Poemas sobre samba
Dança direito japonesinha
Rebola morena
Rebola loirinha
Dança direito japonesinha
Samba meu peito
Grita meu coração
Ele bate mais forte
Enquanto elas rebolam
Rebola morena
Rebola loirinha
Dança direito japonesinha
Farro no samba com pé direito
Abraço a morena
Na loirinha lasco um beijo
Mas, fico de olho na japonesinha
Rebola morena
Rebola loirinha
Dança direito japonesinha
Lá outro lado tem mais garota
Elas me olham com dedo na boca
Rebola morena
Rebola loirinha
Dança direito japonesinha
A noite termina só quando amanhece o dia
Rebola morena
Rebola loirinha
Dança direito japonesinha
Maria Lu T. S. Nishimura
Sou samba, pagode e do improviso
Improvisando somente verdades no teu ouvido
Eu sou eclético, romântico, meio alternativo
E não troco você por nada, prefiro ficar contigo
PRELÚDIO
O samba tocou,
Você sorriu no meu ritmo,
Loucamente veio,
Chegou e me abraçou,
Me olhava nos olhos sorrindo,
Olhar de dançarino,
Samba gingado, você me conduz,
Sintonia de olhar,
Coloca amor na cadência,
Eu começo a te fantasiar,
Sonhos utópicos,
Desejos ocultos,
O samba que mexe latente com a gente,
Junta nossos corpos, pensamentos sem igual,
Toca com maestria o som do coração,
Samba contentamento, entusiasmo, gozo,
Um molejo de amor, filho do prazer,
O teu jeito manso que me faz tão contente,
Me rouba os sentidos,
Desfruta meu corpo,
No interior quente do teu sambar...
Samba com virtuosidade,
No interior da minha poesia...
UM SAMBA EM RÉ MENOR
Não é tristeza, é melancolia
um tipo fatal de abstinência
não é dor de corno nem sofrência
é a falta de beleza e poesia.
Ainda escuto, como punição
relembrando tudo que vivi
a música boa que tocava à beira mar
quando te conheci.
Sem a Bossa Nova, “Chega de Saudade”
num bar em Ipanema, que dia agradável
sem você e tudo isso
a vida não poderia ser suportável.
Ainda assim sangra a poesia
o vento sopra e traz esperança
não é desespero é falta de alegria
um tipo fatal de abstinência
não é tristeza, é melancolia...
UM SAMBA EM RÉ MENOR
Levava a vida de bamba que samba na cara da dor
Andava sorrindo e escondendo o seu medo da dor
Jogava com o dissabor de um dia estar só
Brincava de amar uma de uma vez, mesmo já tendo um antigo amor
Eu vi, eu vi a sua trama
E me vi entrelaçada no seu desamor
Aceitava qualquer passado que batesse na porta trazendo um velho amor
Levava a vida fingindo, correndo, despistando a paura da dor
Postava fotos e frases cheias de sentimentos vãos
Pregava que enfim tinha encontrado o grande amor
Acabava e se via só na escuridão do quarto
Corria para encontrar um novo amor encontrava, o tempo passava e
Levava esse tal
Amor.
Látex
Sentado,
Me vejo um passista onde não tem samba,
Me vejo uma ave no céu sem asas,
Me vejo numa escola onde a presença dos professores são as mais altas ilusões,
Me vejo nas ruas sem caminhar,
Me vejo no deserto onde não tem areia,
Me vejo no rio navegando onde não sei onde irei parar,
Me vejo no mar aberto e olho para os lados e vejo ilhas neutras sem vidas,
Olho para as indústrias onde não tem funcionários,
Olho para os projetos,
Vejo uns tão bem elaborados,
Vejo sede e fome,
Vejo pessoas desempregadas,
Vejo mães fazendo filhos,
Vejo avós em desespero,
Vejo crianças querendo brincar e o parquinho que era para ser para todos,
Apenas os mais ricos podem participar,
Vejo escolas particulares,
Umas com a folha de pagamento á naufragar,
Vejo instituições de fachadas,
Secretarias por vaidades a prosperar,
Vejo talentos desperdiçados,
Longe da mira dos que podem ajudar,
Vejo alimentos desperdiçados,
E não custa nada para alguém doar,
Vejo a Internet,
Parace fios eletromagnéticos que se ligam em nossas residências querendo algo nos roubar,
Vejo a mata tão bela e verde,
Um equilíbrio da fauna e flora a se degradar,
Vejo vielas e esgotos,
Sem alvoroços ficarem sem soluções,
Levando doenças e fazendo vítimas sem ninguém isso olhar,
Vejo o que meus olhos me mostram,
Vejo e começo a pensar,
Penso e analiso,
E é analisando que continuo a enxergar,
Vejo lixos e moscas,
Seria bem mais fácil se todos se dedicassem a não jogar tanta sujeira por um mundo melhor,
Vejo também rachaduras no caule,
E essa árvore somos nós mesmos,
Alguém nos feriu e poucos viram e sentiram,
E nessas rachaduras o látex não para de escorrer,
Por enquanto é somente um látex,
Quando tudo se transformar em borracha,
Quero ver quem vai escapar......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O coração de um poeta é uma mistura de variados ritmos
Vai do tango ao samba
Em passos miudinhos
Na boa ginga manda o recado
Que parceria é essa, compadre
Deixa qualquer romântica sem fôlego
Tiro o chapéu por sua maestria
Samba miudinho no teu compasso
Neste passo de bom sambista
No amor és afinado e requintado
Faz de mim a bailarina de sonhos
Segura estou em teus braços
Entrelaçada neste abraço
Se me perco ou me acho
Neste compasso...
