Sangue
o rio de sangue que desce colina abaixo,
provem da tua alma, despedaçada,
no momento que seu coração partiu,
numa fonte de tristeza se fim,nossos...
caminhos tomaram direções diferentes,
entre as encruzilhadas da vida...
sentimos que a solitude é melhor caminho...
no sentimento atroz a vida torna se pequena...
diante do sentimento da paixão,
glorificamos o amor, arrebatador,
nada nessa vida é tão bonito e embriagante,
amor, seja eterno enquanto dure,
a flor do destino floresceu de lados opostos,
numa realidade furtiva, nossos corações...
caminham em lados contra lho a correnteza,
que flui entre nossas lagrimas de sangue.
por celso roberto nadilo
meu sangue é derramado entre as estrelas,
não sinto mais minha alma, vivo na escuridão,
não sinto teu coração, sua alma está morta,
meus pesadelos, são sonhos na tua alma,
despedidas dos meus maiores sonhos,
são todos parte do meu desespero,
minha vida não sanguifica meus sentimentos.
embora já esteja morto caminho esta cheio de sonhos
cativos na tua alma perpetua o amor é apenas...
um sentimento banal perdido em um sonho.
por celso roberto nadilo
Diário de um Defunto
Meu coração parou de bater, o cérebro não recebeu mais sangue. Após 10 segundos cessou toda minha atividade cerebral. Clinicamente já era considerada morta.
A pele ficou acinzentada e rígida, os músculos relaxaram, por causa disso eu não tinha mais controle sobre o esfíncter, a bexiga e os intestinos se esvaziaram. Minha temperatura caiu drasticamente, e continuaria a cair 0,83°C a cada hora. O fígado, por ser o órgão que se mantém quente por mais tempo, seria usado para determinar a hora do óbito.
Após 30 minutos minha pele começou a ficar púrpura e com aspecto de cera. Como a circulação sanguínea cessara, meus lábios e minhas unhas empalideceram pela falta de sangue. Pelo mesmo motivo, nas partes baixas do corpo o sangue ficou parado, formando manchas de cor púrpura escura: a lividez. Minhas mãos e pés ficaram azulados.
Meus olhos começaram a afundar para o dentro do crânio.
Faz 4 horas que morri. Ainda não fui encontrada. Com a minha morte ocorreram modificações na constituição química do meu tecido muscular. Então meus membros endureceram. Agora é impossível que alguém consiga me movimentar. O rigor mortis começou a esticar meus músculos, isso durará pelo menos 24 horas, depois o corpo voltará a seu estado relaxado.
Após 24 horas do meu falecimento meu corpo adquiriu a temperatura do ambiente que o rodeia. Uma cor verde-azulada tomou conta da minha cabeça e do meu pescoço e a mesma cor começa a estender-se por todo meu corpo.
Tem início, neste momento um cheiro forte de carne podre. Minhas feições estão totalmente transformadas, nem mesmo eu me reconheço. Não é algo agradável de se ver. Queria tanto que alguém me achasse…
Três dias se passaram. Os gases dos tecidos corporais, oxigênio e carbônico, formam bolhas debaixo da pele e meu corpo começa a inchar e crescer de forma ridícula, disforme. E eu que pensava que isso só acontecia com os mortos por afogamento. Estou me sentindo um teto cheio de goteira, por todos os orifícios pingam fluídos corporais.
Começo a me conformar com a idéia de que meu corpo irá se decompor aqui mesmo, a céu aberto, comigo assistindo. E depois, para onde irei?
Agora que já se passaram três semanas, já me acostumei com o aspecto grotesco do meu corpo, nem o sinto mais como meu. A aparência de cadáver não serve como espelho. A pele, os cabelos e as unhas estão tão soltas que saem facilmente. Por causa da pressão dos gases internos, a pele está se rachando.
Estou me decompondo e assim continuarei, até que restem somente os ossos. Como o esmalte dental é a substância mais dura do corpo humano, logo só ficarão os dentes. Estou esperando “a passagem”, mas nada de anormal me aconteceu, tirando o fato de estar morta e velando meu próprio corpo.
Acho que me tornei uma alma penada. Será que têm outras? Vou ter que procurar por aí. E eu que achava que depois que morresse ia ser tudo mais fácil…
A minha família
Na minha família não cabe só o sangue, família é um todo, é compatibilidade.
É um grupo de pessoas com algum elo de ligação, talvez superficial ou profundo.
O que determina esse laço não é só a convivência, mas o parentesco da alma, do espírito, é o contatar essas pessoas com frequência.
É compartilhar interesses, abraços, auxílios, é estender a mão, é o recadinho carinhoso inbox, é ouvir, é visitar quando puder, é estar sempre por perto seja como for...
