua personalidade futura, formando aquele adulto cheio de traumas e preconceitos.
Contudo, uma coisa é certa, as crianças não sabem ainda observar os limites, aquela velha máxima, "de que seu direito termina onde começa o meu, e vice-versa". Isto sim, é algo que tem de lhes ser ensinado, para que não sejam aquelas detestáveis crianças birrentas e cheias de vontades e exigências, que quando chegam perto de nós, somos obrigados a avisar: se morder, eu chuto...
Os limites sempre devem ser mostrados às crianças, para que elas saibam até onde podem chegar sem serem inconvenientes. Crianças mimadas ou super protegidas também transformam-se em adultos problemáticos.
Assim sendo, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, não devemos adotar nem a disciplina militar, nem a liberalidade excessiva. A medida certa é a liberdade vigiada, o meio termo ideal, para que não percam a espontaneidade natural, nem se transformem naquelas crianças chatas e impertinentes que se acham com todos os direitos do mundo, sem nenhuma obrigação.
Mas isto é uma outra história, que fica para uma outra vez...
Do que estávamos falando mesmo? Ah!!! do quanto é bom conservarmos, com a sabedoria da idade, o espírito infantil de alegria e descontração. Realmente, dosando-se adequadamente as coisas, tornamos nossa vida muito agradável e gostosa de ser vivida, e ainda sobra tempo e disposição para transmitir um pouco dessa alegria aos que estão à nossa volta.
Conservar algo da infância, não tenham dúvidas, faz muito bem para o espírito, prolonga a vida, já que essa alegria e vontade de viver, faz com que vivamos até morrer, e nisso podem acreditar.
Dessa maneira, sempre poderemos fazer de cada dia, UM LINDO DIA...
MEUS DEZOITOS ANOS - João Nunes Ventura-04/2020
Saudade da minha terra querida
Dos meus amores de minha vida
E do luar das noites dos sonhos,
Minha terra amável e idolatrada
Sol desenhando manhã dourada
Onde deixei meus dezoitos anos.