Sanidade
Posso não ser o melhor exemplo de sensatez ou sanidade. Porém sei, que o maior sentimento que se pode alcançar é experimentado nos momentos mais inesperados da vida. Ter medo faz parte, tenho ciência. Também sei que tudo aquilo em que acredito pode vir um dia a desabar. Mas e se eu escolher não acreditar na vida? Se eu escolher não acreditar nas evidências, vai parecer loucura? E se mesmo dentro de tudo o que foi e não foi dito, ainda houver uma saída? Engraçado isso. A vida é cheia de perguntas retóricas. Ora, de que adianta viver em um mundo onde nada mais se preza além da hipocrisia e mediocridade? Não, isso não sou eu. Não vivo de sentimentos medíocres. Vivo por inteiro. E por mais que seja difícil, sei que vivo. Jamais um dia o louco teve medo de assumir a sua loucura, pois ele mesmo sabia que a sua maior loucura estava compreendida na sua única e verdadeira realidade : ser louco.
Enquanto o mundo gira em torno da falsa sanidade obscura
Prefiro ficar com minha imaginativa loucura iluminada.
Por onde andei
De que cor é essa nuvem de fumaça
que cobre minha sanidade?
por onde estive todos esses dias?
um gemido colorido de alucinações
viagem de príncipes e reis,
por onde andei?
Eu posso sentir o gosto do grito,
a cor vermelha dos sentidos,
os sons amarelos pálidos
dos suspiros envolvidos,
a cicuta que eu procurei,
por onde andei?
Pesadelos de doçura
tentam invadir minha lucidez,
entre gritos e bloqueios
preciso lutar
combatendo essa embriaguez,
por onde andei?
O amargo gosto da tentação
aprisiona o ébrio
perdido e cálido
projeto de coração,
perfurando os poucos
e derradeiros traços de razão.
Por onde andei?
esse caminho torto
de uma floresta que não leva a lugar algum,
onde a fumaça entorpece
o mais saudável e resistente
de todos os sentidos.
Onde cheguei?
O Mithril vulnerável
quase se parte sentimental
e flácido ao chão,
peso da alucinação,
por onde andei?
Me leve de volta!
Jack D!
Me tire daqui!
essas correntes
coloridas fosforescentes
não combinam com minhas botas!
Pegue meus amigos,
livre-se desses gemidos,
me leve de volta!
não preciso desse pulsar escarlate,
depressa! Me dê de volta
as minhas botas de combate...
... o velho guerreiro levanta da toca,
não existe um cinzel chamado derrota,
não será, nunca serei,
por onde andei?
'Porém, enchendo-se de um copo vazio de sanidade, o homem desperta os leões e os atiram numa manada de seres humanos sem humanidade. Cuide do seu leão, para que ele não o engula vivo.'
Dizem por aí que as pessoas inteligentes vivem entre a Sanidade e a Loucura, e a única coisa que as separam é uma linha tênue chamada Sabedoria. Ainda bem que vivo andando e dançando sobre ela como uma elegante valsa de outroras, pois somente com Sabedoria é possível se viver feliz, sorrir, chorar, amar, ter compaixão, semear o bem e sonhar sem deixar que a alma seja envelopada pelas limitações comumentes aplicadas por esta sociedade. Sou Louco e Feliz. Seja você também!
O que é Sanidade?
É louco quem acredita que pode voar?
É louco quem tem medo do escuro?
Assusta quando nos chocamos com a realidade... mas o que é real?
Suponhamos que: Você vive em um universo que você mesmo criou, com as situações que planejou, seguindo um caminho atrás dos objetivos traçados por você. Aí um dia tudo desmorona e seu mundo vira de cabeça para baixo. Por quê? Porque não seguiu o seu roteiro. Ninguém planeja o próprio final.
Um dia acordamos e vemos que somos nós quem moldamos o Universo e que os monstros são reais, nós somos nossos monstros.
Nossa mente está à mil, nossas emoções intensas, nossos sentidos aflorados... estamos beirando a loucura. O dia é curto demais para tantos afazeres. Não gostamos de acordar cedo. É perturbador trabalhar, ser rotulado, 'coisificado', identificado por um crachá para poder viver, sem ter tempo para nós mesmos. Esquecemo-nos do EU. Como robôs, temos hora para acordar, para comer. Temos um roteiro traçado dos caminhos que percorreremos durante o dia, nos ensinaram como devemos nos portar.
Quem somos? Estamos felizes?
Será que suportaríamos viver sem toda essa pressão, tendo tempo para nos conhecermos? Será que conseguiríamos nos encarar frente a frente?
Entre palavras e um pouco de sanidade, persisto em escrever meus versos e procurar felicidade, depois de picos de alegria em seguida vem a tristeza, porque a dor vem assim tão forte ? Porque mesmo depois de sofrer tanto não me acostumei ? Teve algo de diferente dessa vez, não sei se amei demais ao ponto de me importar mais com ti do que com a mim, depois que você se foi, minha vida não tem sentindo pra mais nada, a cada palavra escrita ao meu rosto cai uma lagrima, a cada nova historia, um novo sofrimento, a cada novo amor um ferimento, cicatrizes invisíveis, fixadas na alma, dores invisíveis e incuráveis, bem que dizem que amor é só pros fortes, mas esquecerem de dizer um fato, que quando se trata de amor e dor, todos nós somos fracos.
Ficar sem comunicação ainda vai me tirar a sanidade e pelo jeito o namorado. Tudo bem, não prestam pra muita coisa mesmo.
Embriago-me frente aos teus olhos, perco a sanidade com teu sorriso ,deliro nos teus lábios e me torturo na tua ausência.