Saudade
AUSENCIA...
Saudade,
Como folhas verdes
Ao vento,
Balança a estrutura
Do meu peito,
Grito,
Repito,
Com o suor cobrindo
O meu rosto,
33º à sombra,
Que amo com todo o amor,
Mesmo na saudade,
Você,
Meu amor!
A noite fria cai sobre a cidade.
Chove lá fora e aqui dentro.
Chove saudade e me afoga.
Só me resta saber por onde seu calor escapou.
Nostalgia...
Mas não de saudade
Não de dor
Mas de ver o quanto a vida é cíclica e o quanto mudamos...
Mudamos os planos
Os sonhos
As aspirações
Mudamos de profissão
Mudamos os amores
Por fim mudamos nós!
A saudade doí tanto que eu não sai da cama hoje. É um daqueles longos dias nublados, sem energia solar o suficiente para recarregar o coração com luz.
Hoje não sonhei com você, não tive notícias suas, não senti sua presença.
Não me inspirei na sua estrela guia a me iluminar esses dias, apenas pensei comigo mesma, por onde andará esse sol, que não nasceu com o novo dia a clarear meus sentimentos tão adormecidos.
Foi quando decidi voltar a dormir e desde então não tive coragem de me levantar, talvez para tentar te encontrar nos sonhos ou evitar de acordar sem te ver no azul do céu outra vez.
Mas realmente é um daqueles dias melancólicos, em que meu peito transborda pelos olhos, ao som da tempestade que chove a ausência de você.
É que a gente respira saudade....e de repente um suspiro me lembra você, um final de noite não deixa esquecer dos momentos que começaram e não tivemos tempo de contar o fim, e o final nunca existiu para aqueles que surgiram da saudade.
me perco em detalhes
percebo que à saudade
já não é igual a sua ausência
e que o meu amor so perde
para os minutos . .
pois aumenta com meu desejo
que jamais deixei de ter por você.
Respondido e Explicado
E essa saudade exagerada,
Fora do comum.
De onde vem?
Se souber me explica!
Estou aqui perturbada,
pois sua presença me convém!
É, vou te dar essa dica,
Sem cobrar nada,
Se quer, um vintém!
Mas vê se não complica,
Tu estás apaixonada;
E ele...
Também!
Sabe o que é uma dor
De doer no íntimo d’ alma?...
(Saudade que é).
De matar o coração e a vida luar
Lamentos dentro de uma solidão
Murmurando um nome amado...
*
(Cida Luz)
Aqueça-me a alma, por favor...
O frio da saudade fez estragos
Em meus sentimentos
quando A tua ausência
soluçou dor no peito...
Aqueça-me em teu calor amante,
Onde a minha Fé se faz viva
E, aos Teus pés, humildemente,
Ofereço o meu inteiro amor...
*
(Cida Luz)
disfarço-me da saudade, é ácido que corrói e mata, é tequila com limão e sal, no final tem sempre um gosto amargo...
Sampa... que saudade da
"minha infancia querida que os anos não trazem mais..."
Rememoremos, pois, neste 464º aniversário...
Ósculos e amplexos,
Marcial
UM RETRATO DE SÃO PAULO
Marcial Salaverry
São Paulo sempre teve espírito pioneiro.
Foi daqui que sairam as Entradas e as Bandeiras,
que desbravaram o território brasileiro...
Os grandes acontecimentos, sempre tiveram
São Paulo à testa,
e isso a História o atesta.
Bandeirantes, entradistas,
e também líderes abolicionistas,
foram eminentes paulistas...
Em São Paulo sempre tramou-se a independência,
e tiveram paciência,
para esperar a hora certa...
Entre Santos e São Paulo, D. Pedro recebeu o recado fatal,
e proclamou a independência, afinal...
assim conta a História,
e São Paulo detém esta glória,
de ter sido aqui finalmente proclamada
a Independência tão sonhada...
Marcial Salaverry
(Êste poema foi escrito para o Dia da Independência, 7 de Setembro de 1952, pelo aluno do Grupo Escolar Arthur Guimarães, Marcial Armando Salaverry, aluno da Profª Rosina Pastore, encontrado entre algumas relíquias do passado...)
A VELHA SAMPA... AQUELA SÃO PAULO DA GAROA
Marcial Salaverry
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil. Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida... Tempo das serenatas... Aqueles rapazes pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas. Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém, muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados malfeitores. Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje. Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”. Sem qualquer tipo de violencia...
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Em costume da época, vizinhos reuniam-se à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão... Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “barões do café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados. O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”... Isso sem falar nas salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa. Na esquina com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer de um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim... os Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga... Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade? “São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Rememorando, ainda é possível pensar em ter UM LINDO DIA, como aqueles outrora vividos, e que jamais serão esquecidos...
Quando a saudade vem, me lembro do teu abraço,dos seus beijos , dos momentos inesquecíveis.
Cada vez que eu falo com você, que eu penso em você, que eu te vejo, meu coração bate mais forte.
Eu não sabia que amar alguém poderia me fazer sofrer assim, eu não sabia que saudade doía tanto!
Mas apesar de tudo, sei que pra gente ficar juntos não vai ser fácil.
Eu amo você com todas as minhas forças, e acredite que onde quer que esteja, vou guardá-lo sempre no meu coração!
Pois o meu amor é sincero e verdadeiro, e durará enquanto meu coração bater com vida.
Eu amo mais meu Shrek Ridículo
"As lágrimas que caem do meu rosto hoje são amargas, completamente de pura saudade, comparada as que um dia caíram de felicidade por estar ao lado dela,e ainda pretendem cair de novo".