Sangue
O PT é uma espécie de rio sangrento que corre debaixo da neblina. Quem passa por ali só sente a temperatura da água, mas não podem opinar, não veem sua cor vermelha, nem sentem seu cheiro podre.
Esse rio foi preenchido por lágrimas de crianças inocentes e adultos descontentes.
Mas uma dúvida assombra: quem abriu caminho para essas águas passarem?
" Se você se incomoda e fica indignado com o racismo, independente da cor da sua pele. Você tem sangue negro nas veias."
Jesus não nos comprou com desconto na Black Friday, ele nos comprou com preço alto, foi caro, foi preço de Sangue.
Eu sou um lobo desgarrado abandonado quase sem pelos mas com dentes fortes fome de carne e sede de sangue...
Sensacionalismo
Exausto de assistir à guilhotina,
o estomago se acostuma,
os olhos não mais vê,
o coração é incapaz de sentir.
Sangue e miolos não assustam mais.
Naturalidade desumana.
Por que meu coração é tão vazio
Pois no olhar depressivo
No meu futuro decisivo
não há nada para encontrar
Minhas lágrimas se escorem
Completando esse vazio
No ato de se cortar
Num sentimento que vai passar
Felicidade, algo que não sei expressar
Pois na depressão desse caminho
Ninguém nunca irá voltar
Em minha tristeza há beleza
Na volta deste luar
Que jamais irá voltar
Frida Kahlo
Faz uma tela sentida:
Prepara pincéis e tintas,
Um'alma exposta, ferida...
O que ela externa, tu pintas.
Carrega nas cores quentes:
Rosto? Amarelo-pavor.
Ígneas lanças nos dentes;
Na boca, maçã do amor.
Nos olhos, usa três cores:
Tenta azul, verde e cinzento.
Tons de finados amores...
Arco íris em tormento.
Não poupes nas cores frias!
Põe púrpura nos cabelos.
Nos seios, como farias?
Cor de gelo, sem apelos.
Nem penses ficar com ela;
Assim, ela te domina!
Crava no corpo da tela
A fria espada da China.
Fêmea louca que se esvai?
Ah... Não te sintas dorida.
É tinta o sangue que cai.
É bela e ainda tem vida.
(Verônica Marzullo de Brito)
O PAPAMANO 05/05/2017
Na luz que trilhou a vida
rasgando os dias sofridos,
nossos, os mocinhos maltrapilhos,
ensopados pela existência molhada.
Lá, na era do pijama
chilola, do carro de garrafa
a zazá, e do sete ás dezoito, a cama.
nasceu um sentimento, o papamano.
Papamano, foi o pai das causas perdidas
o remédio das doenças sem curas,
foi o companheiro dos heróis solitários
foi os olhos, as mãos, a cabeça e a mente.
Papamano, és tu cuidando de mim
sentido as minhas dores, e sendo forte,
exprimindo lá do fundo a mesma sorte,
papamano, és tu meu irmão.
Autor: EZEQUIEL BARROS.
Estilo: Indo, vindo e vivendo
Me apaixonei por um poeta
que fez minh'alma ficar em festa
Sua especialidade não foi escrever em simples páginas
Sua melhor obra foi escrever em minha alma
com seu sangue em seu tinteiro
em meu coração de vermelho
Trazendo vida!!
Curando as feridas
Fazendo uma obra
que ele não consegue entender
Chamada AMOR
BABY NANOS
Meias que não cheiram,
Androides que não mamam.
Calças que não molham,
Veias que não sangram.
Goste-se ou não,
É de se crer sem ver
O que dá para sentir infectas de Nanos.
Ó baby insectos? Blade runners!!
É estranho ser finalmente invisível. Uma das razões pelas quais escolheram vermelho é o oposto. Somos fáceis de pegar pois somos fáceis de ver. Como sangue na neve.
