Saudade
4 da tarde senti saudade de ouvir
você pedir pra eu ir comprar o pão
e ao chegar ver você passar o café
Senti saudade de ficar em pé ao lado do batente da porta da cozinha
e ver você arrumar a mesa para nos servir
Depois se sentar e esticar o braço pra me convidar a te acompanhar
Senti saudade de nessa hora te puxar e te beijar
Dizer o quanto é importante para mim te ter assim
Depois ver você sorrir e em seguida me abraçar
Então volta
Eu sinto tanto a sua falta
Eu vou à padaria se você trouxer sua alegria
Olhei uma foto minha e senti saudade do meu tempo de ingenuidade, saudade do tempo que eu acreditava cegamente nas pessoas!
Vou dormir mais uma vez embriagado...
Embriagado de cerveja e saudade
Embriagado de tristeza e vontade, do teu beijo
SAUDADE:
O que me faz lembrar do passado, mesmo sem eu querer, o que me faz sofrer mais um pouco, mesmo sem eu saber...
Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’.
Serenidade
Quero o riso sem a máscara melancólica
da saudade.
Quero a remissão dos pecados do coração
E não abraçar solidões medonhas...
Quero um olhar sem mágoas ante
um céu límpido desenhado pela esperança.
Quero a reverencia ao alvorecer que trará
De volta os sonhos deixados em algum
Lugar longínquo dos anseios mais inocentes...
Quero a serenidade da fé que põe força no viver
E o acalento das flores perfumando prados
Sem fim...
Quero o amor impregnado nas vestes da
Da alma como carícia eterna de uma
Doce Paz... Ah... Eu quero!...
” Quem não procura é porque não sente falta
Não não, é que a saudade é grande, mas o orgulho é bem maior. ”
“Mas, se antes meu coração ardeu e se assustou de pecados, agora ele chora de saudade, de covardia e de aceitação. Ele está puro, e nem por isso tranqüilo.”
- Tati Bernardi.
Sinto muita saudade, mas tem uma coisa dentro de mim me dizendo que o meu caminho é exatamente este, e que não posso nem devo tentar modificá-lo.
Garota, sabe, tenho uma saudade do cheiro da sua pele, tanta, que às vezes me dá uma vontade ridícula de chorar. Não só pelas vezes que minha memória olfática retroativa seu perfume de talco e amêndoas. Mas porque me vem uma certeza que eu ainda tinha mais pra amar, muita coisa pra admirar, outros pontos epidérmicos pra jamais esquecer. Você tinha alguma coisa, um segredo, uma receita que as outras não têm, não sei.
Ah, lembrança da infância, pois mesmo que o tempo passe, ela nunca apaga...
É tanta saudade que nunca acaba.
Andança
Vim tanta areia andei
Da lua cheia eu sei
Uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim
Vestido de cetim
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa
A se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar
Cantando eu vim
Vou não faça tréguas
Sou mesmo assim
Já me fiz a guerra
Por não saber
Que esta terra encerra
Meu bem querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina
Onde vou chegar
Rodei de roda andei
Dança da moda eu sei
Cansei de se sozinha
Verso encantado usei
Meu namorado é rei
Nas lendas do caminho
Onde andei
No passo da estrada
Só faço andar
Tenho o meu amado a me acompanhar
Vim de longe léguas
Meu olhar de festa se fez feliz
Lembrando a seresta que um dia eu fiz
Contracanto:
Me leva amor
Amor
Me leva amor
Por onde for quero ser seu par