É ficar triste com suas derrotas, consolar nas perdas e vibrar com suas vitórias, é oferecer o ombro e principalmente a presença silenciosa...
O resultado é o respeito, o carinho e o zelo mútuo que crescem com o tempo, é tudo que foi conquistado e nunca exigido, pois não é o temor que conta e sim o amor que retorna, porque foi doado...
É tudo isso, sem comprometimento com o autoritarismo, que faz da via em família uma grande vertente da harmonia...
(Giana Mordenti)
Vulto
Espinho na carne
Sangue na flor
Alívio na alma
Calma na dor
Enfrento o confronto
De versos em versos
Estão soltos no vento
No solo dispersos
Procuro e não acho
Na busca do encontro
De novo o confronto
Conflito e dor
No mel o sabor
Do amargo labor
Da peleja distante
Que busca aos olhos
Amiúde e constante
A figura do amor
O zelo pela paz no coração do homem é a mais forte garantia que a dor, o sangue, a poeira e o pó da insensatez não se tornem o cartão postal de um tempo.
O gosto do sangue é sempre igual ao do metal da espada. Sangrar e esgrimir são sinonimos que apenas guerreiros compreendem.
Prometo à mim mesmo:
Todas as lágrimas desgraçadas e o sangue derramado pelo o meu ser, serão reconhecidas um dia.
Todo o afago da dor, me mostra que até o pouco desprezo da felicidade é melhor que esta amargura hipérbole do sofrimento.
Não sou um boneco, não sou menos.
Sinto, vivo, como você.
Vivo?
Não pergunte para mim.
Isso não é o suficiente para uma vida.
Tenho Sede do seu sangue frio que sua carne apodrecao que seu mal cheiro perfume o ar por onde passar q sua estrada seja em trevas e dor
Meus olhos velados numa cripta de solidão,
expressa as lagrimas de sangue do teu coração,
relato meus sentimentos em breves momentos de lucidez,
me deparo com as inúmeras vezes que a luz da tua vida...
iluminou meu espírito diversas vezes quando a dor era insuportável,
senti que a vida valia a pena,
dormir e ver teu rosto em meus sonhos,
era tão real que a realidade não existia,
teu perfume era o néctar mais doce,
mas como tempestade vem a realidade é esse cemitério...
o meu espírito convalescente...
só uma especie de amor ou paixão,
que abandonou meu coração.
por celso roberto nadilo
dedico esse poema ao poeta de alma Cazuza que luz de nossos corações te ilumine nos laços da eternidade.
sinto gosto do teu sangue é como teu amor,
revolta se na tribulações da alma,
nunca senti alma tão pura,
a morte lhe da ar dar escuridão,
seus sonhos são eternos,
sinto gosto da tua boca,
em mil lamentações de amor,
senti gosto da eternidade,
tua pura consome meus sonhos,
sobre as trevas desejos carnais,
são tão reais que tua pele sangra meus desejos,
os fonemas eternos de prazer são o abito da solitude,
seu sangue escorre entre tempo que passou,
larga sensações transpõem teus extintos carnais,
devoro meus sentimentos no teu corpo,
em expressões de prazer a eternidade é uma sombra,
múrmuros entre as lamentações,
dão aos laços da eternidade,
o brilho da tua vida.
por celso roberto nadilo
Tu vieste do céu para ser cuidado por nós, um diamante recém-lapidado da áurea cristalina, sangue das estrelas corrente pelo universo, amante dos planetas e das órbitas que astronautas desconhecem, a astrologia pouco pode explicar-te, vieste de alguém, vieste de Deus. Meu menino Cristal, azul como as águas do oceano, sorriso de divindade, dom da ternura. Tu me conheces? Por que eu conheço a ti. Espero-vos como uma dádiva vinda dos céus. Que tu possas salvar nosso milênio.
minha mente não é real
eu não sou real
minha vida não é real,
o sangue não é real,
minhas veias não são reais,
a morte não é real,
o medo não é real,
meus olhos não são reais,
meu espírito paira entre vida é morte,
eu não sou real,
entre as partes do céu da terra,
não existe realidade,
num beijo de morte só existe irreal,
na face olhos só se senti o tempo passado,
na realidade só existe o passado entre...
um presente passado em momentos,
dos quais aonde tua mente não existi mais.
por celso roberto nadilo
O Sangue precioso de Cristo Jesus foi derramado sobre o Livro da Vida; apagando a negritude de todas as nossas iniquidades, e selado, com a Sua digital, o desfecho final e vitorioso de nossas vidas, eternamente, ao Seu lado!