De amor, alma e parceria
Não brinque com este coração
Parceiro
Depois que o Amor se instala
No coração quer abrigo
No teu colo descansar
Deixando as horas soltas
Nos desejos e na ânsia de te amar...
Vai que dá um samba, sabe lá.
Canção / Samba
Descanse em Paz
Estranho e triste homem
Sempre a se arrastar
Fingindo ser forte
A não se emocionar
Doeu quando disseste
Que não me queria
Fez de mim tão pouco,
Por desconhecer a filosofia enlatada que leu
Virou-me as costas, eu prossegui.
Desistir do amor, nunca foi pra mim.
Ah... mas o destino, sempre correndo a brincar
Envolveu-me nos braços de um homem lindo
Sabe fazer amor, sabe conversar...
Estende-me a mão, me tira pra dançar
Estende-me a mão, seca meu pranto, sem me criticar
Essa canção é pra te avisar
Que o amor aconteceu pra mim!
Graças a Deus!
Descanse em paz, enfim!
Essa canção é pra te avisar
Que o amor aconteceu pra mim!
Graças a Deus!
Sempre acreditei que seria assim.
Canção / Samba
Samba de Um Amor com Triste Fim
Se meu pranto não cessar, até que o dia amanheça
Eu vou te procurar, me dê um remédio que me adormeça
Meu coração já não sabe o que faz, com tanto sentir
Passo a noite acordada, sonhando...
Me sentindo culpada por não dormir
Na sua mesa eu vou chorar
Pois o devaneio se instalou em mim
Me seduzi pela beleza
De um amor com triste fim
A manhã já passou
Mas o meu pranto não quer cessar
Se seca ele; chora o meu coração
Em segredo a fantasiar...
Se meu sono não voltar
Até que eu enlouqueça
Eu vou te procurar
Me dê um remédio que me entorpeça
Para você vou implorar, na sua mesa....
Não deixe que eu me perca
Ter razão para amar dói na alma e na cabeça.
Canção / Samba
Vácuo
No vácuo não tem som
No vácuo não tem voz
Tristeza enfada no peito
Onde será que vamos nós?`
Os nós apertam o peito
Já sem ar se esvai a voz
Sem força o corpo deita
Sob o infinito feroz
Vazio.... como pesa tanto?
Lateja dentro do ser
Tomba o rico
Tomba o pobre
Poder é nada
Quando nos consome.
Vazio, como pesa tanto?
Lateja dentro do ser
Tomba o muro
Que separa os homens
Todos são iguais
Perante a você.
Canção / Samba
100 Anos
100 anos passarão, tudo é vento
Não há feito, que resista ao tempo
Nem cargo, nem salário, hão te lembrar
Nem casa ou vestuário, tudo sobrará
Toda fama é nada depois que se morre
Logo vem o novo e o nome some
Só o que fica é o que se deixa na matéria amor
E em cada canto, assim você importou
Sem fazer o mal, nem prejudicar
Como lindas pedras e rios a enfeitar
Como a paisagem, assim somos nós:
Todos de passagem na vida veloz.
Sem fazer o mal, nem prejudicar
Como lindas flores a enfeitar
Como a paisagem, assim somos nós:
Todos frágeis, todos nós!
Canção / Samba
A Sorte é Uma Mulher
A sorte é uma mulher
Não se explica, nem se entende
Se beija na boca quente
Dá a ela o que quer...
Se te visitar, não questione.
