Sanidade
Independentemente da sua religião, pensemos em etiqueta social e sanidade mental.
Imagine se no seu aniversário, invés de lhe prestarem as formalidades, todos passassem a adorar freneticamente um gordinho vestido com gorro de pompom e pesadas roupas vermelhas justo nas férias de verão? De riso estranho (tal como Roberto Carlos) e com o hábito de estar sempre a invadir à surdina casas burguesas (só elas tem chaminé e árvores cortadas agonizantes) e a lidar noturnamente com meias sem par?
Isto pra não falar do sino badalando como o caminhão dos recicláveis.
Não bastasse, para lhe comemorar, sentariam às fartas mesas dos que têm, repletos de um inexplicável sentimento dito natalino e comeriam complusivamente pratos igualmente alheios ao clima e horário, sentindo vibrar no ar a ansiedade infantil dos pézinhos agitados sob as toalhas aguardando pular no meio dos embrulhos caprichosos.
Pensemos que o homenageado nasceu miserável, prensado entre pomposos fariseus e escalafobéticos romanos que marchavam de sandálias com estranhos chapéus metálicos.
E havia de escapar ainda de um rei das solteironas a decapitar sem dó os bebezinhos, só por precaução.
Não sei bem onde queria chegar com isto, mas vale o esquisito gosto que tenho de fazer parte da coisa toda. Até a ressaca do champagne sem culpa e a boca seca pela manhã fazem parte do ritual.
Perdida
Sem rumo
Sozinha
No escuro
Sofrendo na sanidade
procurando por resquícios
de um lar sem maldades
de um lar sem vícios
Encontrada
no fundo do poço
acompanhada
de desgosto
Catavélica
tão anêmica
cética
tão descrêntica
Almejava demasiado
e desmoronava por entre enganos
eram sonhos alucinados
era a felicidade debaixo dos panos
Sem sentir
sem nenhuma razão
querendo desistir
mas ainda não
Demorou um pouco pra entender,
que aquela sanidade que eu buscava
eu jamais iria ter.
O por que? Ah! Eu apenas quis ver as coisas de uma maneira menos lúcida.
Pois ver o caos do mundo
tirava minha paz.
Então eu reinventei esse mundo
da maneira que eu acredito
que ele deve ser.
E nesse mundo que eu reinventei
Havia sorrisos
Havia amor
Havia uma fraternidade
Uma compaixão
Um mundo sem inimizades
Eu queria chamar de mundo "perfeito"
Mas ele não era, por que no mundo que eu inventei na minha cabeça, existia dor, dores que se transformavam em poesias, e mesmo assim alguém era tocado
e no final de tudo,
Sorria.
Reflexão diária 22/11/2016
Antes nos poucos flashes de sanidade que ainda tinha notava que as pessoas procuravam através da prece e oração a melhor forma para contribuir no crescimento de seu semelhante, hoje, porém com minha sanidade restabelecida o que vejo são pessoas tentando ser pedra de tropeço no caminho das outras, e quando meditam secretamente em suas mentes mais querem seu beneficio, do que o beneficio de seu semelhante. Não ocupe o tempo de Deus se age assim.
Que a vida me poupe da sanidade se pra sofrer for .
Que no meio de toda minha loucura eu encontre um pouco de felicidade .
E que por cada dia triste a loucura me invada a alma dizendo baixinho ;
Voce não é louca ,apenas uma mae em busca de alcançar a vitoria da missão cumprida .
E assim acreditando na mentira que fiz da verdade vou caminhando até o fim de um arco iris só meu , aonde se escondeu meu amor
Todo poeta empresta
a tinta e a sanidade que lhe resta,
com pinta de escritor
pinta a verdade e o amor.
Desde que ela partiu vivo em um estado de insanidade continua com dolorosos intervalos de sanidade...
Das coisas mais loucas que já me aconteceram, a sanidade que tenho ao teu lado é o que mais me assusta!