Sapatos
“Há quem não tenha sapatos e viva com os pés no chão, há quem não tenha casa e viva vendo as estrelas, há quem não tenha carro e viva sempre viajando, há quem não tenha celular e viva conectado, há quem não tenha comida e viva se alimentando de sonhos e fé."
Meus sapatos não mostram o quanto caminhei descalço.
Minhas bolsas não mostram minhas lembranças.
Minhas roupas não mostram o quanto já fui invisível.
Muitos não tem a menor ideia de como lidar com seus problemas;por isso,acabam por seguir o caminho mais difícil para resolvê-los e poucas são aquelas que, de fato, tiram proveito de suas experiencias.Veja, que os problemas podem ser bençãos disfarçadas.
Salto alto, bico fino, seriedade.
Ela pode de verdade.
Salto baixo, seriedade disfarçada, insinua conforto.
Ela está na ativa, mas não quer confronto.
Sandália alta, pele a mostra, frescor.
Mistura de menina, sensualidade e cor.
Sandália baixa como quem não quer nada,
Rasteira e presente, a feminilidade calada.
Prontidão para qualquer situação.
Botas com salto ou sem salto, cano baixo ou alto.
Tênis também se encaixa, relaxa.
Não importa cor ou marca, ela é despojada.
Há aqueles que não entendem,
Quantos pés cabem em uma mulher.
Chinelos, pantufas, descalças.
São pés e mulheres que não acabam mais.
Quantas mulheres cabem em um par de pés, quantas uma pode ser.
Em seus sapatos elas podem aparecer.
Patricia Volpe
" Sonhamos com o romantismo, mas gostamos mesmo é de uma boa sacanagem. Felicidade, acho que é a mistura dos dois...
Meu desencontro
Meu desencontro.
Bebo a/à indiferença do mundo.
Crio pontes... Em repentes...
Essa linearidade da vida que roda sobre esferas.
Faço-me fera.
Faço-me alguns eus...
Sofrem alguns...
Centro-me.
No centro me desconcentro... me desencontro.
Difícil encontrar-se num encontro.
Sigo os semiapagados rastros...
Concêntrico... Homocêntrico...
Estou exausta...
E com os sapatos gastos.
"O relacionamento de uma mãe com o seu bebê, só as FRALDAS explicam".
"A princesinha vestiu o vestido da mãe, trazendo:
- nos pés, sapatos de salto alto,
e
- nas mãos, inúteis sutiãs"
Não. Eu não aprendi a ser mocinha, gostar de rosa e passar batom. Não cresci aprendendo a gostar de maquiagem, moda e nem sapatos. Não fui criada pra ser doce, mulherzinha mesmo e nem frágil. Nunca fui incentivada a ser menina a ser mulher de verdade. Nunca fui de arrumar os cabelos, brincar de ser princesa, ter paciência pra viver em salão de beleza. Nunca aprendi a ser uma menina normal. O que fazem as meninas normais? Nunca consegui ser uma menina normal. Meninas normais gostam de rosa, de laços, de fitas, de bonecas, de maquiagem, de cabelo arrumadinho, de sapatos. Meninas normais são sensíveis, delicadas, femininas. Nunca me vi assim. Não aprendi a ser assim. Meninas normais namoram, ficam noivas, casam, constroem famílias, cuidam dos seus. Meninas normais vivem vidas normais. Meninas normais fazem coisas de meninas normais. Meninas normais aprendem desde cedo a dar carinho, a receber carinho, a se dar aos amigos à recebê-los. Meninas normais têm manias, frescuras, sentimentos. Não aprendi a ser e nem a fazer nada disso. Meninas normais são incentivadas, encorajadas, apoiadas, cuidadas. Meninas normais são instigadas a buscarem seus sonhos. Tanto faz se os sonhos são de casar ou se ter uma profissão. Mas, são acolhidas e orientadas. Meninas normais tem dúvidas, receios, fraquezas. Mas geralmente, essas meninas, tem ombros para chorar, mãos para segurar e palavras carinhosas para ouvir. Alguém que as proteja, não critique, que as encoraje. Acho que estou longe de ter sido uma menina normal. Gostaria de ter sido uma menina normal. Meninas normais, quando caem, quando erram, só querem que alguém olhe em seus olhos e diga: - Isso já aconteceu comigo. Vai passar. Estou aqui. As que não foram meninas normais também.
08/06/16 - 22:48
Estou numa fase de minha vida que resolvi andar descalça, sentir o cheiro de terra molhada e o frescor nos pés dos verdes matos... E meus sapatos? - Está pendurado num filete de luz que vem céu e balança com o vento das folhas (oscilações do tempo).
Tinha me esquecido das tantas coisas que tinha guardado até que a ausência derramou lágrimas de saudades em teus sapatos, teus sapatos com grama do campo, grama verde nossa cama, tantos sorrisos me fez sorrir, aquele campo com tantas borboletas de amor, borboletas a voar brincavam com os teus sapatos. Como borboleta quero visitar os teus sapatos .
"" A malandragem do homem foi estabelecer que a mulher teria que ser submissa, durante muito tempo eles se aproveitaram disso, agora olha a louça para lavar meu bem, hoje é seu dia e amanhã também...
" Que não nos falte saúde para viver
vinho para comemorar
fé para seguir adiante
e dinheiro para fazermos algumas loucuras
porém na falta dele, que se possa financiar tudo
em longas e suaves prestações...
" Quando eu quis escolher, entendi que teria de pagar o preço. Se foi caro demais, sem problema, paguei...