Sangue
Cientificamente refletindo.
É sabido que o nosso coração apenas bombeia o nosso sangue.
Então concluímos que nossos pensamentos são ordenados pelo cérebro.
Então não doarei mais meu coração.
Doarei meu cérebro.
Assim o estudaram e descobriram que não estou mentindo.
Nem no amor, nem na amizade, nem na política.
Em nada!
Só assim meus conhecidos conheceram quem sou
Dou valor a cor do sangue, pois é ele que me mantém viva, é ele que sacia minha sede e é ele que me dá vitalidade!
"Admiro os resistentes, os que fizeram do verbo “resistir” carne, suor, sangue, e demonstraram sem espaventos que é possível viver, mas viver de pé, mesmo nos piores momentos."
Eu realmente preciso me mover. Tirar todo teu sangue esparramado em mim, após nossa guerra particular. Rasgar as roupas dadas por você e me vestir de mim. Eu quero o novo, mesmo sentindo o cheiro do velho para me lembrar, em meu café da manha, que o dia sem você não é fácil, mas, sim, melhor para minha sobrevivência.
E quando for tarde...
Tão importante quanto sentir o calor do sangue que corre nas veias é perceber os sinais de uma mulher. Ver o que é preciso mudar para não perdê-la.
Elas mergulham no escuro, se entregam, preferem queimar a vida toda de uma vez ao lado de alguém que lhe importe, demonstram sensações sem dizer uma palavra...
Mas ao silêncio de uma mulher não se pode ser desatento... Tantos detalhes perdidos...
E QUANDO FOR TARDE...
Você vai buscar um sorriso que jamais será seu novamente, vai ver o quanto era importante aquele beijo de bom dia e o calor em sua cama. E vai procurar em cada pessoa com quem se envolver o cheiro da pele, os carinhos... Vai tentar conter a dor, vai chorar... E finalmente admitir que errou em olhar apenas para o próprio umbigo, deixando escorrer pelos dedos uma grande mulher cujo coração tem outro dono.
Sangue, lágrimas e a lâmpada do poste piscando constroem o cenário (A trilha sonora fica por conta de um grito quase sem fim de dor e desespero), quase meia noite, é uma rua totalmente deserta, não se vê nenhuma alma viva, parece que até os grilos abandonaram aquele lugar, nem o vento faz barulho e só uma coisa habita aquele lugar, o silêncio. Foi um dia ótimo, havíamos saído, trocamos declarações, olhares e beijos tão longos quanto o tempo que o universo leva para se tornar infinito, mas agora isso não parece tão especial não é?
Seis de abril de 2005, dia em que o mundo se tornou um enorme deserto pra mim, tempo de sofrimento, pesadelos e pura solidão, em um lugar cheio de pessoas e lágrimas completamente desconhecidas diante da minha dor, diante da minha solidão. Tão rápido quanto um temporal de verão, que não duro tempo o suficiente para esconder o sol e muito menos molhar o rosto de quem foi pego de surpresa pelos pingos de chuva, ou como você dizia: “Lágrimas do céu”. Vivemos e não notamos o quão rápida é a nossa existência nesse planeta cheio de pessoas eternas que nascem e morrem em alguns segundos, comparadas com a idade do universo. Na infância brincamos e nos machucamos e até nos casamos (Como toda criança adora fazer), até estudamos juntos e dividimos nossos enormes problemas de não ter canetinha de certa cor, de quebrar e emprestar um apontador, independente da grandeza ou importância, era nossos problemas. Lembro do seu rosto amassado, encostado no caminhão de mudança que me fazia correr como o Super Homem, ou pelo menos eu achava que estava tão rápido o quanto, até perceber que minha kriptonita era a sua ausência. Nos últimos segundos eu vi você encostando uma folha na janela, escrito: “Eu voltarei”.