É assim que o mundo funciona. Você pode tomar a ofensiva, pode enfrentar os cruzados nas terras deles, ou pode ficar em casa esperando que eles venham. E eles viriam. Viriam trazendo o fogo, a doença, o sangue e a morte com suas espadas. A fraqueza é uma isca irresistível.
Algumas vezes eu achava que a espada cantava. Era um canto fino, apenas entreouvido, um som penetrante, a canção da espada que desejava sangue; a canção da espada.
E enquanto houver um reino nesta ilha varrida pelo vento, haverá guerra. Portanto não podemos nos encolher para longe da guerra. Não podemos nos esconder de sua crueldade, de seu sangue, do fedor, da malignidade ou do júbilo, porque a guerra virá para nós, desejemos ou não. Guerra é destino, e o destino é inexorável.
Flor não olhes pra baixo, nem para direita nem para a esquerda, repentinamente olha para trás, e repousa tua mente nos cortes profundos colecionados na tua caminhada. Admite que o sangue derramado te fez forte, que o sal das tuas lágrimas te trouxe um norte, te ensinou a prosseguir. Flor, agradece pelo privilégio da vida e vai em frente, tu tens um jardim para colorir.
Família é um bem precioso que poucos valorizam. Os que têm, ignoram. E os que não têm, lamentam. Deveríamos saber valorizar cada momento permitido de estarmos juntos daqueles que têm o nosso sangue, ao invés de reclamar e ignorar. Há tantos que queriam um lar, uma família para passar um final de ano, um aniversário, mas, infelizmente, não têm. Não deixe que a ignorância e ingratidão falem mais alto que o seu coração, corre que ainda dá tempo, mas vai logo, pois os dias estão padecendo.
Sei que o riso me faz feliz, contudo, muitas vezes, é no choro que eu cresço. Não que eu queira chorar mais do que sorrir. Não é isto. Apenas não quero me esquecer de que, são nas dificuldades que eu me levanto mais forte. São nas cicatrizes que aprendo a estancar o sangue das minhas próprias feridas, pra poder seguir em frente sem medo, afastando de mim um dos sentimentos mais destrutivos que existe: ter pena de si mesmo. É das quedas que alço voo sem tapete mágico, sem asas, sem paraquedas, num impulso incontrolável de abraçar o céu, percorrer oceano e pisar firme no chão, porque é dela que brota a raiz do meu progresso. Sobretudo, quando Deus me diz: vai lá, colhe o que plantou!
Morte em honra
Dançam as espadas.
Faiscas de dor.
Olhares surpresos.
Lágrimas de amor...
O corte profundo
Atravessa a alma
E me leva desse mundo
Destrói os sonhos em menos de um segundo
Dores e convulsão
Medos e alucinação
Todos me olham
E eu não sinto mais meu coração
Em meu leito de morte
Irei implorar
Para que outro sonho
Outro amor ela deva encontrar
Vejo todo o meu sangue se esvair
Minhas pernas já não me sustentam
Deitado no chão vejo o passado
E começo a sorrir...
A visão se ofusca
O sonho se torna tão distante
não sinto mais dores
E seu olhar é a única coisa que me lembro nesse instante...
No fim não há nem uma luz
Somente o infinito
No qual vago sozinho
A espera daquela que o olhar me mostrara o caminho
Dias se passarão
Anos se acabarão
Estarei a te esperar
Estarei aqui pronto a te abraçar...
Há pessoas que tem dinheiro, nós temos história. Existe quem tem brilho, nós temos a luz. Outras tem força de vontade, nós temos sangue nos olhos.
Escrever, para mim, é um ato físico, carnal. Quem me conhece sabe a literalidade com que escrevo. Eu sou o que escrevo. E não é uma imagem retórica. Eu sinto como se cada palavra, escrita dentro do meu corpo com sangue, fluídos, nervos, fosse de sangue, fluídos, nervos. Quando o texto vira palavra escrita, código na tela de um computador, continua sendo carne minha. Sinto dor física, real e concreta, nesse parto.