Sangue
Em meu Sangue corre o Poder Divino , em minha carne a Supremacia do Espírito e em meus Ossos a Força de minha Fé com Deus.
CORAÇÃO
Calma coração,
O pulo é mais pra esquerda
Pra onde o caminho estreita
E o sangue passa, entupido.
Veio de sonhar agora?
Deu para acordar mais tarde?
Ah coração retarda
A correria dessa gente
De todos os teus afluentes.
Contém-me na minha lucidez
Deixa-me inteiro e louco
E apeia de mim, me deixa.
Pois quanto mais eu rezo
Mais me despeço
Das lembranças boas.
E como escolha catada
Vou me lançando fora
Do prato, da boca audaz
Oh coração, me renega
Adianta-te aos da frente
Deixa-me ficar pra traz.
As perversidades de mentes inocentes afogam minha alma num mar de sangue extraído das veias de nossas próprias criações , o ódio me consome como cães comendo minha juventude inutil
Hoje somos o pecado da carne
Hoje somos o alimento da alma
Hoje perdemos o gosto do sangue
Hoje vivemos em pequenas comportas
Hoje vendemos nossas almas em apostas.
O sangue e alguns retalhos de panos sem peso,
Amanheceram depois da litania dos arrependidos,
Ou oportunistas, que depois de tanto saberem
Fizeram ainda o holocausto, em nome deles.
Ninguém pedira, a não ser suas bocas para dentro,
Nenhum queria retirar-se da última esperança,
E só algumas gotas de sangue, não mais vermelho,
Quase cor de areia, infiltra-se no lugar.
Em meio aos gravetos apagados, pela tempestade,
Ainda em riste erguia o único tronco,
Aonde o esticaram, quebraram suas veias,
Canais que antes tanta bondade escoara.
Julgaram tê-lo tirado de dentro do mundo oco,
Agora muito mais deserto, e ninguém pra se escutar,
Pois que ao justo, exatamente o incólume de qualquer culpa,
Deles se agradaram como ovelha para o abate.
Dos pedaços de pano, que quase não se via,
Dava pra sentir um cheiro brando de cravo se abrindo,
E ele fora pisado, por pés desnecessários, sem valia,
E mesmo assim ardia, em pleno ermo, uma presença santa.
O madeiro, mais afortunado fora lavado,
Com o mais puro líquido. Uma nuvem vermelha,
A deslizar seu lastro, até tocar o ponto onde Ele punha os pés.
E quem dentre tantos maus abortos, poderia sequer querer,
Ter como Aquele justo, a mesma justiça, ser o mesmo Ser.
Um entre todos, o único entre todos, o que nunca igualou-se
A ninguém, nem com o acréscimo desses dois mil anos.
Mas quem julga tê-lo morto, esse realmente morreu,
Quem considera tê-lo tirado, esse sem dúvidas apodreceu.
Existem momentos que o ódio nos toma lascivamente com sede de sangue, neste momento a paixão pela morte é tão abrasiva, que nos tornamos assassínios inconscientes.
Blood is all I see, The words in the mirror are makin' me shiver (Sangue é tudo que vejo, as palavras no espelho me deixam arrepiado)
O sangue corre mais rápido na veia, surge uma tremedeira, olhos passam a brilhar mais intesamente, sorrisos são surgidos por acaso, coração acelera simultaneamente.Amor!
Num passado não tão recente
Teu vermelho era sangue-azul
Num sofrer profundo, inclemente
Hoje é quase todo rubro, até Jesus!
Inebriada, sangue enrubescido em flor
Espalhada, desabrochada, desbocada
A cantar em voz aveludada
Transpirando pingos de amor.
Sem Alma
Quero sumir desse vale estupido e insípido.
E vingar minha morte tomando seu sangue em meio a um devaneio,
Se permaneço neste sofrimento es tu sem alma a culpada,
Há desequilibrar meu corpo em um mar de lágrimas,
Venho sem piedade clamar vingança, para dilapidar teu semblante,
E joga-lo meio ao belicoso buraco de tormentas e temores,
Peço o fenecimento de tuas suplicas e tua fome de pecado.
Nada de engodar com palavras falsas e com ar de vulgaridade,
Quero ser um fleumático sem dores e um rapaz frugal,
Sabes que permanecerás sendo pérfido,
Matando minuto a minuto a quem te ama e te quer bem.
Tenho em mim a arte de conversar e de me posicionar diante das situações. Deculpa, mas ta no sangue!!!
Feche os seus olhos e sinta a sua história, sinta seu coração bombear sangue (vida) nesta trajetória e, sinta sua alma ser tateada pela essência do Existir. Sinta seu espirito sendo fortificado, por extrair força na fraqueza. Sinta a Presença de Deus lhe motivando a viver, a continuar avante, respire fundo, chore compulsivamente, coloque tudo pra fora em oração, alivia a pressão da sua alma, vai! ...vai! vai! você consegue, você tem esse direito, você é humano. E é por isso que o Divino te ama, te entende e escolheu habitar em você. Deus seja louvado, até nas lágrimas de seus filhos que em fé e esperança existem, mesmo sem saber o que será do amanhã, mas aqui, ali e além, acreditam nEle.
A pior dor é aquela invisível, quieta, que pinga em conta-gotas, envenenando nosso sangue e nossa alma. E pior, ela grita junto com a alegria.
O coração é o orgão mais estúpido do corpo humano: só serve para atrair e repelir, tanto sangue quanto pessoas. Os rins também deveriam se ocupar das pessoas.
Respire fundo
Nas minhas veias corre uma tinta
que imagina
ser sangue
De enxerida, instalou-se em meu coração
e lá dentro pinta e borda
Entre suas obras,
desabotoou meu coração
e aberto,
qualquer um pode ver:
ele transborda
Por mais que eu não queira
ou tente segurar,
tinta escorre pra todo lado
Meu coração, borrado
inventa de querer ver tudo colorido
Se esquece que tinta gruda
Lava,
esfrega:
não sai
Impregna, feito saudade
daquelas que não se consegue arrancar
nem com mil litros de água sanitária
Me faz respirar fundo
e aí
.
.
.
flutuo
.
.
.
mas depois caio
Coração bate forte
no chão
Faz tumtumtumtum
rápido rápido rápido rápido
tumtumtumtum
mal
tumtumtum
consigo
tumtum
falar
ou respirar
Bate:
saudade,
coração
Tinta pinta,
botão não fecha:
tudo de novo
(dessa vez começa colorido)
Esquerdo
Peguei-me na tentativa abstrata
De meros caminhos flácidos,
Como todos.
Meu sangue corre poroso,
Roendo as paredes do céu.
Senti vibrações cósmicas
No entardecer caótico, e aceitei.
Mas o caos!
Eu aceito o caos?
– não!
Recuso-me aceitá-lo.
Meu prazer está na criação discreta
Da punhalada.
Sobrevivo entre os escombros
De uma nação encardida, cariada.
Que seus dentes amarelos ferem
Fundo os meus olhos e ouvidos.
E limito-me a canonizar a
Vergonha nacional, com meu verso
De sete pontas. Porque sei que
Este fere mais.