Sanidade
LATENTE LOUCURA
Ferem-me os sentidos
Revividos num instante
De sanidade latente
Acabrunhada...
Doce loucura
Que me priva do verossímil
Conduzindo mi'alma
Sem amarras ou grades
Viajante espectro
Livre de acepção
Mergulhando em rios
Correndo pros mares
A culpa destoa
Da santa loucura
Quando emerge do nada
A mais (ainda) louca sanidade
Ferrolhos trancafiados
Pesando na alma
Aflita que vaga
Encarcerada no corpo
Sou meio e tudo
De um inteiro partido
Na luta perdida
Do certo e o errado
Vago na minha sanidade
Contida em meus desejos
Enquanto na minha loucura
Vivo o meu bem querer
(Nane-16/05/2015)
A tênue linha que separa a sanidade de seu avesso mental é apenas a capacidade de elaborar cada situação vivenciada cotidianamente
Gente Linda
É bom a gente enlouquecer um pouco
Muita sanidade faz mal para a razão!
Gosto de gente assim...
gente que ri alto
Que chora de ri
Que fica estérica e ri,
de tanto chorar.
Gente que desdenha do desalento
que a vida oferta!
... Gente assim faz bem até prós ossos.
Prá alma então...
Quanto tempo leva até perdermos o tempo?
Quanto tempo nos resta ate perder a sanidade?
Quanto tempo o tempo leva pra passar?
Tempo, deus sublime que cura e abre feridas.
Tempo, dono de recordações, marcas e talvez.
Se o tempo já passou, quanto tempo ainda resta até tudo passar?
E se tudo já passou, quanto tempo ainda falta pra algo acontecer?
Se o tempo dissesse que quer férias, e se ele não quiser existir mais?
Seria como um jogo de estatuas?
Tudo ficaria congelado, e voltaria milênios depois como se nada tivesse acontecido?
E se eu dissesse que nos falta tempo?
E se eu dissesse que nos sobra tempo?
E se o tempo acabasse?
Ainda teríamos tempo de terminar o que começamos?
Ou pelo menos começar alguma coisa?
São muitas perguntas, questionamentos.
Mas de uma coisa eu sei:
Temos o agora, e é só o que importa.
Minhas loucuras só fizeram-me encontrar a sanidade. Não a sanidade dos cultuadores do corpo, da imagem, de coisas passageiras, dos que querem viver eternamente na mesma forma. Aquilo que penso me faz livre, por ser livre me chamam de louco, não tem o porque eu gastar energia negando o nome louco, apenas o dou um outro significado. A sabedorias dos loucos que se ocultam da vã luxuosidade,
Vivemos em um mundo em que a sanidade é absurda e a insanidade é o caminho pra fugir desse mundo cruel que todos encaram como sendo algo normal
Pseudo-Lucidez
Luto por minha sanidade,
em meio a loucura e a realidade
Busco algo mais que a verdade,
Algo mais real que a realidade,
Diga-me o que sente!
oh coração que choras doente,
Diga-me a verdade!
e poderemos vencer a dificuldade.
Meu coração mente,
Meu coração esconde o que sente,
O medo toma conta
e o caos é iminente,
Não posso controlar
Não consigo me acalmar
qualquer pesadelo
é o suficiente para o desespero
Por um momento breve,
encontro minha lucidez,
graças a bela garota,
bela apesar da sua palidez,
Ela sorri,
E eu choro,
Ela me chama,
E eu a sigo,
Como uma só alma,
ela era minha lucidez,
Ela trazia consigo,
algo mais forte que minha rigidez,
Com um só sorriso ela me encantou,
Como em um conto de fadas,
Por um breve momento o "para sempre" durou
mas ela tinha que partir
E desde então eu a espero,
a espero para provar novamente,
todos os sonho que passou por minha mente,
para curar tudo que me deixa-a doente....
Fome
Aqui jaz a racionalidade
O homem já não tem mais sanidade
Sem mais integridade
Os amores o controlam
Ele vê um pedaço de esperança
A devora com toda confiança
Foi um dia difícil hoje, diz o homem
Vai ser pior amanhã, lamente em sua mente...
Ele para de repente
Com um homem em sua frente
Assustado como um cão,
Pede mil vezes seu perdão
Na parede ele encosta
Sem olhar, sempre de costa
Palavras voam em sua direção
Mas ele fica sem resposta
Seu motorista abre a porta
O mordomo o guia
Ele adentra na traseira
Não vai ver mais a luz do dia
Ele foi para sua mansão
Com o segurança o guiando,
ele entra em seu quarto,
e tranca-se la dentro,
pelo resto da história,
somente lamento
A loucura é o primeiro passo para a sanidade, e se não formos um pouco loucos não saberemos o sabor dos frutos ao nosso redor.
Se passa por sua sanidade, no mundo da asserção
De psicodélico sons e imagens por todos os lados
Alienação e devaneio em suas súplicas
Mensageiro e portador da insânia
Fruto da insanidade
Capitulo perdido de um título já esquecido
Subconsciente inexplorado na terra do fascínio
Caminhos irreais e ideias transloucadas
Consequências impensadas de um destino profano
O peso é o desfruto pela regularidade
Jamais atrativo para mentes incapacitadas em conquistar
Sem reconhecimento por essa área que meândrica
Vai ti deixar avesso a compreensão da loucura
Do desatino ao destino uma época encanto
É um olhar díspar do que seus olhos veem.