Sangue
Se um dia eu for assassinado que seja por você, para que todos saibam que meu sangue correu por aí por tua causa, e que pelo mesmo motivo que meu coração batia, ele parou de bater.
FILHOS
Os meus queridos filhos
São e serão sempre "os meus filhos"
Sangue do meu sangue, carne da minha carne
Enquanto eu viver, enquanto viverem, eu serei a sua mãe
Os filhos são um fragmento de nós
E não um prolongamento dos nossos sonhos
Temos o dever, obrigação de os ensinar a caminhar no mundo
Amando-os sempre, por muito diferentes que sejam de nós.
Eles são livres para sonhar e desejar um futuro à sua maneira
Não à nossa, temos de respeitar os seus sonhos
Os meus filhos são e serão sempre meus filhos
Do amor, da razão da minha vida, pedaços do meu coração.
sou a terra mãe que se põe a chorar
quando vê o sangue de um filho derramar
pelo fim da guerra se vê implorando
mas seus filhos continuam a machucando
e mesmo com as feridas abertas continua-os amando
e quando sera o fim desta ignorância
fica ela se perguntando
pois há tanta beleza para ir se amando
mas seus filho pisam em cima uns dos outros
para demonstrar qual deles é o mais poderoso
mesmo seu filhos sendo tão orgulhosos
ela tem a esperança de um dia serem mais amorosos
sonhando com o dia em que irão todos ser iguais
sem mais problemas por sermos às vezes irracionais
Adoradores do sangue
famintos por uma alma mortal,
dejetos da sociedade,
aonde esta moral?
se a conhece a despreza!
no fardo dessa vida momentânea
de senso critico é apenas parte da carne...
do desejo inflamado,
na língua da besta que nos consome,
as virtudes que tanto afloram,
na sobriedade dessas pobres almas...
espíritos vendidos pela vaidade
dos pecados mais profanos...
condenados para sempre.
Eu sei que você me quer
Liberte-se do seu orgulho e venha
Eu sei que o seu sangue ferve ao me ver
Eu sinto o mesmo por você
Você me olha quando eu já estou a te admirar
Os nossos corações pulsam por igual
Meu sexto sentido me persegue
E me diz pra eu não desistir
Pois eu sei que você me quer
Liberte-se do seu orgulho e venha
Eu sinto o mesmo por você!
o coração palpita em cada segundo, para bombear o sangue em todas as partes do nosso corpo.
e a mente produz em cada segundo pensamentos que servem de bússola para a orientação da nossa consciência.
A eterna glória de viver vai depender muito de um divinal querer. Quem não quer ter amor no sangue, só o veneno vai ter.
minhas correntes são os domínios do meu sangue,
não acredite em tudo ouve sobre olhos mortos,
sentimentos penados por tanto sono que já perdi,
meus segredos vertem na minha pele...
tento chorar mais não consigo...sou frio como morte,
que me tocou quando você morreu,
não nos despedimos não entendo porquê?
a vida estranha deixou você ir sem me beijar pela ultima vez;
tudo que me disse a vida tudo parou meu sentimentos,
por muitas vezes deixei o amor me guiar e ouvia voz da razão,
nada mudava então por nada deixei as magoas tomar formas,
nisto percebi que vida é um paradigma sem sentido,
porque perdi todos que amei de jeito que só profundo
dos meus sentimentos diria que frio de minha alma,
seja um reflexo do que realmente sou,
olho para passado não mudaria nada pois o sofrimento
tomou formas dos quais perdi a direção de quem sou,
mesmo tenho profundo sentimento de perder tudo,
não seja importante pois vida cheia de passagens,
estreitas ou descidas ou subidas ingrimes...
como minha escuridão seja apenas minha solidão,
consumida pelo meu silencio e sem aquele ar
de inocência que perdi quando deixei sua vida ir;
por mais que queria que tudo fosse um sonho
perdido no tempo, meus conflitos continuam muito vivos
nas profundezas da minha alma, parece poético,
mas, realidade a dor nunca passou só deixou um espaço
do qual nada existe ou existirá algum dia.
por celso roberto nadilo
fronteiras da minha alma
Alentado amor meu
Nessas ruas amor não há;
perfuras espinhos;
essa noite o sangue cessará;
em minha casa roubo tranquilo;
aquelas histórias contigo;
levadas ao jardim;
sofrida terra destes o fim;
dessa infame peleja;
almejas tempo pelo frio;
nos seus longos fios de cabelo;
encontro as flores do desamarro;
libertas-me tua sútil beleza;
eis-me aqui desapego da tristeza.
Gastamos nosso sangue com questões que só o distanciamento nos mostrará que eram inúteis, a vestimenta não é tudo, as recordações, essas sim são eternas.
Sangue forte.
O nordestino é capaz
oferece a mão amiga
respeita tudo que faz
mesmo se não consiga
somos um povo de paz
mas não fugimos da briga.
PODRIDÃO IMPOSTA
Chovia com força vidros
Vermelhos de sangue
Partiam todos os cristais
Soltos da velha janela
Tentava caminhar
Sem ser cortado no vermelho
Sangue de tinta
Entre as escritas letras pretas
Prosa sem medo
Sem o dever de suportar a dor
O cervo tremia do caçador
Predador ansioso da mente
Caçador de sonhos,
Perdido na vastidão das almas
De mãos sujas de barro
Lenços de asas que fazem voar
No novo cinismo rompendo o ócio
Na partida já pronta
Desmorona no queixo caído
Na barba desfeita do despeito
Entre o seio da incredulidade
Desespero da fome à noite
Lágrimas soltas de sangue
No sacrifício dos versos obscuros
Sangue no chão, onde o mal
Germina envenena e contamina
Infiltraram-se assim escravizando
As palavras, as letras
No vento gelado de intenções maldosas
Choviam punhais
Que nos feriam rasgando a carne
De poemas já livres
Da maldade, da podridão
Que era imposta nos nossos dias.
Vencedor.
É mais forte que a dor
tem sangue de Virgulino
na vida é um lutador
das batalhas do destino
se existe um vencedor
o nome dele é nordestino.
Pulsa, Pulsa, uma contínua batida da vida.
Coração pulsa designado irrigando o sangue.
Como uma nascente no meio da floresta.
Semeando nutrientes para vida.
Vertente, vital e divina.
[...] Seja arrancado tudo o que causa peso; sejam os órgãos, os ossos, os músculos... Seja o sangue. Não quero estar vazio, mas leve. Seja retirado tudo, para doravante eu enfim flutuar. Quero estar leve e não vazio inversamente digo. Quero gritar mais alto no tempo certo do grito. Quero mover com mais leveza, sem nada que possibilite peso. Quero mover no ar se possível for. A remoção do que me causa peso se dá com esmero. Flutuo sobre os horizontes, vejo os lagos, beijo o vento. Sonho os sonhos de um pássaro. Sonho a liberdade de sonhar livre, sem obstáculos, sem peso algum, sem nada que me empeça de ir mais alto e alto sem voltar atrás - Não morrerei enquanto não experienciar o flutuar. Não partirei enquanto não me torna um ser flutuoso.
como pode?
a morte gerar vida.
o sangue,
curar minha ferida.
como pode,
as lágrimas
saciaram minha dor,
a humilhação de um Homem
fazer de mim, vencedor.
um inocente morre
pra que eu tenha
vida eterna.
não entendo,
quem me explica?
a graça que me invade
e apaga minhas dívidas.
talvez eu nunca entenda,
mas que eu sempre sinta.