Abra a porta e a ame
E se lhe sorrir, levante-se!
A convide pra dançar
Porque a vida é uma festa, não espere pra comemorar!
A sorte é uma mulher
Inconstante, mas sincera
Faz de tudo por quem bem a quer
Seja um fiel amante
Ela estará onde estiver!
A sorte é uma mulher carinhosa
Se abraça, quer de volta, sabe se valorizar
Pois é de todas a mais bela, gosta de quem gosta dela
Abre a porta e ousa não voltar.
Beija na boca da sorte, beija na boca da sorte!
Beija na boca da sorte, não a deixe esperar!
Se a sorte te escolhe, não questione, a adore!
Agradeça, não a deixe escapar
Beija na boca da sorte, beija na boca da sorte!
Beija na boca da sorte, não a deixe esperar!
Se a sorte te escolhe, não questione, a adore!
Agradeça, não a deixe escapar
Samba / Canção
São Paulo
Como te amo São Paulo
Em teus braços fraquejei
Entre seus prédios e asfalto, sozinho chorei
Nenhum rosto conhecido
Ninguém fingindo se interessar, ainda bem.
Pelo seu centro antigo, caminhando sonhei
Com um futuro bonito para mim e pra você
Vi seu povo sorrindo,
Mesmo sofrido, trabalhando e estudando: ainda bem!
Como te amo São Paulo!
Seus sonhos, sua pressa
Pouca força pra mole conversa
Sua loucura!
És dos lugares o meu favorito
Desconfortável, mas acho bonito
Como em você a vida pulsa!
És dos lugares o meu predileto
Grandioso e modesto
Ser só mais um em você me cura...
Samba / Canção
Sonhar
Sonhar! Eu não resisto, mesmo sabendo de todos os riscos de depois chorar
Não tenho medo de não conseguir
Se não sonhar, para que existir?
A vida é sonho, sonhado por Deus, ninguém diria!
Sem motivo ou razão aparente,
Deu vida ao que estava em sua mente, grandioso artista!
Em meio ao deserto infinito: somos oásis de vida!
Sonhar! Eu não resisto, mesmo sabendo de todos os riscos de depois chorar
Não tenho medo de não conseguir!
Se não sonhar, para que existir?
A vida é sonho, sonhado por Deus, ninguém diria!
Sem motivo ou razão aparente,
Para cada olhar, deu um brilho diferente,
Que nos leva e nos traz, para além de onde a palavra vai.
Sonhar! Eu não resisto, mesmo sabendo de todos os riscos de depois chorar
Não tenho medo de não conseguir!
Se não sonhar, para que existir?
A vida é sonho, sonhado por Deus, ninguém diria!
Sem motivo ou razão aparente,
Fez o mundo com mistério envolvente
Enredos com drama, paixão e poesia
E aos bons de coração: sempre alegria!
Sonhar! Eu não resisto, mesmo sabendo de todos os riscos de depois chorar
Não tenho medo de não conseguir!
Se não sonhar, para que existir?
Samba / Canção
Trégua
Celebração, festa! Comunhão e paz!
Um minuto de trégua, sem pedir por mais
Olho ao redor, tenho tudo que preciso
Satisfeita vivo, com o que a vida trás
Exímia natureza, com toda certeza Ele é um bom pai!
E até mesmo a tristeza, sob um manto de estrelas,
Tem sua beleza, devagar a dor se esvai...
Chove lá fora, e eu acho tão bonito.
Aos que dizem que o mundo é ruim, compreendo, mas não acredito.
Chove lá fora, e eu acho tão bonito.
Aos que dizem que o mundo é ruim, compreendo, mas não acredito.
Celebração, festa! Comunhão e paz!
Um minuto de trégua, sem pedir por mais
Olho ao redor, tenho tudo que preciso
Satisfeita vivo, com o que a vida trás
Exímia natureza, com toda certeza Ele é um bom pai!
E até mesmo a tristeza, sob um manto de estrelas,
Tem sua beleza, devagar a dor se esvai...
Chove lá fora, e eu acho tão bonito.
Pelos que amo vivo, sina que a vida traz...
Olho ao redor, tenho tudo que preciso.
Um minuto de trégua, sem pedir por mais.
Chove lá fora, e eu acho tão bonito.
Aos que dizem que o mundo é ruim, compreendo, mas não acredito.
Chove lá fora, e eu acho tão bonito.
Aos que dizem que o mundo é ruim, compreendo, mas não acredito.
Samba / Canção
Que o Diabo o Carregue
Que raça é essa que não valoriza o amor?
