Sangue
Prefirimo me cortar ate que caia a última gota de sangue do meu corpo do que se quer deixar cair uma simples gota de lágrima dos teus olhos!
Um racista que necessite de uma transfusão ou transplante pergunta se o sangue ou o órgão é de um branco ou de um afro-descendente?
Os homens lembram os cavalos puro sangue! Quando solteiros trotam, empinam, galopam e cavalgam maravilhosamente. Casados empacam, relincham, dão coices e não aceitam cabresto.
Você é a água que alimenta
a planta do meu coração;
O sangue que corre
em minhas veias;
É a origem da minha emoção.
Quando você entrou
na minha vida tudo mudou,
meu coração acelerou,
eu mudei, eu me apaixonei.
Quando você está perto de mim
me faço de difícil, tento não te
querer, mais na verdade morro de
amor por você.
Então eu deduzi:
Queria ser poeta, mais poeta não
posso ser, porque poeta pensa
muito e eu só penso em você.
As vezes é melhor ser chamado de covarde do que fazer um Rio de sangue,o fato de fugir ou se esquivar não faz de você uma pessoa mais fraca,mais sim que o seu amanhã vale muito mais sendo vivido do que apenas lembrado.
A dor de um pensamento pode machucar mais que a partida de um sangue cortado pela faca da coragem fatal humana, quero buscar o entendimento do por que desta diferença de dores. Poucos se atrevem a questionar e entender, e muito menos levantar hipótese pois sabem que a sociedade se tornou algo de vergonha por quem se atreve a sair da caverna misteriosa dos reinos. Cansei de guarda essa vergonha dentro de mim, esse medo de comentar.
Porque estes pensamentos vem me invadindo e destruindo, um pensamento pode ocasionar a morte de todo o seu interior. Apenas um pensamento, pode fazer isso? Se é apenas um, não sei. Pode me chamar de ignorante, mas responda-me alguém ai sabe? Acho que não, né? Estes pensamentos pode destruir até o coração valente de um soldado, pois fraco é aquele que nunca derramou uma lágrima por um pensamento que lhe faz romper com a realidade, por este motivo sou a favor das ideias platônicas. Pois o viver é muito melhor no mundo das ideias, apenas lá, pois na realidade vivemos em um mundo de ilusão e sobrevive aquele que melhor consegue manipular o próximo, dou um brinde a todos que conseguem. Desculpe-me mas eu tenho o bom senso e os sentimentos de culpa que não me deixam atuar para todos, consigo apenas ser eu, querendo todos ou não.
Dizem que o amor não tem nenhuma ligação com o coração, que o coração é um negócio cheio de sangue incapaz de pensar, que só serve pra manter nosso corpo vivo.
Eu acredito que o coração tem ligação com o amor sim, só não sei como achar um esclarecimento lógico para justificar isso. Mas sabe por que eu acredito que tem ligação? Porque meu coração dói. Porque quando eu lembro de você dói, porque quando eu falo contigo dói e porque sua ausência dói, dói, dói.
Para conosco apenas começamos por que para ser irmão não precisamos ter o mesmo sangue;
Precisamos um do outro para caminhar lado à lado e juntos rirmos do que é irônico;
Choramos no que emociona nosso coração, lutamos pelo que se faz justo ao nosso querer;
Sem saber se eterno será, mas estamos sempre juntos para confirmarmos a origem da amizade;
Te adoro muito amigo e não seria uma vida maravilhosa sem você;
Dizem que o sentimento do amor transforma as pessoas. Ou será apenas o sangue correndo nas partes baixas?
Tela
Comecei a pintar teu rosto
Na tela do meu pensamento
Meu sangue servia de tinta
Porém o tom vermelho forte
Não conseguiu esconder
A maldade que nele existia.
Cada traço teu pintado
Mostrava a imaturidade na testa
A traição nos olhos
A mentira na boca...
Depois da tela pronta
Olhei de outro anglo
Sorri...
Ele não foi suficientemente amado.
O cúmulo da vingança é:
Doar sangue para o seu maior inimigo, esperar até que ele se recupere da enfermidade e mandar o recado ao mesmo que tem um pouquinho de você dentro dele!
Do sangue crioulo dos trocos
ao sangue crioulo das favelas
não vejo muitas quimeras
mas mesmo assim,há coisas belas.
O traçar da rabiola.
O soar do berimbau.
O meu samba tem dendê
que tempera o carnaval.
Uma lembrança
Lembro-me perfeitamente. Revoltado, o sangue quente borbulhava em minhas veias. Esvaziei meus bolsos, respirei fundo e saí. Deixei para trás tudo o que poderia crer ser precioso. Não havia caminho à trilhar, meu destino era incerto. Caminhava. Enquanto o fazia, pensava, principalmente sobre os motivos que me levaram a caminhar. A frustração me confundia. Não os encontrei. Mesmo assim, continuei.