Já no ensino médio, em um passeio a uma feira de livros, distraída e sorrindo te vi indescritível, inconfundível, eu te vi. Como quem olha um colar de pérolas que havia sido roubado e penhorado, em uma vitrine de uma loja eu te vi simples e minuciosamente planejado pelo destino eu te encontrei, sem pestanejar eu fui ao seu encontro e você simplesmente não me disse nada, chorou e me abraçou tão forte quanto um urso. A história começou a ser escrita e rabiscada por nós.
Finais de semana, cinema, praça e pipoca meio salgada e meio doce fizeram nossos anos dali pra frente. Uma vida é criada através dos anos que se passa, a perda de uma vida é sentida através das outras que se seguem. Como um relâmpago a quilômetros de onde eu me encontro, caindo em seu declínio único, rápido de mais pra eu tirar uma foto ou mesmo prestar atenção, você passou, sem chance de volta, sem segunda chance e sem replay. Você foi assim rápido demais, como o cair de uma folha seca ou o piscar dos olhos, em um momento que eu não esperava, de um jeito que eu não imaginava, você simplesmente partiu.
Estávamos voltando para casa, depois de caminharmos pelas ruas que costumávamos andar para ir à escola, quando de repente, um vulto, um som, um tiro. Assim rápido como o ponteiro que conta os segundos do relógio, você se foi. Ali deitada nos meus braços, sangrando e de olhos fechados, causando em mim uma dor insuportável, liberando um enorme grito de socorro destruindo o silêncio, eu gritei uma e duas vezes até perceber que ninguém viria, ninguém ouviria. Te pego no colo, corro com você sangrando, vejo um carro e faço sinal. Graças a Deus alguém apareceu. Ainda com você no banco de traz eu choro, deixo minhas lágrimas limparem as marcas de sangue no seu rosto e em pensamento dizendo que te amo, até chegarmos ao hospital, um enfermeiro vem pegá-la e colocá-la em uma maca, enfim não a mais nada que eu possa fazer a não ser esperar.
3 horas depois sai um médico, com um ar triste ele me diz que você não agüentou os ferimentos. Primeiro o silêncio, depois o choro e por último o grito. Não há vida mais aqui, sou agora um vaso vazio, sem planta, sem terra. Ainda hoje me encontro nesse enorme deserto chamado “Terra”.
O fato de ser forasteiro foi insuficiente para que não houvesse tanto de meu sangue nesta terra, quanto desta terra em minhas veias.
Quero a tinta mais vermelha para escrever a minha vida. Sangue! Pois passar por aqui sem ter dado o melhor de mim não me satisfaz.
Eu sinto, assim como sinto o passar suavemente do sangue em minhas veias, sem perceber. Eu sinto, como cada batida do meu coração que segue o ponteiro do relógio. Preciso do brilho, do concreto. Mesmo quando em um escuro total, enxergo a formosa forma que possui; a luz que é só tua e como te destacas no escuro, no horizonte. Às vezes, vai pra um lugar só teu e fica sem dar o ar de sua graça, mas eu sei que está lá, esperando para brilhar. Aparece calma no anoitecer, e vai desaparecendo visualmente quando começa o dia, mas nunca para de brilhar, pois aqui ou em qualquer lugar tens inúmeras pessoas que vivem na noite apenas para te apreciar e tentar entender o porque de tanta beleza.
Minhas palavras, por vezes mascaradas, escondem cicatrizes, e de cada letra, rios de sangue transbordam como cachoeira!
O Show de Horrores está na mídia. O sangue que ela noticía, as mortes que ela documenta, as tragédias que ela leva a público... Tudo poderia ser melhor sem ela.
Meu sangue é imortal, sangue do meu coração puro e leal com a força de um guerreiro apaixonado;
Com palavras honrosa faz sobreviver o sentimento que nunca foi lenda, pois fui carne agora sentimentos;
Vejo a estrada que trilhei entre a tempestade, mas amei meus desafios e não morri, colho agora minhas vitórias;
Nunca consegui fugir de tudo que me envolveu de forma que me fizesse no mais em seu coração;
Não se caracterize a pessoa pela cor,pelo sangue,mas sim pelo o suor de batalhar na guerra e o carater de campeão