Compra fiado com promessa e depois não dá valor
Se faz chuva é porque molha e se faz sol que tá calor
E só reclama do que é, do que será, do que passou
Que raça é essa que não valoriza a voz?
Fala demais sobre si mesmo, exalta o atroz
E quanto ao bem que há no outro, perde o tom
Quem foi que disse que o diabo não é bom?
Pode até doer, mas que não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Pode até doer, mas não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Que raça é essa? Basta observar
Cada mancada que o ser humano dá
Caça sarna daqui, pelo em ovo de lá
Não planta nada, mas quer um pomar
Tem preguiça de tudo, só não de cobiçar e julgar.
Pode até doer, mas que não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Pode até doer, mas que não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Compra além do que deve, do que pode pagar
Come mortadela arrotando caviar
Descobre daqui pra tapar de lá
Nega de onde vem e para onde irá
Traí quem te amou sem se importar
Mas não há cobra que consiga voar
Arrogância cava a cova o Capiroto vem buscar
Pode até doer, mas que não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Pode até doer, mas que não se negue:
Quem é burro que Deus mate e o Diabo o carregue!
Samba / Canção
Samba Inacabado para Meu Verdadeiro Amor
Um dia ainda termino esse samba
Que era para ser sobre o seu olhar
Sobre o que sinto quando me abraça
Quando me faltam as palavras até para rezar por você
Ah, existe alguém além de mim que possa ver esse amor?
Que desperdício seria, não existir Deus para ver meu interior
Que desperdício seria, não existir Deus para ver meu interior
Revolto como o mar, com tantos medos a navegar na imensidão de um outro Ser
Mas eu rezo mesmo assim, sem palavras, por você e para mim
Eu rezo mesmo se Deus não existir
Desça o céu sob nós
Façamos nosso amor subir!
Um dia ainda termino esse samba
Que é para te agradecer
Por despertar dentro de mim o melhor que eu posso ser
E pelas vezes que me fez chorar de alegria, sem que eu lhe deixasse ver
E sem palavras, eu rezo, na esperança eu rezo
De alguém nos proteger
Mas saiba, um dia eu termino esse samba, principalmente para te dizer:
Se a vida for mesmo assim, ponto único de começo e fim,
Já valeu, pois, eu te amei...
E mesmo que não haja Deus para ver meu interior
Subiremos nosso amor
Me guardarei dentro de você
E assim, mesmo sem nada além de nós
Já ecoara a minha voz, sem palavras em teu Ser
Você verá o meu amor.
Façamos nosso amor subir!
Você verá o meu amor, calor do fogo no seu resplendor
Deus seja eu, seja Deus você!
Samba / Canção
Paz nas Copas
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do sofrimento
Embaladas pelo vento
Acima do bem e mal
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do pensamento
Embaladas no sereno
Com orvalho a gotejar
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo sempre inflamado
Em um peito limitado
Feito de carne e ilusão
Se eu fosse como as copas
Eu dançaria em paz
Balançando com o vento
Sob a chuva e o sereno
Eu nunca almejaria mais
Mas não posso ter paz
Quando tenho um coração
Batendo sempre acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção.
Samba / Canção
Orgulho de Amar
Não há muito nessa vida, do que se possa se orgulhar
Ah... mas do amor!
Ah... mas de amar!
Eu amei aos olhos dele como a Lua ama o mar
Espalhei-me em seu corpo, como água a esparramar
Amei, como a alma ao infinito sem onunca tocar
Como quem perde o juízo
Nem mesmo o tempo, me escapou de amar
Nem a folha a seca
Todos os vícios
O cansaço a me esgotar.
E não há nada nessa vida, do que eu possa me orgulhar,
Senão do amor, senão de amar
Humildemente
Ouço o que a vida quer contar:
Sinta a alegria
Seja alegria
Que não cabe no corpo
Quando estas a amar:
A paisagem, o silêncio, o gosto,
As vozes, o outro, o que é torto;
O mistério, o erro, os rotos
A solidão que há no outro e em nós
A poesia em tudo,
Há poesia em tudo!
Todos tão juntos, tão longe e sós
Mesmo os sonhos a desmoronar, eu amo muito
E um iremos juntos, no vale da passado com eles morar
Ah... Mas não se pode acabar com o amor
Dentro nós querendo sair
Fora de nós, querendo entrar
Atravessando as fronteiras do tempo, das palavras, pensamentos,
Do que nos cabe explicar
E não há nada nessa vida do que se possa se orgulhar
Ah... Mas do amor
Ah... Mas de amar...