Sanidade
Semi-Louco
Não sou louco,
Ainda permaneço são.
Talvez um dia fique rouco
De por dentro tanto gritar em vão.
Corre-me nas veias a cursiodade e medo,
De sucumbir à loucura,
O receio de já ser doido em segredo
E apenas não ser visível na minha postura.
Fico apenas na tua mão
(Se ela me estiver mesmo a segurar),
Pois já deixei claro que não
Abandonarei algo que me faz respirar.
É como esperança que me faz preenchido,
É como luz que ilumina as minhas ruas,
Faz-me sentir renascido,
Ficam sois, vâo-se as luas.
Paranoia constante e pavor,
Graças às blasfêmias que me são ditas.
Oh cale-se senhor doutor,
Pare com essas pragas malditas!
Você não sabe,
Ninguém sabe,
Ainda não há maneira de saber!
É suposto eu simplesmente me entregar a esta realidade
Que me faz sofrer?
Apenas pelas suas supeitas e suposições
Sem certezas?
Fazem-se "Malucos" que partem mesas e corações
Graças a essas promessas...
E depois existes tu que me devias trazer mais sanidade,
Mas so me deixas mais desgastado,
Devias ser a minha felicidade,
E só me fazes mais desatinado.
És igual a quem odeias e condenas,
E eu visto a capa, mas sou como tu,
Fazemo-nos de Atenas
Mas não sabemos nenhum.
Pense em uma pessoa que você perdeu e de quem vai sentir saudade até o fim de seus dias e então imagine encontrar essa pessoa em público. (...) Você não questionaria sua sanidade, porque não suportaria pensar que não é real. E com certeza não exigiria explicações, nem alertaria as pessoas ao redor ou estenderia a mão para tentar tocá-lo, nem que sentisse que um toque valeria desistir de qualquer coisa. Você seguraria a respiração. Ficaria o mais imóvel possível. Pediria à pessoa amada que não fosse embora de novo.
À maluquice dos outros damos o nome de “loucura”.
À nossa própria maluquice damos o nome de “certeza”.
Andamos em uma época onde a rotina nos toma o tempo. Vagamos nessa estrada sem aproveitar nem mesmo o vento. Apagamos da nossa mente os momentos raros de descanso, por substituir por momentos escassos de tempo. Não olhamos pro amor como uma dádiva presente, mas olhamos pra paixão de forma ardente. Tempo liquida, vida liquida, parece um beco sem saída. Sem mudança, alguns já perderam a esperança de um dia poder descansar, mas porque não procuramos agora por um descanso solene, se tudo tem seu tempo determinado? Ruhezeit, ruhezeit, tempo de descanso, essa é a hora de não perder a sanidade mental em meio essa desordem liquidamente real?
"Da mesma forma que existe uma linha tênue entre amor e ódio, existe uma outra entre coragem e sanidade."
“O principio da insanidade é ter os mesmos resultados com atitudes diferentes e o principio da loucura é ter resultados diferentes fazendo a mesma coisa.”
“Não me incomodo com refutações, apenas denoto a minha opinião insignificante, diante de um assunto implausível a consciência humana, somos a insignificância dentre todo o universo e procuramos respostas de um ser inimaginável, que brinca com nossa sanidade.”
Séculos antes, os marinheiros temiam navegar além do limite da Terra, mas estávamos indo ao limite da sanidade. A confiança deu lugar à dúvida. A esperança, à superstição cega.
Experiência do passado nos põe no medo.
Expectativas do futuro nos leva à ansiedade.
Estar no presente nos traz sanidade.
E nos recoloca no caminho da integridade.
Se acha que está louco, é mais provável estar são. Pois nessa terra cheia de situações aterrorizantes, é loucura dizer que estamos sãos...
Em minha mente há um hospício,
onde neurônios são libertos,
fazendo a festa em vãos desertos
e contê-los são ossos do ofício.
Na desconcertante modernidade, a loucura muitas vezes faz parte imprescindível, da relativa sanidade em que vivemos.
"Mens sana in corpore sano". Celebre frase latina que nos faz acreditar que em um corpo são há sempre uma mente sã ou vice-versa. Entretanto, essa regra não é absoluta, basta lembrar Adolf Hitler com sua mente insana em um corpo são e Stephen Hawking uma das mentes mais brilhantes que passou pela terra.
"Mens sana in corpore sano", celebre frase latina que nos induz a pedir em oração uma mente sã e um corpo são.