Santos Católicos
São tantas as portas fechadas, mundos desconhecidos a descobrir.
Quem saberá o segredo da fechadura?
Quem ousará transpor o silêncio do vazio?
Imagens desfocadas, distâncias marcadas
entre o corpo e a alma, realidades invisíveis à razão...
seres à deriva
por entre nevoeiros, a distância oculta
corpos cansados, a saudade sem memória
restos de gente perdida nos farrapos da sua história.
Seres perdidos sem marca, sem rosto, sem tempo
carregam a escuridão nas vestes
sinais do desalento.
Natal no mundo
Não basta escrever sobre aquele menino nascido numa manjedoura há cerca de 2 mil anos, natal era o princípio da luz divina encarnada na efémera passagem do homem na terra, o princípio da esperança nos homens. O princípio do deslocamento terreno e divino, o Natal era o momento de acontecer.
E acontecia!
Acontecia natal, na luz e nas sombras dos homens, na esperança e na desesperança, na partilha e na solidão.
E nasciam palavras e poemas, nascia amor!
E algures, o vazio do mundo continuava a existir.
Mulheres continuavam a dar à luz em terrenos de guerra, a fome a espreitar os olhares moribundos, os mendigos a arrastarem-se por entre as paredes grossas das catedrais. O sangue a jorrar nas paredes vazias, em terras inóspitas
Os barcos continuavam a despejar homens, mulheres, crianças nos mares da Europa. Nessas madrugadas de Natal, não havia lareira, nem mesas fartas, o medo alastrava-se nas frágeis embarcações, alagavam-se os dias de sentimento exaurido e triste. A fome, o frio, entranhava-se na dureza dos corações amargurados e desistentes.
E acontecia!
E de novo acontecia, a dor e a esperança, a anunciação, a fuga para uma terra prometida.
A coragem revestida duma amálgama de pranto e desconsolo!
O deslumbramento e o desassossego dos homens, numa terra minada pelo desespero.
E acontecia!
Uma criança que chora, outra que que desfaz embrulhos sem olhar para algum, a fartura a confundir o sentimento de injustiça.
Mesas fartas, mesas luxuosas, o cheiro a açúcar e canela, e o vazio opaco, invisível em cada uma delas!
Mesas de pedra, vazias, geladas! O aconchego frio das pedras das catedrais, crentes que passam, homens de boa vontade estendendo um pedaço de pão, um cobertor para enganar o frio, uma sopa quente. Uma fotografia esquecida, memórias onde a família ainda era um conceito de paz e estabilidade.
E homens e mulheres percorrendo as ruas vazias e frias de uma cidade qualquer, e homens e mulheres cansados dos dias, ouvindo os sinos de uma aldeia adormecida.
E o fluxo dos homens desesperados procurando a salvação!
E Natal acontecia!
São Gonçalves.
Nada se vê da cidade estremunhada, sopra uma brisa lenta, um beijo, uma carícia no asfalto.
Os homens perderam-se nas crateras da vida. De um lado e do outro da ponte, o vazio e o silêncio!
Sós, as árvores encolhem os ramos, despojadas do vigor da primavera tardia.
Chove uma chuva miudinha, não há sons, nem as andorinhas atravessaram ainda o oceano.
A cidade acorda, a brisa fria da madrugada estende um manto de sedutora solidão.
O silêncio é um porto de abrigo entre o rumor dos dias e as sombras da noite.
Descem dos céus lâminas de luz
O explendor cortante da beleza transcendente do universo.
Ali, naquele pequeno espaço perdido dos homens, o olhar do divino espreita e acolhe no seu regaço o desamparo da humanidade.
Oração para São Cipriano
"Pelos poderes de São Cipriano, eu (diga seu nome) vou conseguir de imediato um emprego bom durante o dia e com um ótimo ordenado.
São Cipriano fazei pois que este pedido se realize de imediato e o emprego bom e com um bom salário surja agora sem demora pelos poderes de São Cipriano.
Eu (diga seu nome) vou agora ter um emprego fixo em uma boa empresa ou outra oportunidade e agora em minhas mãos amarrado para nunca mais fugir de mim.
Irei publicar de imediato essa oração para seu nome ser lembrado, reconhecido e respeitado, em troca de conseguir um bom emprego e um bom ordenado, que me dê o meu bom salário para eu me sustentar, para pagar todas as despesas fixas e dividas e eventuais, que ainda sobre para o meu lazer e também para poupar e manter uma reserva segura no banco, para nunca mais passar nenhuma dificuldade. De imediato durante esse momento, o emprego urgente peço, suplico urgente as treze entidades e as três almas que acompanham São Cipriano, que me atendam o mais rápido e urgente, que eu tenha esse emprego ainda essa semana e nunca mais fique desempregado, e a partir de agora em nome de São Cipriano, das treze entidades e das três almas que vigiam São Cipriano, que a partir da hora que eu fizer essa oração e que eu publicar, aconteça e assim seja! E assim será! E assim está feito! Amém."
Tenho dedicado minhas energias ao estudo das Escrituras, observando a disciplina monástica e cantando nos diários ofícios na igreja. Estudar, ensinar e escrever sempre foram meu deleite.
A reputação das boas ações que os justos praticam subirá à altura de Deus, na imagem de orações.
A tenacidade na oração só merece dar frutos se o que pedimos com a boca também meditamos em nossa mente; e se o choro de nossos lábios não for tão afastado do foco do nosso pensamento.
Flor do Carmelo, vide florida.
Esplendor do Céu.
Virgem Mãe incomparável.
Doce Mãe, mas sempre virgem.
Sede propícia aos carmelitas
e à Santa Igreja.
disse Jesus a seus discípulos: 'Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida'" (Lucas 21,25-34).
Nos dias de hoje
1 SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, intemperantes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
Destes afasta-te. 6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; II Timóteo 3:1-6
Os últimos dias
[1] Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo.
[2] Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. [3] E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.
[4] Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. [5] Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. [6] E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim.
[7] Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. [8] Mas todas essas coisas são o princípio das dores. [9] Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
[10] Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. [11] Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;
[12] e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. [13] Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. [14] E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
[15] Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), [16] então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; [17] quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, [18] e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. [19] Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!
[20] Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; [21] porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.
[22] E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. [23] Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis;
[24] porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. [25] Eis que de antemão vo-lo tenho dito.
[26] Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. [27] Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.
[28] Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. [29] Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados.
[30] Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. [31] E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
[32] Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. [33] Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. [34] Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram.
[35] Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
[36] Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. [37] Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. [38] Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca,
[39] e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. [40] Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; [41] estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. [42] Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor;
[43] sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. [44] Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.
Mateus 24 : 1-44
ONTEM, HOJE, AMANHÃ...
Você já deu o seu, hoje?
Não adie. Um beijo adiado é um beijo perdido, assim como um abraço amigo. Ouça o que digo: O melhor da vida é o carinho repetido, o beijo molhado, o afago retribuido, o abraço apertado, o arrepio sentido, o tesão compartilhado, o instante gozado...
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo-SP)
"Cultuar o passado é respeitar nossos antecedentes, plantar bons hábitos no presente e garantir um futuro melhor para as novas gerações."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Parafraseando Elke Lubitz...
"O sol é prosa
a lua, poesia."
O verão é energia
o inverno, aconchego.
A primavera é esperança
o outono descarrego.
O jovem é afoito, fogoso
O idoso, experiente
é prudente, carinhoso.
O mar é solidão.
O céu imensidão
a terra, criação
a musa, paixão.
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)