No começo, apenas observava o mundo ao meu redor. Encontrava-me descobrindo inúmeros detalhes que sempre passavam despercebidos devido ao caos do dia-a-dia. Um olhar atento bastava para me corrigir. Caminhava sozinho, sempre pensando. Após horas, os pensamentos foram interrompidos por súbitos lapsos de sanidade mental. Me perguntava sobre o porquê de caminhar. Não os dava atenção, algo me movia a continuar, embora fosse essa razão desconhecida. Após dias, pesava sobre mim o castigo da fome. Pensava, agora, sobre as pessoas que tem fome. De onde elas tiram forças para continuar a caminhada? Maltratado, apenas continuava a andar, alimentando-me com restos encontrados durante a jornada. Alimentava-me também de esperança de chegar, embora local específico não era sequer imaginado. Andava. A dormência de meus pés era um lembrete constante do quanto havia caminhado. Incessante, ela se mantinha pronta a me desencorajar a qualquer minuto. Pensamentos me abateram: como fazem as pessoas cujos “pés dormentes” não as permitem andar como agora faço? Visto isso, redobrei a concentração e me mantive firme.
O suor escorria pela minha face, já há muito tempo suja pela terra do asfalto e longo período sem práticas de higiene convencionais. Minha cabeça se mantia erguida. Com meu olhos ligeiramente abertos, tentava me guiar através das miragens impostas por um Sol inclemente. O sal os fazia arder, mantendo-me cego. Imaginava: como podem as pessoas caminhar sem enxergar? Descobri razão pela qual caminhar: chegar. Esperava saber onde.A chuva caía. Lavava meu corpo e alma. As vestes, agora molhadas, pesavam. Tanto quanto minha consciência, por ter partido de forma tão inesperada, tal como a tempestade que me surpreendia. Olhava para o céu e apenas me entregava à sua fúria. Me sentia rejuvenescido, com espírito renovado. Sensação como nunca antes havia sentido. Questionei-me: como podem as pessoas viver e nem sequer apreciar esses pequenos momentos? Pensei em meu lar. Um turbilhão de rostos conhecidos, momentos vividos e erros, como nunca ter apreciado a chuva. Parti, em meios as poças: essas, de lágrimas. A exaustão por fim me venceu. Pernas trêmulas, cabeça pesada e respiração falha. Uma simples distração: fui ao chão. Cogitava como teria sido se, desde o princípio, tivesse lá permanecido, não caminhado. Estático no chão frio, mal conseguia me mover. Movimentava-se apenas minha mente. Ao fechar os olhos por completo, um filme era visto. Imaginava se estaria morrendo. Me dei conta de que não seria possível: eu já estava morto. Morto por dentro. Sempre obedecendo à rotina, aos caprichos dos que me rodeavam. A revolta tentou se manifestar, mas toda vontade já havia sido minada de meu ser. O sono foi longo, mas pareceu curto.Ao acordar, uma surpresa: uma mão. Estendida diante de mim, oferecia-me alimento e conforto. Sendo carregado, lembro-me de me sentir como um fantoche, em um teatro. O que, de fato, eu era. Deitado em uma cama confortável, descansei. Ao acordar, um banho e uma refeição. Logo dirigi a palavra à pessoa que ao meu lado estava, queria saber que circunstâncias a levaram a me ajudar. Disse-me que viu em mim mais que um corpo estirado ao solo, mas uma alma carente de ajuda. Completou por dizer que nada além de suas possibilidades havia feito: nada que uma pessoas de bem faria por outra de valor equivalente. Não me cobrou a breve estadia, nem os alimentos. Desejou-me boa sorte, na viagem que chamou de “vida”. As lágrimas voltaram. Mas dessa vez eram diferentes. Só pude agradecer e partir, diferentemente de como no começo de minha viagem. Ao sair daquela humilde casa, refleti: como podem as pessoas não crer na bondade, na compaixão? Senti-me envergonhado pelos meus momentos de revolta, normalmente associados a assuntos esdrúxulos. Por fim, acordei. Tudo não passou de um sonho, embora extremamente real. Mas, embora fantasia, meus pensamentos permaneceram intactos em minha memória. Tudo o que pensei, chorei e senti: toda a jornada. Nada pude fazer a não ser ajoelhar e agradecer. Ser grato por descobrir que há muito a ser observado além de uma primeira impressão, grato por não sofrer devido a fome, por ser capaz de me mover com minha próprias pernas, de ver com meus próprios olhos, de saber que os pequenos momentos da vida fazem dela tão fascinante e grato por ter aprendido a acreditar nas pessoas.Desde o começo, a chegada sempre foi a largada e o que me movia era fé: em um mundo onde as pessoas pudessem ser agradecidas pela grande dádiva da vida que possuem.
...ainda que te arranque sangue dos pés
Não desista do caminhar
Porque parar é retornar ao ponto zero...
Digamos que o sangue corre nas veia e a inspiração no coração, se o coração ñ anda bem a inspiração ñ vem.
Se escrevesse um poema neste instante, escreveria uma árvore. Deixaria meu sangue circular em sua seiva, e os pássaros fazerem ninho com palavras de paina.
Meu corpo é constituído por sangue, suor, lágrimas e outras coisas navegáveis e frágeis que formam mais de 70% de minha estrutura humana que uso de disfarce no dia-a-dia.