Sangue
Clamor
O sangue de Jesus purifica todos nossos pecados, mas o inimigo continua acusando, ele maquina a malícia, coloca a covardia e enfermidades, esse satanás maligno confunde e investe para destruir.
Oh altíssimo, faça valer a cruz, o madeiro cinzento de dor e amor, liberte e agracie esse teu filho com as mais diversas bênçãos, apelo senhor pela mudança oh pai, que seu caráter seja personificado no meu espírito, minhas reações e atitudes venham sanar todo processo de luta.
Pois sei que o inimigo tenta persuadir, iludir e enganar, coloca nossa confiança a prova e elevo minhas considerações que minhas fraquezas me condena, pois sozinho sou um nó confuso, mas pela limpeza que Jesus proporcionou eu acredito senhor, no renovo dessa criatura que está procurando seus desígnios.
Giovane Silva Santos
É que esse ódio no meu peito aumenta a cada dia
Não aguento mais tanto cheiro de sangue inocente
Nói’ não vive, nós sobrevive
A guerra existe, a cena é triste
Meu povo tá doente
SANGUE BRASINO
O negro macanudo e de brilho
aportou na querência colorada,
com um lombilho na invernada
mesclou-se no grado estribilho,
samba e fandango o seu fraco.
Na campanha de Farroupilhas,
cavalgou e lutou muitas trilhas
com a bravura do sangue afro.
Não tremulou dentro da cancha
para demonstrar a sua sagácia
de vaqueano, peão de audácia
na lidas que o pampa arrancha.
Impôs o respeito e já amparado
agauchou-se aos pagos o taura
campeador, fiel pajador e quera
de valor às tradições do Estado.
O negro campeou forte, valente,
verteu suores, risos e lágrimas
para nos legar favores, estimas,
miscigenou na terra sua gente,
teceu a língua do povo berbere,
cultura e ritual de um continente,
deixou-nos o ritmo mais quente,
carnavalesco e de alegria títere.
Seu elemento étnico não oscila
a força que ostenta nosso povo,
imbatível em piques de corcovo,
é guapo na febra e nunca vacila
nos pealos, cizânias de maulas.
O negro, antes de tudo é o forte,
raízes da África, na vida e morte
seus méritos nos doaram aulas.
O pampa sem negro e sem facho
não seria hoje o orgulho do país,
e dos seus pagos brota uma raiz
de sangue brasino: taco gaúcho.
São queras e jibarras de intento,
à bombacha, cavalo e garnacho,
e lá vai ele, é negro, é muchacho,
o irmão de cor, de valor e talento!
Do seu Livro "Cascata de Versos" - 2019
UMA HERANÇA INESQUECÍVEL
O circo está no sangue de quem herdou dele a beleza e a magia,
é como uma herança inesquecível
que ultrapassa sua eterna essência
no interior da própria consciência,
extravasando a alma no indizível
ritual de imensurável paz e alegria.
O circo está no âmago de quem batizou com fogo sua vocação
de artista, forjou no corpo o ofício
de acrobata, mágico e malabarista,
fez da corda bamba o equilibrista,
domou o tigre e o leão no desafio
da arena e fez o palhaço folgazão.
O circo está no espírito da criança e na conjunção da felicidade;
sem idade, cor ou sexo, só irradia
riso, contentamento, descontração;
somente o circo transmite emoção,
criando no espetáculo sua fantasia,
tecendo da quimera sua realidade.
O circo está no princípio e fim da vida, gênese da divina criação;
arte transmitida dos antepassados
aos herdeiros de palcos, tradições
milenares de gerações a gerações;
o circo é um dos mais consagrados
espetáculos que não sai do coração.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
Lembrai-vos sempre do Deus que vos amou, que até derramou o seu sangue para então comprovar Seu amor.
Cada um possui certos princípios de conduta inatos e concretos que fluem no seu sangue e seiva como resultado de todo o seu pensar, sentir e querer. Na maioria das vezes, cada um os conhece não in abstracto, mas só ao olhar retrospectivamente para a própria vida, percebendo um fio invisível. Conforme a natureza de tais princípios será conduzido à felicidade ou à desgraça.
Vlad
O órgão ecoa aos quatros cantos do recinto; preparo o cálice de sangue para ela, ela sorri com um olhar lascivo, desejando minha carne, pois a alma não havia. Recitando poemas sem sentido, demonstrando que é sábia, queria convencer que era mais que as demais. Querida foi Justina, aos méritos peculiares, parábolas aos ventos vorazes. Fácil de transparecer ao foco pleno de desejo, serena, transmite a sintonia mais bela e clássica de fome aos meus ouvidos. Façam a alegoria, todos estão servidos, a noite não é tão escura como costumam dizer.
Apocalipse Humanidade
Todo canto há sangue e desordem; num súbito momento a água se transformou em vinho. Todos os dias pensam em matar. Pensando em máquinas para sobreviver em modo de tirania entre os animais.
A raça perversa suplica após um mero desespero, depois de protagonizar tantos terrores nível Hitchcock.
Recôndito durante tanto tempo, acabei me deparando no espelho que fui infectado, me tornei um deles; tentei achar a cura, mas vi que precisei matar para isso. Pobre de mim e de todos, nesta vasta pandemia devastadora de pobres seres.
Otávio Alves