Frases de José Saramago

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A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada.

Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.

Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui.

Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo.

Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos.
Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça.
Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum.

Se eu estiver a ser sincero hoje, que importa que tenha de arrepender-me amanhã?

Se não disseres nada compreenderei melhor [...], há ocasiões em que as palavras não servem de nada.

A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.

A vida, esta vida que inapelavelmente, pétala a pétala,
vai desfolhando o tempo, parece, nestes meus dias,
ter parado no bem-me-quer …

Os lugares-comuns, as frases feitas, os bordões, os narizes-de-cera, as sentenças de almanaque, os rifões e provérbios, tudo pode aparecer como novidade, a questão está só em saber manejar adequadamente as palavras que estejam antes e depois.

O silêncio ainda é o melhor aplauso.

O problema não é um Deus que não existe, mas a religião que O proclama!

Porque os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer.

O caos é uma ordem por decifrar.

Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida...

- Responsabilidade de quê?
- A responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam.

O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender nossa relação com os outros.

Quem acredita levianamente tem um coração leviano.

Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra.

Não nos vemos se não nos saímos de nós.