Sangue
-Meu Mundo-
Na base do sangue
A onde um suspiro vale a pena
Cabeça baixa
Um mundo sem vento
Uma planta morta que faz muita diferença
Nesse mundo sombrio que pode piora
Se os tolos humanos continuar...
aproveite o que lhe oferecem
Era uma vez um lindo cavalo, puro sangue, que vivia a encantar os moradores de uma região.
Era doce e selvagem ao mesmo tempo. Um dia, galopando por uma fazenda, caiu num buraco profundo.
Os moradores da fazenda correram para socorrê-lo. Fizeram várias tentativas, todas inúteis. O buraco era estreito e não tinha jeito de tirar o cavalo dali. Depois de algum tempo, vendo que não conseguiam resultado acharam que o certo seria sacrificá-lo.
Ninguém teria coragem de dar um tiro nele. Então acharam que o melhor era aproveitar que ele já estava no buraco, e ir jogando terra até enterrá-lo vivo. Então, com uma pá, começaram a jogar terra no buraco. A terra ia caindo sobre o dorso do cavalo. Ele se sacudia fazendo com que a terra caísse entre as suas patas. Logo ele se ajeitava, pisando na terra nova, formando um novo piso. E assim foi. A medida que jogavam terra no
buraco o cavalo, aos poucos, ia subindo. E para surpresa geral, o puro sangue, há pouco condenado à morte, foi saindo do buraco, livrando-se da morte. Isso faz pensar: quantas vezes estamos perdidos dentro de buracos que podem ser financeiros, sentimentais, ou de saúde e não vemos saída. Nem mesmo os que nos cercam veem saídas.
A terra que salvou o cavalo, vinda do céu, representa a mão de Deus, sempre pronto a nos ajudar. É preciso acreditar!
Essas linhas vem manchadas de lágrimas e cheiro de sangue
Escrevo pois não tenho mais voz para gritar
Para que essas palavras possam eternizar minha revolta
E eu possa deixar a alguém esse vômito de uma vida
Escrevo porque em meu corpo não cabe
Está coberto por costuras e buracos
Remendo as letras que se perderam nas dúvidas
Que não são minhas
Mas de um povo que só questiona mulheres
E faz com que a gente pense dez vezes antes
De entrar em erupção
Que faz com que a gente morra de medo
Fale mais baixo
Seja sombra
Contorno cada palavra com a raiva guardada
E ainda que queimem os papéis grafados
Eles já terão chegado
No peito rasgado de cada fêmea que leu
De dentro delas não há como arrancar
A força internalizada pela dor de todas
Não sou nada além de uma mulher que resiste
Isso é tudo que me basta
E vou parir por escrito estampado e marcado
Um exército de lobas
Devorando o patriarcado
#Amigos Verdadeiros
Dizem que os que tem o mesmo sangue são assim considerados uma família
Mas eu não concordo bastante com isso
Isso é o que as pessoas dizem
Quando tiveres um amigo verdadeiro
Um dia irás pensar diferente
Tirar outras conclusões
Com os mesmo olhos irás obter novas visões
Amigos Verdadeiros
Caminhando e tentando mudar o destino
O destino que nunca foi conhecido
Uma pessoa para vários amigos
Uma pessoa para um amigo verdadeiro
#PrimeiroMcPoeta!
Explosão
Explosão! Devastadora ação.
Que afeta teu sangue vermelho.
Com alta e oculta radiação
Em bombas de vasta destruição
No auge da própria expansão
Destruindo parte desta nossa imensidão
Que fique no coração
Essa devasta e louca denominação
Chamada... Explosão!
E depois, os meus lábios lamentaram tuas garras;
o meu sangue, tua carne, a fatal ansiedade;
supliquei e não tive, implorei que acabe,
mas de ti já escravo, só te quis e quis mais...
Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus,
por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.
O fato de eu ter empatia, não me obriga a ter sangue de barata, principalmente passar a vida dando murro em pontas de facas.
Seja fraterno e caridoso sempre, não se meta em brigas desnecessárias nunca, mas acima de tudo, jamais de o exemplo de como é ser um perfeito idiota hipócrita.
Não se refuta um sangue derramado de um corte profundo
O sangue estancado encorpa toda a minha fraqueza e a cicatriz sublinha meu passado
Os olhos enchem de dor daquele que carrega tanta culpa e respira tanta injustiça
O laço enraizado em cada membro se molda e compõe uma melodia simples
Cria-se um tom melancólico, um som agudo que dói os ouvidos
Respira toda sinfonia melancólica e cansativa
Quem dirá que o tempo tocará sempre a mesma música, e aprenderemos a gostar de nossos próprios desfalques.
O que é o futuro de um caminho sem ambições
Melodia da tormenta
Poderia gravar em muros. Tom vermelho sangue. Usando somente as unhas das mãos, escreveria o quanto a solidão me faz companhia. Riscando e riscando até o sangue ser tinta. A dor como matéria prima. Esse seria meu tributo original. Tudo estaria em lingua antiga. Iniciaria em latin e terminaria em yorubá. Pontos e vírgulas estariam dispensados. Quando a carne nas extrimidades dos dedos
já não existissem. Quando o próprio osso fizesse ranger, alternaria com a outra mão. Verdadeiro manifesto de amantes. Daquele dia em diante, aqueles que por alipassarem não conseguirão evitar tamanha contemplação, ajoelharao. A parede fria seria beijada como se beijassem as feridas de jesus ainda cruas. Bem ali, seria constituído ponto de oferenda para os diferentes deuses. Sacro muro. Pagãos seriam bem vindos. Ratos encontrariam verdadeiros banquetes. Baratas dançariam em sincronia com outros insetos. Mariposas teriam refúgio à sombra do muro. Nada poderia ser profanado. O pé que ali pisar, untado em azeite deverá estar. A boca que ali abrir, em vinagre terá sido inundada.
Tudo terminaria assim:
para ela,
solidão
minha algoz e fiel companheira
"Temos o sangue da mesma cor, mas enquanto não sangrarmos pelo mesmo motivo eu jamais terei interesse na tua dor"
-Humanos
Minhas veias estão vazias, a miséria tomara minha matéria, meu sangue evapora em nome da minha lazeira, minha carne apodrece nos braços da derrota. Me torno o fracasso encarnado no corpo inidentificável de uma coitada que não tem por quem cair.
Estampam os números em minha cara, mas não compreendem os porquês da minha cara os jornais estampar, afinal é apenas mais uma estatística a alimentar. Me avaliam como incapaz e usam números cadavéricos para me matar, me enfiam goela abaixo um 10/12 porque sabem que um 192 não mais adiantará.
Os dias vão passar, passar por cima de minha honra como um rolo compressor; não sei até quando vou aguentar gritar calada e lidar com o eco de meu penar, pois a única voz que ouço me chamar é a minha, que fraca e anêmica, não pode me acalmar.
Antes assistia sozinha ao meu declínio, mas agora nem comigo mesma eu posso contar.