Frases de José Saramago

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É assim a vida, vai dando com uma mão até que chega o dia em que tira tudo com a outra.

Quero estar onde minha sombra estiver, se lá é que estiverem os teus olhos.

A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem.

José Saramago
SARAMAGO, J. As intermitências da morte São Paulo: Companhia das Letras, 2005

O que cada um de nós deve fazer em primeiro lugar, pois não temos outro remédio, é respeitar as nossas próprias convicções, não calar, seja onde for, seja como for, conscientes de que isso não muda nada, mas que ao fazê-lo, pelo menos temos a certeza de que não estamos a mudar.

(...) Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos... ossos dela. (...) Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste.

Quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou quando nela estiver.

As pessoas se transformam em máquinas de fazer de dinheiro ou que tentam fazer dinheiro.

Com pesos dúvidos me sujeito à balança até hoje recusada de saber o que mais vale:
Se julgar, assistir ou ser julgado.
Ponho no prato raso quanto sou.

É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido.

Num matrimônio há três pessoas: o homem, a mulher e a terceira pessoa formada pelos dois.

“Cada um de nós vê o mundo com os olhos que tem, e os olhos vêem o que querem, os olhos fazem a diversidade do mundo e fabricam as maravilhas, ainda que sejam de pedra, e altas proas, ainda que sejam de ilusão.”

Existem duas superpotências no Mundo, uma é os E.U.A, outra, és tu...

Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar.

Saberemos cada vez menos o que é um ser humano

“Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”

Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até ao grunhido.

A alegoria chega quando descrever a realidade já não nos serve.

A virtude, quem o ignorará ainda, sempre encontra escolhos no duríssimo caminho da perfeição, mas o pecado e o vício são tão favorecidos da fortuna que foi ela chegar e abrirem-se-lhe as portas do elevador.

Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu.

Não me peçam razões, que não as tenho,
(...) bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.